Intervenção de José Costa na reunião de 28 de Maio de 2004 da Assembleia Municipal de Ovar .
a) Tarifários para 2004 A CDU tomou por diversas vêzes
uma posição de repúdio face aos aumentos no tarifário do SMAS, porque
entendíamos que eram aumentos exorbitantes e sem paralelo na generalidades
dos concelhos do país. Em vez de discutir formas de fazer baixar a factura
paga pelos cidadãos, este relatório, ao contrário do que seria desejável,
deixa entender que os preços da água e do saneamento poderão aumentar
ainda mais este ano. O Sr. Presidente da Câmara deveria falar claro para
as pessoas para que não aconteçam mais aumento à socapa, como sucedeu no
Verão passado. Será que ainda vamos ter mais
aumentos na água e no saneamento em 2004? Há pouquíssima informação, o que,
tendo em conta o relatório do ano passado, dá a entender que o SMAS tem
alguma coisa a esconder. No plano e orçamento lançou uma série de
objectivos ambiciosos, no que toca ao resultado de exploração, aos
desperdícios etc.. Agora, que era altura de fazermos uma avaliação dos
resultados, os dados pura e simplesmente são sonegados a esta assembleia. - Temos 19196 contratos de
fornecimento de água. Com os 24179 alojamentos familiares mais as empresas
sediadas no concelho dão-nos uma ideia da margem de progressão que o SMAS
tem à sua frente. Pena que, de forma absolutamenbte autista, o SMAS se
recuse a ouvir os conselhos de outros ou sequer olhar à sua volta. Pois
caso assim fosse, a taxa de adesão seria certamente outra. Repara-se que o
montante cobrado pela tarifa de disponibilidade é superior ao montante
cobrado pela tarifa de utilização. Creio que isto diz tudo meus Srs. - Taxa de disponilidade: se os utentes são 14168 e tendo em conta que a taxa começou a ser cobrada em agosto de 2003, deveria existir uma receira de 14168*5*3,14 = 222 437,60 €, ou seja, quase o dobro do que vem no relatório. - Taxa de Utilização:
admitindo que, de acordo com o Censo de 2001, a população de Esmoriz e
Cortegaça represente 27,5% do consumo de água e a população de Ovar e S.
João 38%, e sabendo que a primeira paga 0,21€ e a segunda 0,57€ de taxa de
utilização de saneamento por cada m3 de água consumida e reportando-nos
aos últimos 5 meses de 2003, deveríamos ter uma receita da ordem dos 276
000,00 €, que é muito mais do dobro do que está no relatório. Creio
que estes aspectos deveriam merecer um melhor esclarecimento. A mobilidade dos cidadãos dentro
do concelho e relativamente aos concelhos vizinhos assume uma importância
crescente. O uso do automóvel tem crescido desmesuradamente, criando
problemas graves de congestionamento. A Câmara e esta Assembleia não pode
ficar indiferente a esta matéria. A CDU tem vindo a estudar esta temática
há já vários meses e têm também assistido à tomada de posições
interessantes por parte de outros partidos sobre este tema. Por estas
razões entendeu propor o agendamente deste ponto, por forma a suscitar o
debate e a reflexão sobre um assunto, que tenderá seguramente a agravar-se
se de não forem tomadas medidas correctivas . a) a Rede viária: mau estado da maioria das ruas e estradas em todo o concelho. b) Congestionamento - Centro da cidade; - acesso às praias no fim de semana e no Verão; - cruzamento da EN327 com a EN109; - Cruzamento da Ponte Nova. As queixas são muitas. A
legislação que regula os transportes escolares (DL 199/84) é bem explícita.
No seu artigo 12, diz expressamente que todos os portadores de passe têm
direito à ocupação de lugar sentado, sendo que as empresas que fornecem o
serviço são obrigadas a realizar os desdobramentos que se justifiquem,
(art. 14 do mesmo DL). Como é sabido não é isso que acontece. Os relatos
que temos são de sobrelotamente, com a agravante dos atrazos que são quase
sistemáticos. A hipótese de limitar o trânsito da rua que passa entre as
piscinas e a ES José M. Fragateiro apenas aos autocarros também deveria
ser estudada, indo ao encontro da opinião de professores pais e alunos. |