FACEV - Faculdade de Ciências Econômicas de Vitória
Introdução à Estatística Econômica - 2º ano
Prof. Paulo Cézar Ribeiro da Silva
* A U L A NET - 24 *
DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Entre as distribuições teóricas de variável aleatória contínua, uma das mais empregadas é a distribuição Normal.
Muitas das variáveis analisadas na pesquisa sócio-econômica correspondem à distribuição normal ou dela se aproximam.
Propriedades da distribuição normal :
1ª - A variável aleatória X pode assumir todo e qualquer valor real.
2ª - A representação gráfica da distribuição normal é uma curva em forma de sino, simétrica em torno da média, que recebe o nome de curva normal ou de Gauss.
3ª - A área total limitada pela curva e pelo eixo das abscissas é igual a 1, já que essa área corresponde à probabilidade de a variável aleatória X assumir qualquer valor real.
4ª - A curva normal é assintótica em relação ao eixo das abscissas, isto é, aproxima-se indefinidamente do eixo das abscissas sem, contudo, alcançá-lo.
5ª - Como a curva é simétrica em torno da média, a probabilidade de ocorrer valor maior que a média é igual à probabilidade de ocorrer valor menor do que a média, isto é, ambas as probabilidades são iguais a 0,5 ou 50%. Cada metade da curva representa 50% de probabilidade.
Quando temos em mãos uma variável aleatória com distribuição normal, nosso principal interesse é obter a probabilidade de essa variável aleatória assumir um valor em um determinado intervalo. Vejamos com proceder, por meio de um exemplo concreto.
Exemplo: Seja X a variável aleatória que representa os diâmetros dos parafusos produzidos por certa máquina. Vamos supor que essa variável tenha distribuição normal com média = 2 cm e desvio padrão = 0,04 cm. Qual a probabilidade de um parafuso ter o diâmetro com valor entre 2 e 2,05 cm ?
P ( 2 < X < 2,05) = ?
Com o auxílio de uma distribuiçào
normal reduzida, isto é, uma distribuição normal de
média = 0 e desvio padrão = 1. Resolveremos o problema através
da variável z , onde z = (X - )
/ S
Utilizaremos também uma tabela normal reduzida, que nos dá a probabilidade de z tomar qualquer valor entre a média 0 e um dado valor z, isto é: P ( 0 < Z < z)
Temos, então, que se X é uma variável
aleatória com distribuição normal de média
e desvio padrão S, podemos
escrever: P(
< X < x )
= P (0 < Z < z)
No nosso problema queremos calcular P(2 < X < 2,05). para obter ees probabilidade, precisamos, em primeiro lugar, calcular o valor de z que correponde a x = 2,05
z = (2,05 - 2) / 0,04 = 1,25
Utilização da Tabela Z
Procuremos, agora, na tabela Z o valor de z = 1,25
Na primeira coluna encontramos o valor até uma casa decimal = 1,2. Em seguida, encontramos, na primeira liha, o valor 5, que corresponde ao último alagarismo do número 1,25. Na intersecção da linha e coluna correspondentes encontramos o valor 0,3944, o que nos permite escrever:
P (0 < Z < 1,25 ) = 0,3944 ou 39,44 %, assim a probabilidade de um certo parafuso apresentar um diâmetro entre a média = 2cm e x = 2,05 cm é de 39,44 %.
Exercícios:
1- Determine as probabilidades:
a) P(-1,25 < Z < 0) =
b) P(-0,5 < Z < 1,48) =
c) P(0,8 < Z < 1,23) =
d) P(-1,25 < Z < -1,20) =
e) P( Z < 0,92) =
f) P(Z > 0,6) =
2- Os salários dos báncarios são distribuídos normalmente, em torno da média R$ 10.000,00, com desvio padrão de R$ 800,00. Calcule a probabilidade de um bancário ter o salário situado entre R$ 9.800,00 e R$ 10.400,00.
Devemos inicialmente calcular os valores z1 e z2,
z1 = (9800 - 10000) / 800 = -0,25 e z2 = (10400 - 10000) / 800 = 0,5
P( 9800 < X < 10400) = P(-0,25 < Z < 0,5) =
P(-0,25 < Z < 0) + P(0 < Z < 0,5) = 0,0987 +0,1915 = 0,2902 ou 29,02 %
3- Um teste padronizado de escolaridade tem distribuição normal com média = 100 e desvio padrão = 10. Determine a probabilidade de um aluno submetido ao teste ter nota :
a) maior que 120
b)maior que 80
c)entre 85 e 115
d)maior que 100