Nossos Mestres

 

Silentes seres inocentes,

Pacientes,

Testemunhas caladas da História.

Supomos neles não haver

Senão vida

Passiva,

Vegetativa,

Inconsciente,

Não inteligente...

Mas, dos Mestres, a Sabedoria,

Em sua humildade e solidão,

Neles se manifesta plenamente,

Complacente,

Suportando nossa crueldade:

Lentamente mutiladas,

Desfolhadas,

Dizimadas

Sem compaixão...

Belas árvores,

Contemplativos Mestres...