Deuses da
Mitologia Grega
ANTEROS Filho de Afrodite e Ares, irmão
de Eros. Afrodite se queixava a Têmis de que seu filho Eros não
crescia e continuava sempre como menino. Têmis lhe respondeu que se
ela queria que o menino crescesse deveria lhe dar um irmão. Então
Afrodite e Ares tiveram Anteros e o jovem Eros começou a crescer.
Anteros é o símbolo do amor desgraçado, da resistência ao amor, a
vingança ao amor não correspondido, ao desamor.
HADES
Deus dos mortos. Era filho dos Titãs Cronos e Réia, e irmão de
Zeus e Posêidon. Quando os três irmãos dividiram o universo depois
de terem deposto seu pai, Cronos, do trono, à Hades foi concedido o
mundo subterrâneo. Aí, com sua rainha, Perséfone, que ele havia
raptado do mundo superior, determinou o reino dos mortos. Embora
fosse um deus impiedoso e severo, o qual não atendia à nenhuma
oração ou sacrifício, não era mau. Aliás, era conhecido também como
Pluto, senhor dos ricos, porque tanto colheitas como metais
preciosas acreditava-se provirem de seu reino inferior. O mundo
subterrâneo freqüentemente era chamado de Hades. Foi dividido em
duas regiões: o Érebo, por onde os mortos passavam imediatamente
após a morte, e Tártaro, a região mais profunda, onde os Titãs
haviam sido aprisionados. Era um lugar infeliz e sombrio, habitado
por formas vagas e sombras, além de ser cuidadosamente guardado por
Cérbero, o cão de três cabeças e cauda de dragão. Rios sinistros
separavam o mundo subterrâneo do mundo superior, e o velho barqueiro
Caronte transportava as almas dos mortos através destas águas. Em
algum lugar na escuridão do mundo subterrâneo estava localizado o
palácio de Hades. Era representado como um lugar lúgubre, escuro e
repleto de portões, repleto de convidados do deus e colocado no meio
de campos sombrios uma paisagem assombrosa. Em lendas posteriores o
mundo inferior é descrito como o lugar onde os bons são
recompensados e os maus são punidos.
POSEIDON
Posêidon, deus do mar, filho dos Titãs Cronos e Réia, e irmão de
Zeus e Hades. Posêidon era o marido de Anfitrite, uma das Nereidas,
com quem ele teve um filho, Tritão. Entretanto, Posêidon teve
inúmeros outros casos de amor, especialmente com ninfas de riachos e
fontes, e teve filhos conhecidos pela sua selvageria e crueldade,
entre eles o gigante Orion e o Ciclope Polífemo. Posêidon e Górgona
Medusa eram os pais de Pégaso, o famoso cavalo alado. Posêidon
aparece proeminentemente em inúmeros mitos antigos e lendas.
Disputou sem sucesso com Atena, deusa da sabedoria, pelo controle de
Atenas. Quando ele e Apolo, deus da música, foram enganados de
receber suas recompensas depois de terem ajudado Laomedonte, rei de
Tróia, a construir os muros da cidade, a vingança de Posêidon contra
Tróia não teve limites. Ele enviou um terrível monstro marinho para
devastar a terra, e durante a Guerra de Tróia ele ajudou os gregos.
Na arte, Posêidon é representado como uma figura majestosa e
barbada, segurando um tridente e freqüentemente acompanhado por um
golfinho. Os Romanos identificaram Posêidon com seu deus do mar,
Netuno.
APOLO Filho de Zeus e Leto, filha de um Titã. Na
lenda de Homero ele era considerado, principalmente, como o deus da
profecia. Seu oráculo mais importante estava em Delfos, o local onde
matou a serpente Píton (Sucuri). Às vezes ele concedia o dom da
profecia aos mortais que ele amava, tal como a princesa Cassandra,
de Tróia. Apolo era músico e encantava os deuses com seu desempenho
com a lira. Era também um arqueiro-mestre e excelente corredor,
sendo creditada a ele a primeira vitória nos Jogos Olímpicos. Sua
irmã gêmea, Ártemis, era a guardiã das virgens e das mulheres
jovens, e Apolo era o protetor especial dos rapazes. Era também o
deus da agricultura, do gado, da luz e da verdade. Ensinou aos
humanos a arte da cura. Alguns contos retratam Apolo como severo e
cruel. De acordo com a Ilíada de Homero, Apolo atendeu às orações do
sacerdote Crísias para obter a libertação de sua filha das mãos do
general grego Agamenon, atirando flechas envenenadas contra o
exército grego. Ele também raptou e possuiu a jovem Creusa, princesa
ateniense, e abandonou-a com seu filho que nascera da união. Talvez
por causa de sua beleza, Apolo era representado com mais freqüência
na arte antiga que qualquer outra divindade.
HEFAÍSTO
Deus do fogo e dos trabalhos manuais, filho de Zeus e Hera, ou
às vezes apenas o filho de Hera. Em contraste com os outros deuses,
Hefaístos era manco e desajeitado. Logo após seu nascimento ele foi
expulso do Olimpo, ou por Hera, devido a sua deformidade, ou por
Zeus, porque Hefaístos colocou Hera contra Zeus. Outras lendas,
entretanto, contam que ele era venerado no Olimpo e foi casado com
Afrodite, deusa do amor, ou com Aglaia, uma das três Graças. Como
artesão entre os deuses, Hefaístos fabricava armaduras, armas e
jóias. Sua oficina acreditava-se estar sobre o Monte Etna, um vulcão
da Sicília. Hefaístos freqüentemente é identificado com o deus do
fogo romano, Vulcano.
PRÍAPO Deus da fertilidade,
protetor dos jardins e dos rebanhos. Era filho de Afrodite, deusa do
amor, e de Dionísio, deus do vinho, ou, de acordo com algumas
lendas, de Hermes, mensageiro dos deuses. Foi deformado, ao nascer,
por Hera, que tinha ciúmes de sua mãe. Era comumente representado
como um indivíduo grotesco com um falo enorme.
ARES Deus
da guerra e filho de Zeus, rei dos deuses, e sua esposa, Hera. Os
romanos o identificaram com Marte, também um deus da guerra. Ares,
sanguinário e agressivo, personificava a natureza brutal da guerra.
Era impopular tanto com os deuses quanto com os humanos. Entre as
divindades associadas com Ares estavam sua mulher Afrodite, deusa do
amor, e divindades menos importantes, como Deimos (o Temor) e Fobos
(o Tumulto), que o acompanhavam em batalha. Embora Ares fosse bélico
e feroz, não era invencível, mesmo contra os mortais. A adoração de
Ares, que se acredita ter origem na Trácia, não se estendia à toda a
antiga Grécia, e onde existiu, não tinha importância social ou
moral. Ares era uma divindade ancestral de Tebas e tinha um templo
em Atenas, aos pés do Areopago, ou Colina de Ares.
