Contemporânea

Página da disciplina de História Contemporânea da UDESC
Criada em maio de 2001
Responsável pela criação e manutenção:
Profa: Janice Gonçalves


CRONOLOGIA:
Revolução Mexicana:
1910 - antecedentes e desdobramentos

1810

Em setembro, "Grito da Independência" ou "Grito de Dolores": eclosão, no vilarejo de Dolores, do movimento de independência em relação à Espanha, liderado por Miguel Hidalgo y Castillo. Em dezembro, Hidalgo abole a escravidão.

1811

Execução de Hidalgo, em julho.

1813

Morelos, dando continuidade à luta pela independência, confirma a abolição da escravidão

1815

Execução de Morelos, em dezembro.

1821

Em fevereiro, promulgação do Plan de Iguala, ou das Três Garantias (Independência, União e Religião). Em setembro, independência do México (forças militares lideradas por Agustín Iturbide)

1822

Em maio, Iturbide, responsável pela vitória final da independência, torna-se imperador do México.

1824

Em julho, revolta republicana depõe e fuzila Iturbide. Em outubro, é promulgada a Constituição e instituído o regime federativo.

1835

O Texas separa-se do México (novembro).

1840

Levante dos índios mayas, na região de Yucatán.

1846-1848

Guerra entre os EUA e o México.

1854

Plan de Ayutla; revolução liberal.

1856

Expropriação dos bens da Igreja (Ley Lerdo)

1859

Nacionalização dos bens da Igreja.

1860

Em dezembro, Benito Juárez promulga leis da Reforma; em julho do ano seguinte, seriam suspensos os pagamentos da dívida externa.

1861

Formação da Tríplice Aliança (Inglaterra, França e Espanha), visando efetivar uma intervenção militar no México.

1864

Potências européias ocupam o México e instituem Maximiliano da Áustria como imperador.

1867

Derrubada do regime de Maximiliano (que é executado em junho).

1868

Rebelião de cunho socialista, liderada por Julio Chávez López, em Chalco.

1873

As leis de Reforma são incorporadas à Constituição.

1875

Levante yaqui ("Confederação de todos os índios de Sonora para recuperar as terras perdidas").

1876

Porfírio Diaz torna-se presidente da República, inaugurando o que é conhecido como "Porfiriato", o longo período em que o político manteve-se controlando o governo federal mexicano (até 1911).

1877

Levante indígena em Sierra Gorda, centro-norte do país.

1893-1894

Revolta popular no estado de Chihuahua, de caráter messiânico (liderança de Teresa Urrea, a "santa rebelde").

1900

Os irmãos Flores Magón fundam o jornal antiporfirista "Regeneración" (agosto).

1906

Greve operária em Cananea, nas minas de cobre da companhia norte-americana "The Cananea Consolidated Copper Company". No mesmo ano, a Junta Organizadora do Partido Liberal Mexicano publica seu programa-manifesto ("Manifesto à Nação Mexicana"), considerado o primeiro programa social da revolução que eclodiria em 1910. Entre 1906 e 1909, os liberais realizarão várias tentativas armadas de derrubar o governo de Porfírio Diaz.

1907

Greve operária nas fábricas têxteis de Rio Blanco, em Veracruz.

1910 (outubro)

Plan de San Luis Potosi, de Francisco I. Madero.

1910 (novembro)

Grupos armados rebelam-se em Puebla e Chihuahua; destaque para as lideranças, respectivamente, de Pascual Orozco e Francisco Villa.

1911 (janeiro)

Movimento insurgente liderado por Ricardo Flores Magón ocupa a Baixa Califórnia, com o apoio material da central sindical americana IWW, e proclamam a "República Socialista da Baixa Califórnia". Os magonistas resistem por cinco meses e então recuam para o território americano.

1911 (maio)

Demissão de Porfírio Diaz.

1911 (setembro)

Divulgação de manifesto do Partido Liberal Mexicano (lema: Terra e Liberdade)

1911 (outubro)

Madero é eleito presidente da República.

1911 (novembro)

Plan d'Ayala, de Emiliano Zapata.

1912 (março)

Rebelião de Pascual Orozco, no norte do México, antimaderista e antinorte-americana, debelada em outubro pelo Exército federal, sob a liderança de Victoriano Huerta.

1912 (julho)

Criação da "Casa del Obrero Mundial" (COM).

