Contemporânea

Página da disciplina de História Contemporânea da UDESC
Criada em maio de 2001
Responsável pela criação e manutenção:
Profa: Janice Gonçalves

CRONOLOGIA

Revolução Chinesa:
das disputas imperialistas do século XIX
aos desdobramentos do socialismo no século XX

  

1839

Conflitos entre a China e a Grã-Bretanha em função de questões comerciais (confisco e destruição de cargas de ópio por oficiais chineses; britânicos recusam-se a restringir importações).

1842

Fim da Primeira Guerra do Ópio (Tratado de Nanquim).

1851

Início da Rebelião Taiping, debelada na década de 1860.

1856

Segunda Guerra do Ópio (encerrada em 1860). Em linhas gerais, os tratados assinados no final da guerra guiaram as relações da China com o Ocidente até 1943, e por eles ficou estabelecido que os portos chineses ficavam abertos ao comércio e a residentes estrangeiros; Hong Kong e Kowloon foram permanentemente cedidos aos britânicos.

1875

Controle pelo Japão das ilhas Ryokyo, tomadas da China.

1884-1885

Guerra entre a China e a França (o Vietnã passa a fazer parte do império colonial francês)

1886

Tomada de Burma, pela Grã-Bretanha.

Década de 1890

Incorporação, pela Rússia, de províncias da Manchúria e áreas ao norte do rio Amur, antes pertencentes ao Império Chinês.

1894-1895

Primeira Guerra Sino-Japonesa (vitória japonesa).

1898

- Elaboração de programa de reformas visando a "modernização" da China (em especial, estabelecimentos de uma monarquia constitucional, modernização da economia e do sistema educacional). Há movimentos de resistência às mudanças modernizadoras ("boxers") e, simultaneamente, de defesa de sua radicalização (Sun Yat-sen, pouco depois do fim da Primeira Guerra Sino-Japonesa, lidera movimento em prol de um governo republicano);
- Cessão, pela China, de direitoos de construção de ferrovias e/ou de exploração de minérios em seus territórios à Rússia, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Japão.

1905

Como conseqüência da derrota russa na guerra contra o Japão, transferência da maior parte das concessões feitas aos russos na Manchúria para os japoneses.

1911

Fim da Dinastia Quing ou Manchu (1644-1911), que sucedeu à Dinastia Ming (1368-1644). A república é instalada em fevereiro de 1912.

1915

21 exigências apresentadas pelo Japão à China a tornam virtual protetorado japonês. A China transfere para o Japão os direitos em Shandong que havia concedido à Alemanha (os direitos concedidos sobre Shandong só retornaram à China em 1922, em função da Conferência Naval de Washington).

1921

Fundação do Partido Comunista Chinês, tendo Mao Tsé-tung entre seus membros.

1926

Expedição militar liderada por Chiang Kai-shek, do Kuomintang, contra as ações imperialistas na China e em defesa de sua reunificação.

1928

Novo governo nacional, estabelecido em Nanquim, sob a liderança de Chiang Kai-shek (tem, no entanto, apenas cinco províncias sob seu controle).

1930

Rebelião comunista. Uma facção estimula levantes urbanos, a outra (liderada por Mao) organiza camponeses na região central da China, constituindo um exército e formando governos de "sovietes".

1931

O Japão transforma três províncias da Manchúria no Estado de Manchukuo, fazendo de Pu Yi, descendente da Dinastia Manchu, o seu imperador e chefe de Estado.

1933

Incorporação de parte da Mongólia a Manchukuo.

1934

"Expulsos" da China Central pelas forças de Chiang Kai-shek, os comunistas iniciam a Grande Marcha rumo ao oeste e, posteriormente, ao norte.

1937

União entre o Kuomintang e os comunistas contra os japoneses.

1937-1945

Forças do Kuomintang sofrem sérias baixas e sua liderança é minada pelas disputas entre facções. Comunistas expandem seu controle sobre a China. O governo nacionalista é apoiado pelos EUA.

1945

Com a derrota do Japão, comunistas e nacionalistas disputam a Manchúria. Em 1946, tentando estimular a continuidade da união entre os dois lados, os EUA propõem deixar de fornecer ajuda financeira aos nacionalistas (ela é diminuída em 1947).

1949

O governo nacionalista refugia-se na ilha de Taiwan e, em 1º de outubro de 1949, é proclamada a República Popular da China, tendo Mao Tsé-tung como presidente do Conselho Central do Governo Popular (o que lhe dava status de chefe de Estado).

1949-1951

Execuções em massa (talvez 2 milhões de pessoas) de "contra-revolucionários".

1950

Invasão do Tibet pelos chineses.

1953

- Eleições na República Popular da China (parlamentos nos vários níveis administrativos); o Congresso Nacional Popular viria a aprovar a Constituição da República Popular da China, que confirmou a hegemonia do Partido Comunista Chinês e proporcionou a centralização do controle governamental;
- Primeiro plano qüinqüenal, que contou com assessoria soviética.

1956

- Polêmica sino-soviética (os chineses questionam o "revisionismo" soviético, crítico do stalinismo). Progressivo distanciamento entre chineses e soviéticos;
- Política das "Cem Flores".

1958

Segundo plano qüinqüenal: "Grande Salto Avante". Não teve êxito, o que afetou a influência política de Mao.

1965

Elaboração, por Mao Tsé-tung, da circular de 16 de maio, que iniciaria oficialmente a "Revolução Cultural" (o "lançamento oficial" da revolução Cultural ocorreu em agosto de 1966, durante reunião plenária do VIII Comitê Central).

1969

- Fim da "Revolução Cultural";
- Choques armados na fronteira sino-sovviética.

1971

- A China é admitida nas Nações Unidas, no lugar da República Nacionalista da China (Taiwan);
- Restabelecimento de relaç&otillde;es entre China e EUA.

1972

Restabelecimento de relações diplomáticas entre China e Japão.

1974

"Política das Quatro Modernizações".

1976

Mortes de Chu En-lai e Mao Tsé-tung: Hua Kuo-feng torna-se a figura política proeminente. Deng Xiaoping perde alguns de seus postos políticos, mas recupera-os em 1977. Perseguição ao "Grupo dos Quatro".

1980-1990

Deng Xiaoping domina a cena política chinesa, apesar de os cargos de maior destaque serem ocupados por Zhao Ziang e Hua Kuo-Feng.

1989

Em abril e maio, protestos estudantis por democratização. Massacre da praça Tian-an-Men (praça da "Paz Celestial").

1993

Jiang Zemin, que se tornara secretário-geral do Partido, torna-se também presidente da China.

1997

Morte de Deng Xiaoping, em fevereiro;
Hong Kong, território britânico, volta a ter o controle da China, como "Região Administrativa Especial", em julho.

 

Fontes principais:

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX, 1914-1991. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

HUA LINSHAN. Os anos vermelhos: memórias sobre a Revolução Cultural Chinesa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.

REIS FILHO, Daniel A. et al. (orgs.). O século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. v.3.

 

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