HÉLIO
Antigo deus sol, filho dos Titãs Hiperíon e Téia, e irmão de
Selene, deusa da lua, e Eos, deusa da alvorada. Acreditava-se que
Hélio andava diariamente em sua carruagem dourada através dos céus,
dando luz aos deuses e aos mortais. À noite ele mergulhava no oceano
ocidental, do qual ele era carregado numa taça dourada para seu
palácio no leste. Hélio sozinho podia controlar os cavalos ferozes
que puxavam sua carruagem ardente. Quando seu filho Faetonte
convenceu Hélio a deixá-lo guiar a carruagem através do céu,
Faetonte morreu. Como é o único deus que pode ver toda a Terra do
alto do céu, é o único que tudo sabe, e informa aos outros sobre
certos segredos; e foi justamente por ter revelado a Hefaísto que
Afrodite o traía com Ares que a deusa vingou-se dele, inspirando
paixões funestas em seus descendentes: em sua filha Pasifaé e suas
netas Ariadne e Fedra. Hélio foi largamente adorado por todo o mundo
grego, mas seu principal culto estava em Rodes. Uma das Sete
Maravilhas do Mundo, o Colosso de Rodes, era uma representação de
Hélio.
TANATOS Filho do Tártaro (mundo subterrâneo) e de
Géia, mas outros autores asseguram que seus pais são Érebo e Noite.
Entidade alada masculina, personificação da morte. Não possui um
mito próprio, é um dos personagens da história "Alcestes", de
Eurípedes. Era descrito como um jovem rapaz com uma tocha invertida
numa das mãos e uma grinalda de flores ou borboleta na outra. Ele
aparece com seu irmão Hipnos inúmeras vezes em vasos funerários
encontrados na Ática. Numa coluna esculpida no Templo de Artemis, em
Éfeso (IV a. C.), a entidade é mostrada com duas grandes asas e uma
espada em sua cintura. Aristeu Filho de Apolo e da ninfa Cirene.
Era adorado como o protetor dos caçadores, pastores e rebanhos, e
como o inventor da apicultura e da arte de cultivar azeitonas.
Quando Aristeu tentou seduzir Eurídice, a esposa do célebre músico
Orfeu, ela fugiu dele e acabou sendo mortalmente ferida com a picada
de uma cobra. As ninfas o puniram fazendo todas as suas abelhas
morrerem. Mas ele amenizou as ninfas com um sacrifício de seu gado,
de cujas carcaças emergiram novas colméias de abelhas. Aristeu era
conhecido nas artes da cura e da profecia, e vagou por muitas terras
para compartilhar seu conhecimento e curar doentes. Era largamente
venerado como um deus beneficente e freqüentemente era representado
como um pastor juvenil carregando um cordeiro.
HERMAFRODITO
Filho de Hermes e Afrodite, cujos nomes compõe o seu. De uma enorme
beleza, inspirou forte paixão à ninfa Salmácis, que pediu aos deuses
para nunca mais se separarem; estes juntaram os dois amantes em um
só corpo, criando um andrógino, isto é, um ser dotado de dois sexos.
THAUMAS Thaumas é um deus do mar e filho de Ponto e
Géia. Com a Oceânide Eléctra ele gerou Hárpia e Iris.
ASCLÉPIO O deus da medicina. Era filho de Apolo e da
virgem Coronis, da Tessália. Zangado porque Coronis era infiel a
ele, Apolo matou-a e arrancou o nascituro Asclépio de seu ventre.
Mais tarde ele enviou Asclépio ao centauro Quíron para ser educado.
Asclépio aprendeu com Quíron a arte da cura e logo se tornou um
grande médico. Por Asclépio ameaçar a ordem natural das coisas e por
ressuscitar os mortos, Zeus o matou com um trovão. O culto à
Asclépio centralizou-se em Epidauro, mas era popular por todo o
mundo Greco-Romano. Os santuários de Asclépio funcionavam como
refúgios para restabelecer a saúde, onde regimes terapêuticos tais
como exercícios e dietas eram prescritos. A prática mais importante
associada com as curas era o ritual da incubação, em que as pessoas
aflitas eram adormecidas dentro de um templo ou cerco sagrado na
esperança de que o deus viesse ter com eles em seus sonhos e
prescrevesse a cura para suas doenças.
HERMES Mensageiro
dos deuses, filho de Zeus e de Maia, a filha do Titã Atlas. Como
servente especial de Zeus, Hermes tinha sandálias com asas, um
chapéu alado e um caduceu dourado, ou vara mágica, entrelaçado por
cobras e coroado com asas. Conduzia as almas dos mortos ao mundo
inferior e acreditava-se possuir poderes mágicos sobre o sono e os
sonhos. Hermes era também o deus do comércio e o protetor dos
comerciantes e dos rebanhos. Como a divindade dos atletas, ele
protegia os ginásios e estádios e atribuía-se a ele a
responsabilidade pela fortuna e a riqueza. Apesar de sua
característica virtuosa, ele era também um inimigo perigoso, astuto
e ladrão. No dia de seu nascimento ele roubou o gado de seu irmão, o
deus Apolo, obscurecendo sua trilha e fazendo o rebanho caminhar
devagar, atrasando-o. Quando inquirido por Apolo, Hermes negou o
roubo. Os irmãos finalmente se reconciliaram quando Hermes deu a
Apolo sua mais nova invenção: a lira. Hermes foi representado na
arte grega como um homem barbudo e adulto; na arte clássica ele era
representado com uma juventude atlética, nu e sem barba.
TRITÃO Filho de Poseidon e de sua esposa Anfitrite, era
um deus desconhecido nos poemas homéricos e que foi trazido à Grécia
pelos marinheiros que passaram pela Sicília e África, mais
precisamente na Líbia onde nasceu a sua lenda. Era o deus do mar,
até que ficou sendo um deus "secundário" com o nascimento da lenda
de Poseidon, pois alega-se que sua história já existia antes da do
próprio pai. Estava dotado com todos os poderes do mar, do dom da
profecia e os relatos principais envolvendo sua figura, além das
aventuras amorosas envolvendo as Nereidas, foram as lutas contra
Héracles e Dionísio, onde ambos conseguiram dominá-lo. Dizia-se que
para vencê-lo bastava lhe dar uma taça de vinho, pois a bebida o
fazia dormir. A partir do século IV, Tritão passou a tomar parte das
divindades envolvendo o reino de Poseidon e de outros grandes deuses
do mar, mas sempre secundário. Era um deus violento, sempre
segurando uma concha marinha na mão e quando a soprava, produzia um
ruído tão potente que durante a batalha entre os Titãs e os deuses,
o som fez com que os Titãs batessem em retirada.
ASTREU
Marido de Eos e deus dos quatro ventos: Bóreas, Zéfiro, Eurus e
Notus.
HIMENEU Deus do casamento, filho de Apolo.