1913 (fevereiro)

Golpe contra Madero é tramado por forças do Exército e apoiado pelos representantes do governo dos EUA no México. Assassinato do presidente Madero e seu vice, Pino Suárez. O general Victoriano Huerta toma o poder.

1913 (março)

Venustiano Carranza, governador de Coahuila e "maderista", cria o Exército Constitucionalista, do qual intitula-se "Primer Jefe", em oposição ao governo de Huerta (Plan de Guadalupe).

1914 (abril)

Fuzileiros navais norte-americanos desembarcam no México, ocupando Veracruz.

1914 (agosto)

Exércitos constitucionalistas obtêm a rendição incondicional do regime de Huerta.

1914 (dezembro)

Os generais Francisco Villa e Emiliano Zapata assinam o Pacto de Xochimilco.

1915 (janeiro)

Lei de Carranza dispõe sobre a questão da terra.

1915 (fevereiro)

A Casa del Obrero Mundial, em negociações com o governo carranzista, decide apoiá-lo e formar "Batalhões Vermelhos", para atuar na luta armada.

1915 (março a outubro)

Tropas de Carranza, lideradas por Alvaro Obregón, vencem as forças de Pancho Villa, no norte.

1915 (agosto)

Tropas de Carranza, lideradas por Pablo González, investem contra as forças zapatistas em Morelos.

1916

Repressão das forças de Carranza nas áreas sob controle zapatista faz com que o exército popular zapatista, debilitado, recue para as montanhas. No segundo semestre, greves operárias; a Casa del Obrero Mundial é fechada pela polícia.

1917 (fevereiro)

Promulgação da Constituição. Venustiano Carranza torna-se presidente da República.

1918 (maio)

Criação da Confederação Regional Operária Mexicana (CROM).

1919 (abril)

Assassinato de Emiliano Zapata, por forças carranzistas.

1920 (abril)

Plan d'Agua Prieta, do general Alvaro Obregón, contra Carranza. Levante militar contra o governo, com adesão de grupos de trabalhadores, zapatistas e partidos políticos. Carranza foge na direção de Veracruz, mas é assassinado em maio, em Tlaxcalatongo, enquanto dormia.

1920 (junho a dezembro)

Adolfo de la Huerta assume a presidência interina do México. Alvaro Obregón vence as eleições para presidente convocadas para setembro do mesmo ano.

1920 (dezembro)

Lei dos ejidos.

1921 (setembro)

Criação da Confederação Geral do Trabalho (CGT), de tendência anarco-sindicalista.

1922 (novembro)

Morte de Ricardo Flores Magón, em presídio nos EUA.

1923

Criação da Liga das Comunidades Agrárias do Estado de Veracruz. No mesmo ano, Pancho Villa é assassinado.

1924 (dezembro)

O general Plutarco Elías Calles toma posse da presidência da República.

1926

Criação da Liga Nacional Camponesa.

1928 (julho)

Reeleito presidente, Alvaro Obregón é assassinado por um fanático católico, durante um café da manhã político no restaurante La Bombilla. Um presidente provisório, Emilio Portes Gil, foi designado por um período de dois anos.

1930

Presidência de Pascual Ortiz, do recém-criado Partido Nacional Revolucionário. Prevista para se estender até 1934, durou até setembro de 1932, quando Ortiz renunciou.

1932

Posse do presidente interino Abelardo Rodríguez, que governaria até 1o. de dezembro de 1934.

1933

Criação da Confederação Geral dos Operários e Camponeses do México, contando com a filiação inicial de quase mil sindicatos.

1934 (novembro)

O general Lázaro Cárdenas toma posse da presidência da República. Sob o governo de Cárdenas, os ejidos, que eram 7.049 em 1935, passarão a 14.680 em 1940.

1938 (março)

Nacionalização da indústria petrolífera.

1940 (dezembro)

O general Manuel Ávila Camacho toma posse da presidência da República.

Principais fontes:

- AGUILAR CAMIN, Héctor, MEYER, Lorenzo. À sombra da Revolução Mexicana: história mexicana contemporânea, 1910-1989. São Paulo: EDUSP, 2000. (Ensaios latino-americanos)
- FLORES MAGÓN, Ricardo. A Reevolução Mexicana. Seleção e tradução de Plínio Augusto Coelho. São Paulo: Nu-Sol, Imaginário, IEL, 2003 (Escritos anarquistas, 26).
- HALPERÍN DONGHI, Tulio. Hisstória da América Latina. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
- NUNES, Américo. As Revolu&cccedil;ões do México. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1999.(Khronos)

  

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