I B O V E S P A (posição final de mês)
Índice da Bolsa de Valores de São Paulo: Mede as variações dos preços das ações das empresas mais negociadas da Bolsa de Valores de São Paulo. A variação do IBOVESPA servirá como parâmetro indicativo de rentabilidade esperada para alguns fundos de ações.
O índice de uma bolsa de valores serve para dar parâmetros de variação de valores ao mercado, ou seja, serve para que o investidor possa saber se, naquela bolsa, os papéis estão valorizando ou desvalorizando.
Implantado em 2 de janeiro de 1968, ele é hoje o termômetro do desempenho das 54 ações mais negociadas (julho/03), o que representa cerca de 80% do volume total. Há 428 companhias abertas listadas na Bolsa, mas nem todas têm suas ações negociadas diariamente.
Para escolher esses papéis, a Bovespa considera o número de negócios e o volume movimentado em um período de 12 meses.
Isso significa que cada ação tem um peso diferente no índice. A composição do Ibovespa_as 54 ações_ é reavaliada a cada quatro meses, a fim de manter o índice representativo.
Matematicamente, o Ibovespa é a soma dos pesos desses papéis, ou seja, a quantidade teórica da ação multiplicada pelo último preço do papel. Quando foi lançado, em 1968, o índice marcava 100 pontos.
Entre as empresas de maior peso no índice, estão Telemar, Petrobras, Eletrobrás, Embratel, Brasil Telecom Participações, Bradesco, Globo Cabo e Vale do Rio Doce.
Além do Ibovespa, o mercado paulista de ações conta com outros índices, de menor visibilidade na mídia, mas importantes no trabalho dos analistas.
Há, por exemplo, o primeiro índice setorial da Bolsa paulista: o IEE (Índice de Energia Elétrica), composto pelas ações mais negociadas do setor energético.
IEE- Por ser um índice setorizado, ou seja, que reflete a variação de um setor, no caso o elétrico, o IEE segue uma metodologia específica. "Os índices setoriais facilitam o acompanhamento do desempenho de um setor. Para quem tem uma carteira composta em maioria por empresas elétricas, por exemplo, fica mais fácil de acompanhar o mercado pelo IEE do que pelo Ibovespa", afirma Enio.
Veja abaixo, ponto a ponto, a metodologia usada pela Bovespa para a formação do IEE:
Por ser um índice setorial e por se observarem disparidades no padrão de negociação das diferentes ações que integram o setor, optou-se por abandonar a utilização do parâmetro de liquidez como fator de ponderação, pois isto restringiria a abrangência do indicador.
O novo índice é composto pelas ações do setor que registraram presença em pelo menos 80% dos pregões e que em 80% desses pregões tenham registrado pelo menos dois negócios.
Esse parâmetro tem o objetivo de assegurar que a medida de tendência dos preços das ações do setor esteja sustentada sobre uma base de dados representativa. Ao mesmo tempo, visa também evitar a inclusão de ativos com baixa liquidez. Somente um tipo de papel de cada empresa pode integrar a carteira do IEE. Sendo assim, os fatores que afetariam as perspectivas de uma empresa são refletidos nos outros papéis. Isso facilita a divulgação de informação e evita a concentração do índice em torno de uma mesma empresa.
Adotou-se um procedimento diferenciado para o início das divulgações diárias do índice: sua difusão tem início somente após a abertura de pelo menos 60% dos papéis componentes de sua carteira. Este procedimento busca assegurar representatividade ao índice de abertura. Os ativos que compõem a carteira têm seu valor em quantidades arredondadas para seus lotes padrão ou múltiplos. Para tanto arredondou-se a quantidade resultante da aplicação de R$ 10.000 para o seu múltiplo de lote padrão mais próximo.
Com isto o peso relativo de cada ação pode ser um pouco diferente. Alguns procedimentos adotadas internacionalmente foram incorporados à metodologia do IEE. São eles: igual peso para as ações componentes da carteira do índice; arredondamento para lote padrão ou seu múltiplo mais próximo; procedimento especial para início de divulgação do índice; utilização de somente um tipo de ação da empresa como sua representante no índice.
Existe ainda o IBX-Índice Brasil, que é um Ibovespa ampliado para 100 ações mais negociadas e de maior volume financeiro no período de 12 meses. Também é reavaliado a cada quatro meses.