Personificação do cantos nupciais.
URANO Deus dos céus e
marido de Géia, deusa da terra. Urano era o pai dos Titãs, dos
Ciclopes e dos Gigantes de Cem-Mãos. Os Titãs, liderados por seu
regente, Cronos, destronaram Urano e o mutilaram, e do sangue que
caiu sobre a terra criou as Erínias (ou Fúrias), que se vingavam dos
crimes de patricídio, matricídio e perjúrio. Embora Urano pudesse
ter sido adorado como um deus pelos primeiros habitantes da Grécia,
ele nunca foi objeto de adoração pelos gregos no que diz respeito ao
período histórico.
DIONÍSIO Deus do vinho e da
vegetação, que mostrou aos mortais como cultivar as videiras e fazer
vinho. Filho de Zeus, Dionísio normalmente é caracterizado de duas
maneiras. Como o deus da vegetação - especificamente das árvores
frutíferas - ele freqüentemente é representado em vasos bebendo em
um chifre e com ramos de videira. Ele eventualmente tornou-se o
popular deus do vinho e da alegria, e milagres do vinho eram
reputadamente representados em certo festivais de teatro em sua
homenagem. Dionísio também é caracterizado como uma divindade cujos
mistérios inspiraram a adoração ao êxtase e o culto às orgias. As
bacantes era um grupo de devotos femininos que deixavam seus lares
para vagar de maneira errante em busca de êxtase em devoção à
Dionísio. Usavam peles de veado e a eles eram atribuídos poderes
ocultos. Dionísio era bom e amável àqueles que o honravam, mas
trazia loucura e destruição para aqueles que desprezavam as orgias a
ele dedicadas. De acordo com a tradição, Dionísio morria a cada
inverno e renascia na primavera. Para seus seguidores, este
renascimento cíclico, acompanhado pela renovação da terra com o
reflorescer das plantas e a nova frutificação das árvores,
personificavam a promessa da ressurreição de Dionísio. Os rituais
anuais em homenagem à ressurreição de Dionísio gradualmente foram se
desenvolvendo no drama grego, e importantes festivais eram
celebrados em honra do deus, durante os quais grandes competições
dramáticas eram conduzidas. O festival mais importante, as
Dionisíacas, era celebrado em Atenas por cinco dias a cada
primavera. Foi para estas celebrações que os dramaturgos Ésquilo,
Sófocles, e Eurípides escreveram suas grandes tragédias. Por volta
do século V a.C., Dionísio era também conhecido entre os gregos como
Baco, um nome que se referia aos altos brados com os quais Dionísio
era adorado nas orgias, ou mistérios dionísicos. Estas celebrações
frenéticas, que provavelmente se originaram em festivais primaveris,
ocasionalmente traziam libertinagem e intoxicações. Esta foi a forma
de adoração pela qual Dionísio tornou-se popular no século II a.C.,
na Itália, onde os mistérios dionísicos eram chamados de Bacanália.
As indulgências das Bacanálias tornaram-se extrema, e as celebrações
foram proibidas pelo Senado Romano em 186 a.C.. Entretanto, no
século I d.C. os mistérios dionísicos eram ainda populares, como se
evidencia em representações encontradas em sarcófagos gregos.
HIPNOS Deus do sono, filho de Érebo e da Noite e irmão
gêmeo de Tanatos, a Morte.
ZEUS Deus do céu e regente
dos deuses do Olimpo. Zeus corresponde ao deus Júpiter Romano. Zeus
foi considerado, de acordo com Homero, o pai dos deuses e dos
mortais. Ele não criou qualquer um dos deuses nem dos mortais. Era
seu pai no sentido de ser o protetor e regente tanto da família do
Olimpo quanto da raça humana. Era o senhor do céu, o deus da chuva,
e o ceifeiro das nuvens, aquele que detinha o terrível trovão. Seu
pássaro era a águia, sua árvore o carvalho. Zeus presidia sobre os
deuses no Monte Olimpo, na Tessália. Seus principais relicários
estavam em Dódona, em Epiros, a terra das árvores de carvalho e o
relicário mais antigo, famoso por seu oráculo, em Olímpia, onde os
Jogos do Olimpo eram celebradas em sua honra a cada quatro anos.
Zeus era o filho mais jovem do Titã Cronos e Réia, e o irmão das
divindades Posêidon, Hades, Héstia, Deméter e Hera. De acordo com um
dos mitos antigos do nascimento de Zeus, Cronos, temendo que ele
talvez fosse destronado por um de seus filhos, engolia-os assim que
nasciam. Quando do nascimento de Zeus, Réia embrulhou uma pedra com
os cueiros de criança e deu-a a Cronos para que engolisse pensando
que fosse seu filhos, e ocultou o deus infante em Creta, onde foi
alimentado com o leite da cabra Amaltéia e criado por ninfas. Quando
Zeus chegou à maturidade, ele forçou Cronos a vomitar as outras
crianças, que estavam ávidas para se vingar de seu pai. Na guerra
que se seguiu, os Titãs lutaram ao lado de Cronos, mas Zeus e os
outros deuses foram bem sucedidos, e os Titãs foram confinados no
abismo do Tártaro. Zeus, a partir de então, dominou o céu, e a seus
irmãos Posêidon e Hades foi conferido o poder para dominar o mar e o
mundo subterrâneo, respectivamente. A terra seria governada em comum
por todos os três. Para Homero, Zeus era imaginado de duas maneiras
diferentes. É representado como o deus da justiça e da misericórdia,
o protetor dos fracos e o punidor do mau. Como marido de sua irmã
Hera, ele é o pai de Ares, o deus da guerra; Hebe, a deusa da
juventude; Hefaísto, o deus do fogo; e Ilíthia, deusa do parto. Ao
mesmo tempo, Zeus é descrito como um deus que se apaixona por uma
mulher a cada instante e usando de todos os artifícios para esconder
sua infidelidade da esposa. Os relatos de suas travessuras eram
numerosos na mitologia antiga, e muitos de seus filhos eram o
produto de seus casos de amor tanto com deusas quanto com mulheres
mortais. Acredita-se que, com o desenvolvimento de um sentimento de
ética na vida grega, a idéia de um deus lascivo, algumas vezes um
ridículo deus-pai tornava-se desagradável, e então as lendas
posteriores tenderam a apresentar Zeus com uma luz mais gloriosa.
Seus muitos casos com mortais às vezes são explicados como o desejo
dos primeiros gregos a traçar sua linhagem até o pai dos deuses. A
imagem de Zeus era representada na escultura como a figura de um rei
barbado. A mais célebre de todas as estátuas de Zeus era a colossal
em ouro e marfim feita por Fídias, em Olímpia. Éolo Nome de duas
figuras mitológicas. Era melhor conhecido como o deus dos ventos.
