CDU na Praia de S. Pedro



Uma delegação da CDU de Ovar esteve recentemente de visita à Praia de S. Pedro, na freguesia de Maceda, Concelho de Ovar, no sentido de se inteirar das condições daquele valiosos espaço frequentado por milhares de veraneantes.

A Praia de S. Pedro, juntamente com toda a sua área envolvente, composta por uma imensa área de floresta, representa um património ambiental de valor incalculável, que deveria merecer a maior atenção por parte das entidades competentes - Câmara Municipal e Ministério do Ambiente. Infelizmente não é isso que tem sucedido. Todos os anos, e sem que sejam tomadas quaisquer medidas, o mar avança destruindo dezenas de metros de pinhal. As palissadas de madeira, que dão acesso à praia, provavelmente não deverão resistir ao próximo inverno, à semelhança do que tem acontecido em anos anteriores. Tudo isto acontece perante a mais completa das inércias, quer do Governo, quer da Câmara Municipal.

Outro aspecto surpreendente, é o facto da Praia de Maceda não estar considerada com Zona Balnear pelo Ministério do Ambiente. Isto significa, entre outras coisas, que as águas não têm sido objecto de qualquer programa de análises, que são feitas normalmente de 15 em 15 dias nas ditas "águas balneares". Refira-se que, de acordo com a chamada Lei da Água (Decreto-Lei n. 236/98 de 1 de Agosto) "entende-se como «Águas balneares» - as águas doces lóticas e lênticas, comummente designadas de correntes e paradas, assim como a água do mar e as águas estuarinas, que se encontrem classificadas como águas balneares ou, não estando classificadas, onde o banho não esteja interdito e seja habitualmente praticado por um número considerável de banhistas (aproximadamente 100/dia, durante a época balnear)". Mais, segundo o próprio Ministério do Ambiente, o processo de designação de novas zonas balneares, é da competência dos órgãos de poder local que de acordo com os seus planos de desenvolvimento municipais, devem formalizar o pedido de classificação para a prática balnear de determinado local junto das Direcções Regionais do Ambiente e do Ordenamento do Território (www.vivapraia.com).

Perante esta realidade, José Costa, representante da CDU na Assembleia Municipal de Ovar, enviou já um requerimento dirigido à Presidência da Câmara Municipal, dando conta da situação e perguntando, nomeadamente, o que tem sido feito pernate estas duas realidades (avanço do mar e classificação da Praia com água balnear).





Requerimento dirigido a:
Exmo Sr. Presidente da Câmara
Dr. Armando França
Assunto:
Praia de S. Pedro

Exmo Sr. Presidente

Estive, no passado dia 10 de Agosto, na Praia de S. Pedro em Maceda para me inteirar das condições daquela área balnear. Na sequência do levantamento de problemas diversos relacionados com aquele espaço, venho, através deste requerimento, colocar-lhe duas questões que me parecem de grande relevância e que irão com certeza merecer toda a sua atenção.

A primeira questão tem a ver com o facto da Praia de Maceda não estar sequer definida junto do Ministério do Ambiente como zona balnear. Isto significa, entre outras coisas, que as águas não têm sido objecto de qualquer programa de análises que são feitas normalmente de 15 em 15 dias nas ditas "águas balneares". Refira-se que, de acordo com a chamada Lei da Água (Decreto-Lei n. 236/98 de 1 de Agosto) "entende-se como «Águas balneares» - as águas doces lóticas e lênticas, comummente designadas de correntes e paradas, assim como a água do mar e as águas estuarinas, que se encontrem classificadas como águas balneares ou, não estando classificadas, onde o banho não esteja interdito e seja habitualmente praticado por um número considerável de banhistas (aproximadamente 100/dia, durante a época balnear)". Mais, segundo o próprio Ministério do Ambiente, o processo de designação de novas zonas balneares, é da competência dos órgãos de poder local que de acordo com os seus planos de desenvolvimento municipais, devem formalizar o pedido de classificação para a prática balnear de determinado local junto das Direcções Regionais do Ambiente e do Ordenamento do Território (www.vivapraia.com).

Posto isto, cabe-me perguntar se a Câmara Municipal de Ovar já se debruçou sobre esta questão e se já tomou ou pensa tomar alguma iniciativa junto do ministério do ambiente no sentido da Praia de S. Pedro, frequentada, como é bom de ver por muito mais do que 100 pessoas/dia, passar a ser considerada como água balnear.

A segunda questão tem a ver com o avanço do mar que tem vindo ao longo dos últimos anos a conquistar metros e metros de pinhal. Este ano, para não fugir à regra, é quase certo de acordo com o que vi, que os passadiços de acesso à praia não irão sobreviver ao próximo inverno. Em nome da coligação que represento, pergunto-lhe: o que foi feito até hoje por parte da Câmara Municipal de Ovar, nomeadamente junto do Ministério do Ambiente, para contrariar este fenómeno tremendo que já destrui centenas de hectares de pinhal naquela zona?

Sem mais a agradecendo desde já a sua atenção despeço-me cordialmente

Ovar, 20 de Agosto de 2004


José Costa
Representante da CDU na Assembleia Municipal de Ovar