Esse índice não é muito utilizado como parâmetro pelo mercado, devido à quantidade de ações de baixa liquidez. "No IBX há as ações do Ibovespa mais algumas outras. Essas outras não são de grande liquidez. Por isso, para o mercado, ele não tem muito valor", diz Enio. A carteira do IBX tem vigência de quatro meses, sendo a próxima atualização em abril.
Para fazer parte do índice, a ação precisa atender ao seguintes critérios (sempre referentes aos doze meses anteriores à formação da carteira):
Estar entre as 100 melhores classificadas quanto ao seu índice de negociabilidade; Ter sido negociada em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos doze meses anteriores à formação da carteira do índice.
Em 26 de junho último, começou a operar o IGC (Índice de Governança Corporativa), composto na estréia pelas 19 ações de 15 empresas que aderiram ao nível 1 do Novo Mercado, uma espécie de selo de qualidade. Hoje são 24 papéis e 19 empresas.
O IGC inclui empresas com políticas de valorização dos acionistas minoritário, ou seja, as do Novo Mercado e as classificadas nos níveis 1 e 2 de governança corporativa da Bovespa.
Para participar desse grupo, as empresas se comprometem, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa, como divulgar dados além do exigido pela legislação e manter no mínimo 25% das ações em negociação no mercado.
Índice IBX-50: desde janeiro de 2003, o investidor pode contar com mais um indicador de desempenho: o IBX-50. Concebido nos mesmos moldes do IBX-100, o novo índice tem como objetivo tornar-se um parâmetro menos volátil para os investidores. Embora existam fundos com benchmark no IBX-100, o índice costumava ser rechaçado por grande parte dos gestores por ser extremamente pulverizado e contar com ações pouco líquidas.
A maior diferença entre o tradicional Ibovespa e o novo IBX está no setor preponderante. Enquanto no Ibovespa as ações do setor de telecomunicações têm forte representatividade, o carro-chefe da carteira do IBX-50 é a Petrobras. O Ibovespa caracteriza-se por agrupar as empresas mais líquidas do mercado. Já o IBX-100 e, conseqüentemente, o IBX-50, priorizam o valor de mercado de cada empresa.
Entre seus principais critérios, destacam-se a quantidade de ações da companhia no mercado e a exigência de que a ação tenha sido negociada em 80% dos pregões nos 12 meses anteriores ao início do uso do índice pela Bovespa.
As características de cada índice evidenciam o público de investidores que pretendem atingir. A percepção geral do mercado é de que o Ibovespa deve continuar sendo o índice mais utilizado por quem aplica no curto prazo ou compra e vende todos os dias. Como o IBX-50 reúne um número maior de papéis de segunda e terceira linhas, a expectativa é de que ele se torne mais atrativo para investidores de longo prazo.
Existe uma expectativa de que novos fundos deverão ser criados de olho na performance do novo indicador. O IBX-50 deve atuar como um Ibovespa menos concentrado. Para os gestores de fundos ele deverá se tornar um instrumento mais interessante do que o IBX-100. Estima-se que o IBX-50 apresente menos distorções do que o Ibovespa, cujo desempenho costuma ser afetado pela preponderância do setor de telecomunicações. Só a Embratel, papel bastante volátil nos últimos meses, conta com uma participação de 6% no índice. Se ela sobe 30%, joga o Ibovespa para cima. O IBX-50 tende a não mostrar uma variação tão elevada.
A Bovespa é responsável por cerca de 85% do volume negociado nas nove bolsas de valores do país.
O mercado brasileiro de capitais engloba ainda: a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), do Paraná, do Extremo Sul (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), Regional (Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas), a BVBSA (Bahia, Sergipe e Alagoas), a BVMESB (Minas Gerais, Espírito Santos e Brasília), BVPP (Pernambuco e Paraíba) e a Bolsa de Santos (SP).
GLOSSÁRIO
Ação ordinária (ON) - é um papel menos negociado que dá ao acionista direito de voto na empresa. Na distribuição dos dividendos da empresa, seus proprietários só recebem sua parcela correspondente depois que os proprietários das ações preferenciais tenham recebido suas parcelas.
Ação preferencial (PN) - é um papel mais negociado, mas seu detentor não têm direito de voto, apenas a preferência de recebimentos em caso de liquidação da empresa (geralmente em percentual mais elevado do que o atribuído às ações ordinárias, e no reembolso de capital, no caso de dissolução da sociedade).
Algumas empresas diferenciam as séries de papéis lançados no mercado por letras, como por exemplo: PNA, PNB, PNC.
Principais Bolsas no Mundo |
Brasil
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Prof. Paulo Cezar Ribeiro - Vitória
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