Vivia em Eólia, uma ilha flutuante, com seus seis filhos e seis
filhas. Zeus tinha lhe dado o poder de acalmar e despertar os
ventos. Quando o herói grego Odisseu (Ulisses) visitou Éolo, ele foi
recebido como um convidado de honra. Como presente de Éolo, ao
partir, Odisseu (Ulisses) recebeu dele um vento favorável e uma
sacola de couro repleta com todos os ventos. Os marinheiros de
Odisseu (Ulisses), pensando se tratar de uma sacola com ouro,
abriram-na e a costa foi imediatamente varrida pelos ventos. Depois
disso, Éolo se recusou a ajudá-los novamente. Outro Éolo na
mitologia grega foi o rei da Tessália. Era o filho de Heleno,
antepassado dos Helenos, os primeiros habitantes da Grécia. Éolo era
o antepassado dos gregos Eólios. Morfeu Deus dos sonhos, filho
de Hipnos, deus do sono. Morfeu formava os sonhos que vinham para
aqueles que adormeciam. Ele também representava seres humanos em
sonhos. Eos Deusa do alvorecer, irmã de Helio e Selene, e esposa
de Tithonus. Era filha dos titãs Hiperion e de Teia. Era chamada de
Aurora pelos romanos. Ela era descrita como uma condutora de
carruagem, cavalgando através do céu pouco antes do nascer do sol,
puxada pelos seus dois cavalos Claridade e Brilho, anunciando a
chegada do irmão. A carruagem de Helio era puxada por quatro
cavalos, indicando seu mais alto status.** Por haver dormido com
Ares, Eos foi castigada por Afrodite, que a fez permanecer para
sempre apaixonada. Assim, ela teve caso com um grande número de
deuses e jovens mortais, entre eles Orion e Cephalus. Uma das suas
maiores paixões foi o belo jovem Tithonus, filho de Laomedonte, rei
de Tróia. Tomada de paixão, ela levou o jovem à Etiópia, onde os
dois se uniram e tiveram dois filhos: Memnon e Emathion. Eos
resolveu suplicar a Zeus que desse ao seu esposo a imortalidade, mas
esqueceu de pedir também pela juventude eterna. Assim seu amante foi
envelhecendo, e quando seus cabelos ficaram muito brancos, e ele não
conseguia mais mover a mão ou o pé, ele rezou para que pudesse
morrer, mas não podia pois era imortal. Assim, a deusa trancou-o em
seu quarto, deixando-o lá balbuciando e murmurando eternamente. Em
outra versão, a deusa tomada de piedade transformou-o em um
gafanhoto, o mais musical dos insetos, para que ela pudesse ter a
alegria de ouvir para sempre a voz do amante. Com Astreu deu à luz
os ventos "de coração forte"* Zéfiro e Boreas. Nereu Deus do
mar, filho do deus do mar Ponto e Géia, a Mãe-Terra, conhecido como
o velho homem do mar. Foi casado com Dóris, uma das filhas do Titã
Oceano, com quem teve 50 lindas filhas, as ninfas do mar, conhecidas
como Nereidas. Nereu vivia no fundo do mar.
EROS O deus
do amor e relativo do Cupido romano. Na mitologia antiga, era
representado como uma das forças primitivas da natureza, o filho do
Caos, e a encarnação da harmonia e do poder criativo do universo.
Logo, entretanto, passou a ser visto como um rapaz intenso e bonito,
assistido por Pótos ( "ânsia") ou
HÍMERO( "desejo"). Mais
tarde a mitologia transformou-o no auxiliar constante de sua mãe,
Afrodite, a deusa do amor. Na arte grega, Eros era retratado como um
jovem alado, ligeiro e bonito, freqüentemente com olhos cobertos
para simbolizar a cegueira do amor. Às vezes ele carregava uma flor,
mas mais comumente um arco de prata e flechas, com o qual ele
atirava dardos de desejo contra o peito de deuses e homens. Nas
lendas e na arte romana, Eros degenerou numa criança maligna e
freqüentemente era retratado como um bebê arqueiro. Há relatos onde
se atribuem ainda a existência do irmão de Eros, o deus Anteros.
ORFEU Poeta e músico filho da musa Calíope e Apolo, deus
da música, ou Eagro, rei da Trácia. Recebeu a lira de Apolo e
tornou-se um músico tão perfeito que não havia nenhum mortal capaz
de ser melhor do que ele. Quando Orfeu tocava e cantava, movia todos
os seres animados e inanimados. Sua música encantava árvores e
pedras, domesticava animais selvagens, e até mesmo os rios mudavam o
seu curso na direção da música do jovem. Orfeu é mais conhecido pelo
seu casamento com a adorável ninfa Eurídice. Logo depois do
casamento a noiva foi picada por uma vespa e morreu. Triste com a
perda, Orfeu resolveu ir ao mundo subterrâneo e tentar trazê-la de
volta, algo que nenhum mortal jamais havia feito. Hades, o soberano
do mundo subterrâneo, ficou tão satisfeito com sua música que
devolveu Eurídice a Orfeu com a condição de que ele não olharia para
trás até que alcançassem a superfície. Orfeu não conseguiu controlar
sua avidez, e assim que alcançou a luz do dia, ele olhou para trás
muito rapidamente, e Eurídice, que vinha logo atrás, desapareceu. Em
desespero, Orfeu abandonou a companhia humana e vagou pelas selvas,
tocando para pedras, árvores e rios. Finalmente, um bando de
violentas mulheres da Trácia, que eram seguidoras de Dionísio,
atacou o músico e o mataram. Quando jogaram sua cabeça decepada no
rio Hebrus, ele continuou a chamar por Eurídice, e finalmente foi
carregado à orla de Lesbos, onde as Musas o enterraram. Depois da
morte de Orfeu, sua tornou-se a constelação de Lira. ÉTER A
personificação do mais elevado ar puro no qual os deuses residem,
diferente do "ar" comum que os mortais respiram. Na cosmologia
grega, Éter é o filho de Érebo e Noite, e o irmão de Hêmera. Também
é um dos elementos do cosmos e nos hinos órficos é mencionado como a
alma do mundo da qual toda a vida emana.
PAN Deus dos
bosques, dos campos e da fertilidade, filho de Hermes, mensageiro
dos deuses, e da ninfa Dríope. Era metade animal, metade homem, com
chifres, membros inferiores, cascos e orelhas de bode. Era uma
divindade travessa, o deus dos pastores e rebanhos. Um músico
maravilhoso, acompanhava com sua flauta, as ninfas da floresta
quando elas dançavam. O deus era galanteador, mas sempre rejeitado
por causa de sua feiura. Pan assombrava as montanhas e cavernas e
todos os lugares selvagens, mas seu local predileto era a Arcádia,
onde nasceu. A palavra "pânico" se supõe derivar dos temores de
viajantes que ouviam o som de sua flauta durante a solidão noturna.
