Contemporânea

Página da disciplina de História Contemporânea da UDESC
Criada em maio de 2001
Responsável pela criação e manutenção:
Profa: Janice Gonçalves


CRONOLOGIA:
Revolução Alemã

  

1917
(11 de abril)

Fundação do Partido Social-Democrata Independente (USPD), em virtude de cisão no Partido Social-Democrata (SPD).

1917
(dezembro)

Negociações de paz com a Rússia revolucionária, que resultarão no tratado de paz assinado em março do ano seguinte, em Brest-Litovsky.

1918
(fins de janeiro-inícios de fevereiro)

Greves na Alemanha, em favor de uma paz sem anexações territoriais.

1918
(3 de março)

Assinatura do Tratado de Paz de Brest-Litovsky, entre a Alemanha e a Rússia soviética.

1918
(março-abril)

Fracasso das ofensivas alemãs na frente ocidental.

1918
(julho)

Contra-ofensiva dos Aliados na região de Soissons.

1918
(agosto)

Contra-ofensiva vitoriosa dos Aliados na linha Arras-Péronne-Soissons.

1918
(3 de outubro)

Um novo governo é formado para negociar a paz, constituído por social-democratas, progressistas, católicos do partido Zentrum e representantes dos sindicatos.

1918
(7 de outubro)

Conferência nacional clandestina do Grupo Spartakus, que elaborou como programa de ação a formação de conselhos de operários e soldados.

1918
(23 de outubro)

Após manifestações de massa, Karl Liebknecht é libertado da prisão.

1918
(3 a 5 de novembro)

Levante dos marinheiros em Kiel; greve.

1918
(6 de novembro)

Greve geral em Hamburgo.

1918
(7 de novembro)

Queda da monarquia, em Munique; formação de um novo governo pelo social-democrata independente Kurt Eisner.

1918
(9 de novembro)

O Partido Social-Democrata pede a partida do imperador Guilherme II, sendo a declaração de abdicação divulgada por volta de 11 horas. Proclamação, no Reichstag, de uma república "social", pelo deputado social-democrata Scheidemann. Proclamação, durante manifestação popular diante do castelo real de Berlim, de uma república "socialista", por Karl Liebknecht.

1918
(10 de novembro)

Formação do Conselho dos Comissários do Povo, composto por três social-democratas e três independentes. Assembléia dos representantes dos conselhos de operários e de soldados em Berlim. Fuga de Guilherme II, para a Holanda.

1918
(11 de novembro)

Assinatura do armistício, por Matthias Erzberger e pelo marechal Foch. O Grupo Spartakus, ligado ao Partido Social-Democrata Independente, forma uma organização autônoma, a Liga Spartakista.

1918
(15 de novembro)

Formação de um comitê paritário de patrões e operários, nas negociações entre empresários e sindicatos.

1918
(18 de novembro)

O Conselho dos Comissários de Povo cria uma comissão de "socialização"; os sindicatos recusam-se a constituir uma "guarda vermelha", mas aceitam constituir uma "guarda republicana".

1918
(23 a 24 de novembro)

Formação de dois novos partidos: o Partido Populista (Volkspartei) e o Partido Nacional-Alemão (Deutsch-nationale Volkspartei).

1918
(1o. de dezembro)

Fundação da Liga Antibolchevista (Antibolchewistische Liga), por Eduardo Stadtler e pelo industrial Hugo Stinnes.

1918
(5 de dezembro)

Primeira reunião da Comissão de "socialização". Manifestações em Berlim.

1918
(8 de dezembro)

Os Spartakistas organizam novas manifestações em Berlim.

1918
(12 de dezembro)

Formação dos primeiros corpos voluntários.

1918
(14 de dezembro)

Rosa Luxemburgo publica o programa da Liga Spartakista, que rompe com o Partido Social-Democrata Independente.

1918
(16 a 21 de dezembro)

Congresso dos conselhos de operários e soldados, em Berlim: dos 489 delegados, 289 são social-democratas (SPD), 90 social-democratas independentes (USPD) e 10 membros da Liga Spartakista (Spartakusbund). 344 delegados votam a favor de eleições para uma Assembléia Nacional.

1918
(23 de dezembro)

Levante da divisão da Marinha popular, pró-revolução, reprimido pelo general Lequis.

1918
(25 de dezembro)

Manifestações populares em Berlim; ocupação das instalações do jornal social-democrata "Vorwärts".

1918
(29 de dezembro)

Os independentes retiram-se do Conselho dos Comissários do Povo. A Liga Spartakista negocia com os comunistas internacionalistas de Bremen (Internationale Kommunisten Deutschlands) a formação de um novo partido.

1918
(30 de dezembro-1o. de janeiro)

Congresso de fundação do Partido Comunista Alemão (Kommunistische Partei Deutschlands- KPD). A maioria dos delegados vota contra a participação em eleições para uma assembléia nacional, embora algumas lideranças de destaque (Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht) fossem favoráveis à participação.

1919
(1o. de janeiro)

Instituição da jornada de oito horas de trabalho; plano de apoio aos desempregados. Nos primeiros dias de janeiro, organização generalizada de corpos voluntários.

