Inauguração do IC1 vem carregada de Incertezas
Santana Lopes inaugura amanhã o lanço do IC1 entre Aveiro e Mira. Trata-se de uma via há muitos anos reclamada por populações, agentes económicos, e organizações da região, por representar a resolução de congestionamentos constantes ao longo da EN 109, aproximando populações que, distando poucos quilómetros dos locais de trabalho, passavam todos os dias calvários para percorrer esses trajectos.
Esta inauguração levanta, aliás, desde já a questão dos prazos de conclusão das obras que ao longo da via ficam por fazer, designadamente acessos a populações, e dos restantes troços, particularmente entre Angeja e Estarreja, que como se sabe, está ainda, depois de muitos avanços e recuos, em fase de estudo de impacte ambiental.
Entretanto a presença do Primeiro Ministro nesta inauguração, para que não se resuma a um simples foguetório por obra que outros reivindicaram, projectaram e fizeram, e na sequência das recentes declarações do Ministro das Obras Públicas e dele próprio, exige um esclarecimento cabal quanto à questão da introdução do pagamento de Portagens nesta e noutras vias.
Santana Lopes, tem de explicar às populações se é de facto sua intenção introduzir portagens no IC1, mas também no IC2, no IP5 e mesmo no IP3, vias estruturantes para o distrito de Aveiro, prometidas e sucessivamente adiadas há décadas.
E já agora, deve aproveitar para esclarecer o que têm feito os sucessivos governos aos impostos que ao longo dos anos todos os que possuem viatura pagam, na aquisição dos automóveis, nos combustíveis, nos selos, nos seguros, etc, para virem agora reclamar mais um imposto.
Lembrando os alertas que fez, quer quando da decisão do governo do PS de introduzir as SCUT’s - de que isso levaria mais tarde ou mais cedo ao caminho a que estamos a assistir - quer quanto ao perigo do Distrito de Aveiro ficar completamente bloqueado com vias que exigem o pagamento de portagens - com os recentes anúncios da introdução de portagens no IC1 (A17), IC2, IP3 e IP5 (A25) - a DORAV do PCP, uma vez mais recusa um tal cenário, acusando o governo de, com essa medida fechar as portas aos agentes económicos do distrito e onerar de maneira inaceitável populações que aguardam pacientemente por estas soluções há anos sem fim.
Para fazer ouvir a sua opinião uma delegação da DORAV do PCP desloca-se amanhã ao local da cerimónia de inauguração.
Aveiro, 29 de Setembro de 2004 O Gabinete de Imprensa da DORAV do PCP
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