FÓRCIS Um deus do mar, filho de Ponto e Géia. Ele é o
pai das Hespérides, das ninfas Thosa e Scylla, assim como vários
outros monstros tais como as Gréias, as Górgonas e o dragão Ladon. O
Ciclope Polífemo era seu neto. Fórcis também era o nome de um líder
da Prígia durante a Guerra de Tróia e que foi morto por Aquiles.
PONTO A personificação do mar e o filho de Géia e Éter.
Com Géia ele gerou Nereu, Thaumas, Fórcis, Ceto e Euríbia.
DEUSAS DA MITOLOGIA GREGA.
AFRODITE Deusa do
amor e da beleza. Na lenda de Homero, ela é dita como sendo a filha
de Zeus e Dione, uma de suas consortes, mas na Teogonia de Hesíodo,
ela é descrita como nascida da espuma do mar a partir do falo de
Urano lançado no oceano e, etimologicamente, seu nome quer dizer
"erguida da espuma." De acordo com Homero, Afrodite é a esposa de
Hefaístos, o deus das artes manuais. Seus amantes incluem Ares, deus
da guerra, que posteriormente foi representado como seu marido. Era
a rival de Perséfone, rainha do mundo subterrâneo, pelo o amor do
belo jovem Adônis. Talvez a lenda mais famosa sobre Afrodite diga
respeito à causa da Guerra de Tróia. Eris, a personificação da
discórdia - a única deusa que não foi convidada ao casamento de
Peleu e da ninfa Tétis - ressentida com os deuses, arremessou uma
maçã dourada no corredor onde se realizava o banquete, sendo que na
fruta estavam gravadas as palavras "à mais bela." Quando Zeus se
recusou a julgar entre Hera, Atena, e Afrodite, as três deusas que
reivindicaram a maçã, elas pediram à Páris, príncipe de Tróia, para
fazer a premiação. Cada deusa ofereceu à Páris um suborno: Hera,
prometeu-lhe que seria um poderoso governante; Atena, que ele
alcançaria grande fama militar; e Afrodite, que ele teria a mulher
humana mais linda do mundo. Páris declarou Afrodite como a mais bela
e escolheu como prêmio Helena, a esposa do rei grego Menelau. O
rapto de Helena por Páris foi a causa da Guerra de Tróia.
Deméter Deusa da colheita, filha dos Titãs Cronos e Réia. Quando
sua filha Perséfone foi raptada por Hades, deus do mundo
subterrâneo, a mágoa de Deméter foi tamanha a ponto de fazê-la
negligenciar a terra: nenhuma planta mais cresceu, e a fome devastou
o mundo. Espantado com esta situação, Zeus, deus do universo, exigiu
que seu irmão Hades devolvesse Perséfone à sua mãe. Hades concordou,
mas antes de libertar a jovem, fez com que ela comesse algumas
sementes de romã que a forçariam a retornar para ele a cada quatro
meses por ano. Em sua alegria por reunir-se com a filha, Deméter
trouxe flores brilhantes à terra, abundância de frutas e grãos para
a colheita. Entretanto, sua tristeza volta quando Perséfone têm que
retornar ao mundo subterrâneo. A desolação da estação do inverno e a
morte da vegetação eram consideradas como a manifestação anual da
mágoa de Deméter quando sua filha era tomada dela. Deméter e
Perséfone eram adoradas nos rituais dos Mistérios de Eleusínias. O
culto se estendeu da Sicília à Roma, onde as deusas eram adoradas
como Ceres e Prosérpina.
FÓRCIS Um deus do mar, filho de
Ponto e Géia. Ele é o pai das Hespérides, das ninfas Thosa e Scylla,
assim como vários outros monstros tais como as Gréias, as Górgonas e
o dragão Ladon. O Ciclope Polífemo era seu neto. Fórcis também era o
nome de um líder da Prígia durante a Guerra de Tróia e que foi morto
por Aquiles. Leto Filha dos Titãs Febê e Céos, e mãe de Ártemis,
deusa da caça, e Apolo, deus da música. Foi amada por Zeus que,
temendo o ciúme de sua esposa, Hera, baniu Leto quando estava para
dar à luz a seus filhos. Todos os países e ilhas estavam temendo a
ira do Hera e se recusavam a acolher a desesperada Leto onde pudesse
conceber sua criança. Finalmente, em suas perambulações, ela
alcançou uma pequena ilha pequena flutuante no Mar Egeu. A ilha, que
foi chamada Délos, era um lugar sem vida e rochoso, mas quando Leto
alcançou-o e pediu refúgio, foi recebida hospitaleiramente. Naquele
momento quatro grandes pilares se elevaram do fundo do mar e
sustentaram a ilha firmemente, ancorando-a para sempre.
URÂNIA Uma das nove musas que presidia a Astronomia e a
Geometria, representada com um compasso e um globo.
AGLAIA
A mais nova das três Graças, muitas vezes representada como
esposa de Hefaísto. Seu nome significa "a brilhante", "a de brilho
único".
MOIRAS As três deusas que determinavam a vida
humana e seu encadeamento, também conhecidas como "Destinos" ou
"Moiras". As Moiras repartiam para cada pessoa, no momento de seu
nascimento, uma parcela do bem e do mau, embora uma pessoa pudesse
acrescer o mau em sua vida por si própria. Retratadas na arte e na
poesia tanto como mulheres velhas e severas quanto virgens sombrias,
as deusas eram freqüentemente vistas como fiadeiras. Cloto, a
fiadeira principal, tecia o fio da vida; Láquesis, a distribuidora
de quinhões, decidia a quantidade e designava o destino de cada
pessoa; e Átropos, a inexorável, carregava o poder de cortar o fio
da vida no tempo designado. As decisões das Moiras não podiam ser
alteradas, nem mesmo pelos deuses.
GÉIA Géia ou Ge, a
personificação da Mãe-Terra, e a filha de Caos. Na mitologia romana
ficou conhecida como sendo "Gaia". Era a mãe e esposa do
Pai-Paraíso, personificado como Urano. Eram os pais das primeiras
criaturas que vieram a existir: os Titãs, os Ciclopes; e os Gigantes
ou Hecatônquiros (Cem Cabeças). Temendo e odiando os Gigantes,
apesar deles serem seus filhos, Urano prendeu-os num lugar secreto
na terra, deixando os Ciclopes e os Titãs em liberdade. Géia
enfurecida com o seu favoritismo, convenceu seu filho, o Titã
Cronos, a derrotar seu pai. Ele castrou Urano e de seu sangue Géia
trouxe à vista os Gigantes e as três deusas da vingança, as Erínias.
A última e mais terrível concepção de Géia foi Tífon, um monstro de
cem cabeças que, embora conquistado por Zeus, vomitava rios de lava
do Monte Etna. Melpômene A Musa da tragédia. É comumente
representada com uma máscara trágica e usando o "cothurnus" (as
botas tradicionalmente usadas pelos atores de tragédias). Muitas
vezes ela é representada também segurando uma faca em uma mão, e a
máscara em outra.