1919
(5 de janeiro)

Fundação do Partido Alemão dos Operários (Deutsche Arbeitspartei), semente do futuro Partido Nacional-Socialista. Adolf Hitler aderiria ao Partido Alemão dos Operários em 16 de janeiro.

1919
(10 de janeiro)

Proclamada uma "república socialista", em Bremen, esmagada pelas tropas de Noske a 4 de fevereiro (sendo em seguida instalado um governo social-democrata).

1919
(15 de janeiro)

Assassinatos de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.

1919
(19 de janeiro)

Eleições para uma Assembléia Nacional. O Partido Social-Democrata fica com 163 cadeiras, o Partido Democrata com 75, os nacionalistas-alemães (DNVP) com 44, o Partido Social-Democrata Independente com 22, os populistas com 19 e o Zentrum e o Partido Populista Bávaro, com nove.

1919
(4 de fevereiro)

Fundação da União dos Industriais Alemães.

1919
(6 de fevereiro)

Abertura da Assembléia Nacional; social-democratas independentes (USPD) recusam-se a participar do governo.

1919
(11 de fevereiro)

O social-democrata Ebert é eleito provisoriamente presidente da República. Será formado um governo de coalizão, com representantes social-democratas, democratas e do Zentrum.

1919
(18 de fevereiro)

Abertura da Conferência de Paz, em Versalhes.

1919
(21 de fevereiro)

Assassinato de Kurt Einer, em Munique.

1919
(fins de fevereiro - inícios de março)

Greves na Turíngia e na Saxônia para protestar contra a dissolução dos conselhos de empresa (tropas são enviadas para reprimir o movimento grevista).

1919
(3 de março)

Greves e combates de rua em Berlim, exigindo-se socialização efetiva e fim dos corpos voluntários. No mesmo mês de março, é assassinado o líder revolucionário Leo Jogisches, companheiro de Rosa Luxemburgo. O saldo da repressão é de 1.500 mortos entre os grevistas.

1919
(7 de abril)

Proclamação, em Munique, de uma "República dos Conselhos" (esmagada pelos corpos voluntários em maio).

1919
(7 de maio)

Apresentação, aos alemães, do projeto de Tratado de Paz elaborado em Versalhes; protestos populares contra o projeto.

1919
(10 a 15 de junho)

Congresso do Partido Social-Democrata, em Weimar. O partido entende ter realizado a transferência do poder à classe operária e optado por uma "terceira via" ao socialismo, entre o comunismo e o capitalismo.

1919
(28 de junho)

Assinatura do Tratado de Paz.

1919
(31 de julho)

Aprovação da Constituição da República, pela Assembléia Nacional.

1919
(11 de agosto)

Promulgação da Constituição da República da Alemanha, em Weimar.

1919
(31 de agosto- 1o. de setembro)

Congresso da Liga Pan-Germanista, que exige a "liberação" do povo alemão e a volta do regime imperial. Em outubro, o congresso do Partido Populista afirmaria posições semelhantes.

1920
(10 de janeiro)

Manifestação, em Berlim, contra a retirada da representatividade dos conselhos de empresa (como resultado da repressão, 40 manifestantes são mortos).

1920
(26 de janeiro)

Atentado contra o ministro Erzberger, que sobrevive.

1920
(24 de fevereiro)

Fundação do Partido Nacional-Socialista.

1920
(25-26 de fevereiro)

Durante o Terceiro Congresso do Partido Comunista, são excluídos os chamados "sectários de esquerda", que constituirão o Partido Comunista Operário (KAPD).

1920
(13 a 17 de março)

Golpe de Kapp e Luddendorff; imediatamente convocada, pelos sindicatos, greve geral, determinante para o fracasso do golpe.

1920
(19 de março- 10 de abril)

Levantes populares na região do Ruhr, na Saxônia e na Turíngia.

1920
(22 de março)

Demissão de Noske, ministro do Exército, que é substituído por Gessler.

1920
(2 de abril)

Desrespeitando o Tratado de Versalhes, o exército alemão penetra na zona desmilitarizada do Ruhr para reprimir as manifestações populares; dias depois, o exército francês, como reação, ocuparia Frankfurt-am-Mein.

1920
(julho-agosto)

Parte dos independentes delibera articular-se ao Partido Comunista (KPD), formando o Partido Comunista Unificado (VKPD).

1921
(26 de agosto)

Assassinato de Erzberger, por ordem da organização Cônsul.

1921
(29 de agosto)

Proclamação de Estado de Emergência, conforme o art. 48 da Constituição. Proibição de jornais ou publicações que incitem à violência.

1922
(24 de junho)

Assassinato de Walter Rathenau, ministro das Relações Exteriores, por membros da organização Cônsul.

1922
(26 de junho)

Decreto para a proteção da República: proibição das reuniões e manifestações que firam as leis republicanas.

 

Fontes principais:

RICHARD, Lionel (org.). Berlim, 1919-1933: a encarnação extrema da modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993. (Memória das cidades)

RICHARD, Lionel. A República de Weimar: 1919-1933. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. (A vida cotidiana)

 

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