ANFITRITE Deusa do mar, filha de Nereu
ou de Oceano, e esposa de Posêidon. Na escultura, ela freqüentemente
aparece sentada próxima à Posêidon numa carruagem puxada por
Tritões. Dike Filha de Zeus e Temis, deusa da justiça divina.
Como sua mãe, Dike estava relacionada às sentenças divinas, sendo
também chamada de
ASTRÉIA (estrelada), sendo ela hoje
relacionada à constelação de Virgem. Juntamente com outras irmãs,
formavam as Horas. Nos tempos da Era Dourada, ela tinha sua
residência na Terra, e permaneceu aqui até a Era de Prata.
GRAÇAS Graças (ou Cárites), as três deusas da alegria,
charme e beleza. As filhas de Zeus e da ninfa Eurínome. Chamavam-se
Aglaia (o Esplendor), Eufrosina (a Alegria) e Tália (a Floração). As
Graças presidiam sobre os banquetes, danças e todos os outros
eventos sociais agradáveis, trazendo alegria e boa vontade tanto
para os deuses quanto para os mortais. Eram as auxiliares especiais
das divindades do amor, Afrodite e Eros, e junto com as Musas,
cantavam aos deuses no Monte Olimpo, dançado linda músicas que Apolo
produzia em sua lira. Em algumas lendas, Aglaia casou-se com
Hefaístos, o artesão dos deuses. Seu casamento explica a tradicional
associação das Graças com as artes. Como as Musas, acreditava-se que
elas davam o dom aos artistas e poetas para a criação de lindos
trabalhos de arte. As Graças raramente eram tratadas como
indivíduos, mas sempre como uma espécie de encarnação tripla de
graça e beleza. Na arte elas normalmente são representados como
jovens virgens dançando num círculo.
ARTEMIS Uma das
principais deusas. Era a filha de Zeus e de Leto, e a irmã gêmea de
Apolo. Era a caçadora-chefe dos deuses e a deusa da caça e dos
animais selvagens, especialmente os ursos. Ártemis era também a
deusa do parto, da natureza e da colheita. Como deusa de lua, ela às
vezes foi identificada com as deusas Selene e Hécate. Embora
tradicionalmente seja a amiga e protetora das mulheres,
especialmente as jovens, Ártemis impediu os gregos de navegar até
Tróia durante a guerra até que eles sacrificassem uma virgem para
ela. De acordo com algumas histórias, justamente antes do
sacrifício, ela salvou a vítima, a jovem Ifigênia. Como Apolo,
Ártemis se armava de um arco e flechas, com o qual ela
freqüentemente punia mortais que a ofendiam. Em outras lendas, ela é
elogiada por dar às mulheres jovens que morriam nos partos uma morte
rápida e sem dor.
EILEITIA Deusa da dor do parto e
segundo alguns relatos, filha de Zeus e Hera.
HEBE Deusa
da juventude, filha de Zeus e Hera. Durante muito tempo Hebe foi a
copeira dos deuses, servindo a eles seu néctar e ambrosia. Foi
substituída neste trabalho por Ganímedes, príncipe troiano. De
acordo com um relato, ela renunciou à tarefa de copeira dos deuses
para se casar com o herói Héracles. Em outra história, foi
destituída desta posição por causa de uma queda que sofreu enquanto
atendia aos deuses.
MUSAS Nove deusas e filhas de Zeus e
de Mnemósina, a deusa da memória. As Musas presidiam as artes e as
ciências e acreditava-se que inspiravam todos os artistas,
especialmente poetas, filósofos e músicos. Calíope era a musa da
poesia épica, Clio da história, Euterpe da poesia lírica, Melpômene
da tragédia, Terpsícore das canções de coral e da dança, Erato da
poesia romântica, Polímnia da poesia sagrada, Urânia da astronomia,
e Tália da comédia. Eram as companheiras das Graças e de Apolo, o
deus da música. Sentavam-se próximas ao trono de Zeus, rei dos
deuses, e cantavam sobre sua grandiosidade, a origem do mundo, seus
habitantes e os feitos gloriosos dos grandes heróis. As Musas eram
adoradas por todo a Grécia antiga, especialmente em Helicon, na
Beócia e em Pieria, na Macedônia.
ATENA Deusa da
Sabedoria, também chamada de Palas Atena. Filha de Zeus e de sua
primeira mulher, Métis, deusa da Prudência. Segundo a tradição,
quando Métis estava grávida, Zeus a engoliu, por temer que seu filho
viesse a destroná-lo. Mais tarde, atormentado por uma dor de cabeça,
pediu a Hefaísto que lhe abrisse o crânio com uma machadada. De sua
cabeça saiu Atena, armada e coberta com o elmo do Saber. Uma deusa
virgem, era chamada Parthenos ("a virgem"). Seu templo mais
importante, o Partenon, estava em Atenas, que, de acordo com a
lenda, tornou-se seu por ter dado de presente aos atenienses a
árvore da oliveira. Atena era principalmente a deusa das cidades
gregas, da indústria e das artes, e mais tarde, tornou-se a deusa da
sabedoria. Era também deusa da guerra. Atena foi forte defensora dos
gregos na Guerra de Tróia. Depois da queda de Tróia, entretanto, os
gregos não conseguiram respeitar a santidade de um templo de Atena
em que a profetisa Cassandra procurou abrigo. Como castigo,
tempestades enviadas pelo deus do mar, Posêidon, a pedido de Atena,
destruiu a maioria dos navios gregos que retornavam de Tróia. Atena
era também uma patrona das artes agrícolas e do artesanato feminino,
especialmente a arte de tecer e fiar. Entre seus presentes ao homem
estavam a invenção do arado, a arte de domesticar animais,
construção de navios e a confecção de sapatos. Ela freqüentemente
era associada com pássaros, especialmente a coruja.
EIRENE
A Titã Têmis é conhecida como tendo baixado todas as leis e
ordens estabelecidas pelos costumes; esta sabedoria, muitos
acreditam, ela recebeu de Zeus, enquanto ela conviveu com ele no
Olimpo. Da união destes dois seres, Eirene (também chamada de
"Paz"), que é uma das Horas, nasceu tendo com ela as qualidades
paradisíacas daquilo que é calmo, tranquilo e silencioso. É por isso
que Eirene provê sempre brandura.
HÉCATE Deusa da
escuridão, a filha do Titã Pérses e Astéria. Diferente de Ártemis,
que representava o luar e o esplendor da noite, Hécate representava
a sua escuridão e seus terrores. Em noites sem luar, acreditava-se
que ela vagava pela terra com uma matilha de uivantes lobos
fantasmas. Era a deusa da feitiçaria e era especialmente adorada por
mágicos e feiticeiras, que sacrificavam cães e cordeiros negros a
ela. Como deusa da encruzilhada, acreditava-se que Hécate e seu
bando de cães assombravam lugares lúgubres que pareciam sinistros
aos viajantes. Na arte, Hécate era freqüentemente representada tanto
com três corpos ou três cabeças e com serpentes em torno de seu
pescoço.
NÊMESIS Personificação da justiça divina e a
vingança dos deuses, às vezes chamada a filha da Noite. Representava
a raiva justa dos deuses contra o orgulho e a arrogância e contra os
transgressores da lei; distribuía a boa ou má sorte a todos os
mortais. Ninguém podia escapar de seu poder.
ÁTROPOS Uma
das três Moiras. Era ela quem cortava o fio da vida tecido por Cloto
e mesurado por Láquesis. Era também conhecida como "a inflexível" e
"a inevitável". Era filha de Zeus e Têmis (a deusa da ordem).
ERATO A Musa da poesia lírica, particularmente da poesia
amorosa e erótica, e da imitação. É comumente descrita segurando uma
lira.
HÊMERA A deusa do Dia. Ela nasceu do Érebo,
escuridão, e da Noite. A Noite era filha do Caos, e irmã de Érebo.
Érebo estava entre os primeiros seres, vivendo no Mundo Subterrâneo.
Ele brotou do Caos no início do tempo. O nome de Érebo foi dado para
a tenebrosa caverna subterrânea pela qual os mortos caminham em
direção ao Mundo Subterrâneo. Hêmera emergia do Tártaro enquanto a
Noite deixava o mundo. Hêmera então retornava para o Tártaro quando
a Noite estava deixando-o.
NIKE Deusa da vitória, filha
do Titã Pallas e do rio Estige. Nikê lutou com Zeus na batalha
contra os Titãs, e na arte Grega às vezes é representada como a
vitória e carregando uma grinalda ou palma da vitória.
CERES
Deusa romana da Agricultura. Sua correspondente grega é Deméter.
ERÍNIAS Também conhecidas como Fúrias, eram as três
divindades que administravam a vingança divina, sendo elas: Tisífona
(a vingança contra os assassinos), Megera (o ciúme) e Alecto (a
raiva contínua). Em muitas versões sobre as Erínias, diz-se que elas
são as filhas de Géia e Urano; às vezes eles são chamada de "as
filhas da Noite". Viviam no mundo subterrâneo, do qual ascendiam
para a terra e perseguir o mau. Eram justas, mas sem piedade e
jamais analisavam as circunstâncias que levaram a pessoa à cometer o
erro. Puniam todas as ofensas contra a sociedade humana tal como o
perjúrio, a infração dos rituais de hospitalidade e, acima de tudo,
o assassinato de parentes de sangue. Estas deusas terrível eram
horríveis para serem contempladas; tinham cobras se retorcendo no
lugar dos cabelos e olhos injetados de sangue. Atormentavam os
malfeitores perseguindo-os de lugar à lugar através da terra,
enlouquecendo-os. Uma das lendas mais famosas sobre as Erínias
consiste em sua perseguição sem descanso pelo príncipe tebano
Orestes, pelo assassinato de sua mãe, a rainha Clitemnestra. Orestes
havia sido guiado por Apolo para se vingar da morte de seu pai, o
rei Agamenon, a quem Clitemnestra havia assassinado. Entretanto, as
Erínias, indiferentes a seus motivos, perseguiam-no e o
atormentavam. Orestes finalmente apelou à deusa Atena, que convenceu
as deusas vingadoras a aceitar o apelo de Orestes de que ele era
livre de culpa. Quando eram capazes de mostrar misericórdia, elas
também se transformavam. Das Fúrias de aparência assustadora,
transformavam-se nas Eumênides, protetoras dos suplicantes.
HERA Rainha dos deuses, a filha dos Titãs Cronos e Réia,
e a irmã e esposa de Zeus. Hera era a deusa que protegia o casamento
e a protetora de mulheres casadas. Era a mãe de Ares, deus da
guerra; Hefaístos, deus do fogo; Hebe, deusa da juventude; e
Eileitia, deusa do parto. Hera era uma esposa ciumenta, que
freqüentemente perseguia as amantes de Zeus e seus respectivos
filhos. Ela nunca esquecia uma ofensa e era conhecida por sua
natureza vingativa. Zangada com o príncipe Páris por preferir
Afrodite, deusa do amor, a si, a deusa ajudou os gregos na Guerra de
Tróia e não sossegou até que Tróia fosse destruída. Hera
freqüentemente é identificada com a deusa romana Juno.
NYX
OU NOITE Nyx ou Noite, uma poderosa deusa cuja luz negra cai do
alto das estrelas e que tinha poder não somente sobre os homens, mas
também sobre os deuses. Nem mesmo Zeus ousava entristecer ou
aborrecer Nyx. Ela reside no Tártaro, um lugar e ao mesmo tempo seu
irmão, onde ela se expande. Tanto o Dia quanto a Noite vivem no
mesmo lar no Tártaro, porém nunca se encontram lá no mesmo momento,
pois enquanto um deles atravessa a terra, o outro espera em seu lar.
Entretanto, eles se saúdam no limiar, enquanto cruzam o lugar onde
Atlas sustenta o mundo. Segundo uma das muitas lendas, a alada Nyx
depositou um "ovo" no infinito do Érebo e depois de eras o ovo se
partiu, dando origem a Eros. Entretanto, outros relatos dizem que
Nyx é a filha de Eros, enquanto que outros afirmam que ambos eram
filhos de Caos.
CETO Filha de Géia e Ponto. É a irmã de
Fórcis, que também foi seu marido, de Thaumas e Euríbia. É a
personificação dos perigos e horrores do mar. Seu nome com o tempo
veio a se tornar a designação de um monstro do mar. É vista como a
mãe das Górgonas e de muitos outros monstros.
ERIS Ou
"Éride". Deusa da discórdia, filha de Nicte e irmã e companheira de
Ares, estava presente em cada disputa e combate. Todos tentavam
evitá-la, mas ela conseguia se intrometer entre as pessoas e
provocar desavenças semeando ócio entre os deuses e entre os
humanos. A mais famosa fábula envolvendo a deusa é o "Pomo da
Discórdia", o qual foi a causa da Guerra de Tróia. Seus filhos eram
Dor, Esquecimento, Fome, Juramento, Confusão, Batalhas, Assassinato
e Mentira, bem como todos os demais males da humanidade.
HESPÉRIDES As três filhas do Titã Atlas ou da Noite.
Ajudadas por um dragão, as Hespérides vigiavam uma árvore com ramos
e folhas de ouro, que produzia maçãs douradas. A árvore tinha sido
dada à deusa Hera no dia de seu casamento por Géia, a Mãe-Terra. Um
dos 12 trabalhos impostos à Héracles era trazer de volta as maçãs
douradas das Hespérides.
PERSÉFONE Filha de Zeus e de
Deméter, deusa da terra e da agricultura. Hades, deus do mundo
subterrâneo, apaixonou-se por ela, desejando desposá-la. Embora Zeus
consentisse, Deméter relutou. Assim, Hades prendeu a virgem quando
estava colhendo flores e levou-a para seu reino. Enquanto Deméter
vagava em busca de sua filha perdida, a terra ficou desolada. Toda a
vegetação morreu e a fome devastou a terra. Finalmente, Zeus enviou
Hermes, o mensageiro dos deuses, para trazer Perséfone de volta à
sua mãe. Antes de deixá-la partir, Hades pediu que comesse de uma
semente de romã, o alimento dos morto. Assim, ela foi compelida a
retornar ao mundo subterrâneo por três meses de cada ano. Como deusa
dos mortos e da fertilidade da terra, Perséfone era uma
personificação do renascimento da natureza na primavera.
CLIO Musa filha de Zeus e de Mnemósina.
Era a Musa que cantava as façanhas gloriosas e as proezas heróicas,
por isso ela é considerada a musa inspiradora da poesia história e
heróica. Com Pierus, o rei da Macedônia, ela gerou Jacinto. A ela é
creditada a introdução do alfabeto fenício na Grécia.
EUFROSINA Uma das três Graças. Era a "alegria".
Horas Deusas das estações (os gregos tinham somente três
estações: primavera, verão e inverno), e as filhas de Zeus e Têmis.
Eram chamadas de Talo, Auxo e Carpo, nomes que designam
"germinação", "crescimento" e "amadurecimento". Mais tarde ficaram
conhecidas como Eunomia ("boa ordem"), Dike ("justiça") e Eirene
("paz"), e representavam a lei e a ordem na sociedade humana. Como
deusas da natureza elas controlavam o crescimento das plantas; como
deusas da ordem elas mantinham a estabilidade da sociedade.
POLÍMNIA Musa do hino sagrado, da eloqüência e da dança.
É comumente representada numa posição de meditação ou pensativa. É
uma mulher de olhar sério, vestida com uma longa túnica e com uma
perna sobre um pilar. Algumas vezes ela aparece com um dedo em sua
boca.
CLÓRIS Deusa das flores e a personificação da
primavera. Ela é a esposa de Zéfiro. Clóris também é o nome da filha
de Níobe. Foi a única criança que foi salva quando Apolo e Artemis
mataram os filhos de Níobe.
EUMÊNIDES Antigos
espíritos da terra ou deusas associados à fertilidade, mas também
tendo certas funções sociais e morais. Tradicionalmente em número de
três, as Eumênides eram adoradas em Atenas e em terras fora da
Ática. Embora seu nome por vezes queira dizer "as benevolentes" "as
graciosas," e "as veneráveis," as deusas eram normalmente retratadas
como as Górgonas, criaturas com cobras ao invés de cabelos e olhos
injetados de sangue. Sua aparência vai de encontro com sua
identificação, em outras lendas, com as Erínias, três deusas
vingativas do mundo inferior. Na sua peça "As Eumênides", o
dramaturgo ateniense Ésquilo contou a perseguição de Orestes pelas
Erínias, depois que aquele matou sua mãe, Clitemnestra, para se
vingar da morte de seu pai, Agamenon, o qual Clitemnestra havia
assassinado. Sem se importarem com os motivos que o levaram a
cometer o crime, as Erínias perseguiram Orestes por toda a parte,
até Atenas. Aí Orestes apelou à deusa Atena, que presidiu seu
julgamento e lançou o voto decisivo a favor de sua absolvição.
Depois deste julgamento, as Erínias aceitaram um novo papel como
guardiãs da justiça e tornaram-se conhecidas como as Eumênides.
ÍRIS Deusa do arco-íris, filha do Titã Taumas e de
Eléctra, filha do Titã Oceano. Como mensageira de Zeus e sua esposa
Hera, Iris deixava o Olimpo apenas para transmitir os ordenamentos
divinos à raça humana, por quem ela era considerada como uma
conselheira e guia. Viajava com a velocidade do vento, podia ir de
um canto do mundo a outro, ao fundo do mar ou às profundezas do
mundo subterrâneo. Embora fosse irmã das Hárpias, terríveis monstros
alados, Iris era representada como uma linda virgem com asas e
mantos de cores brilhantes e um halo de luz em sua cabeça, deixando
no céu o arco-íris como seu rastro. Para os gregos, a ligação entre
os homens e os deuses é simbolizada pelo arco-íris.
SELENE
Deusa da lua, filha dos Titãs Hiperíon e Téia, e irmã de Hélio,
deus do sol. Selene se apaixonou pelo belo jovem Endimião, o qual
ela embalava num sono eterno de modo que ele nunca podia sair dele.
Na arte, Selene é representada guiando uma carruagem puxada por dois
cavalos, ou às vezes, por dois bois. CLOTO A mais jovem das
Moiras, mas uma das mais velhas deusas da mitologia grega. Filha de
Zeus e Têmis. Cada moira tinha um certo trabalho, fosse fiando o fio
da vida, definindo seu cumprimento ou cortando-o. Cloto era quem
tecia o fio. O cumprimento era que determinava quanto tempo uma
pessoa viveria. Alguns relatos dizem que Cloto era filha da Noite,
com isso indicando a escuridão e a obscuridade do destino humano.
Ninguém sabe com certeza quanto poder Cloto e suas irmãs tinham,
entretanto elas frequentemente desobedeciam Zeus, o regente e outros
deuses. Por alguma razão, os deuses pareciam obedecê-las, talvez
porque o destino possui grande poder, ou como algumas fontes
sugerem, a sua existência é parte da ordem do Universo e isso os
deuses não podem perturbar. Euterpe Uma das nove Musas de
Apolo. Seu nome significa "deleite". Nascida da união de Zeus e
Mnemósina juntamente com suas outras oito irmãs. É a Musa da música
e da poesia lírica. É também a Musa da alegria e do prazer, além de
ser a musa da arte de tocar flauta.
LÁQUESIS "A que
dispõe", uma das três Moiras. Ela mede o cumprimento do fio da vida
humana tecido por Cloto e determina o seu destino.
TÁLIA
Há vários personagens com este nome: 1) Uma das três Graças,
filha de Zeus e da oceânide Eurínome (filha de Oceano e de Tétis).
As outras duas Graças se chamavam Eufrosina e Agea. 2) Uma das
Nereidas, segundo Homero. 3) Musa da comédia e da poesia. Uma das
nove musas, filhas de Zeus e de Mnemósina. Assim como sua irmã
Euterpe era a alegria, a felicidade, tudo quanto faz a vida plena.
Talia passou de divindade campestre, de deusa dionísica à Musa da
comédia. Era uma espécie de deusa da alegria da vida. Em suas
origens foi uma deusa da vegetação que presidia os trabalhos da
terra. Virgílio a invoca como a Musa dos pastores.
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