Geneviève Rodis-Lewis


DESCARTES
Uma biografia


1996 - 291 págs.


"O livro de Geneviève Rodis-Lewis põe em evidência o quanto a filosofia de Descartes guarda este ar de novidade que provocou a admiração e a inquietude de seus contemporâneos."
Magazine Littéraire

"É preciso enfatizar a importância do livro de Geneviève Rodis-Lewis, uma das melhores especialistas de Descartes, que nos oferece os resultados de uma investigação levada a cabo ao longo de muitos anos."
L'Express

"A biografia de Descartes por Geneviève Rodis-Lewis instrui e às vezes surpreende." Le Monde

"O livro de Geneviève Rodis-Lewis não tem somente o mérito de analisar bem a obra do pensador, mas nos faz descobrir um homem que soube conduzir sua existência com um rigor igual ao que presidiu a elaboração de sua filosofia."
Le Figaro Littéraire

"Nenhuma biografia de um pensador que desempenha um papel tão grande e complexo na filosofia ocidental pode esperar ser definitiva, mas entre todos os eruditos cartesianos da atualidade nenhum tem conhecimentos tão profundos quanto Rodis-Lewis."
The Times Literary Supplement


Descartes, mais importante biografia do autor de Discurso sobre o método, é um trabalho da pesquisadora Geneviève Rodis-Lewis, maior especialista na obra do filósofo francês que criou a célebre fórmula Cogito ergo sum (penso, logo sou). Muito mais do que uma descrição cronológica de fatos e histórias na vida do pensador, Descartes é uma formidável e completa biografia intelectual, dedicada a compreender a gênese e a evolução do pensamento do filósofo. No ano do quarto centenário do nascimento de Descartes (1596-1650), este livro de Rodis-Lewis traça um perfil extraordinariamente profundo e fascinante da sua obra, com base em fontes tradicionais aliadas a documentos inéditos recentemente descobertos.

O conhecimento exaustivo e a pesquisa minuciosa de Rodis-Lewis a respeito da obra de Descartes lhe permitiram lançar uma luz totalmente inédita sobre fatos bem particulares, como as circunstâncias de seu nascimento, a sua formação no célebre Collège de La Flèche, os famosos "sonhos" de 1619 e o período de crise fecunda que eles acarretaram, a amizade com Mersenne, a "querela do ateísmo" e a "metafísica de 1629", as polêmicas com os teólogos calvinistas da Holanda, seu encontro com a princesa Elisabeth da Boêmia e com a rainha Cristina da Suécia e, finalmente, sua morte em Estocolmo. Mas é sobretudo em relação à arquitetura complexa de obras fundamentais como o Discurso sobre o método e as Meditações metafísicas que o livro é profundamente esclarecedor.

Geneviève Rodis-Lewis é professora honorária da Universidade de Paris-Sorbone e ganhadora do Grande Prêmio da Academia Francesa por seus estudos sobre a vida e a obra de René Descartes.

SUMÁRIO

Prólogo

Os biógrafos de Descartes:
Lipstorp e Borel; Adam; Cohen. Alguns estudos subjetivos sobre o homem Descartes.

Capítulo I. Família e Infância
Nascimento na Touraine; família poitevina (médicos; pai conselheiro no Parlamento), - O registro de batismo. Vida no campo. Uma amor de infância.

Capítulo II. Os Estudos (1607-16)
Ingresso em La Flèche (1607). - Repouso e saúde. Expectativas e decepções. Estudos superiores em matemáticas. Os atrativos das viagens e experiências militares. Direito em Poitiers, 1615-16.

Capítulo III. Dois Anos Decisivos (final de 1618, início de 1620)
No exército, em Breda. - Encontro com Beeckman: físico-matemática, primeiros trabalhos; o Compêndio de música. Partida para a Alemanha: os rosa-cruzes - O inverno na "estufa" - Os sonhos. Leitura de Charron: adaptação aos costumes dos países visitados.

Capítulo IV. Nove Anos de Viagens e de Exercício no Método
A dupla promessa aliada (Loreto; um "tratado"); a descoberta de novembro de 1620; alguns pensamentos metafísicos; alistamentos militares. - Retorno à França; Estudo do bom senso. - Viagem à Itália; a avalancha. - Morte de Maurício de Nassau. As Regula e (nova notação matemática). Lei da refração. A reunião em casa da núncio e, a seguir, a conversa com Bérulle (novembro de 1627). Um inverno na França, no campo; no outono seguinte, partida para os Países Baixos, a fim de trabalhar tranqüilamente.

Capítulo V. Nos Países Baixos (1629-41)
Os dois períodos. - O inverno de 1628-29. - As visitas a Beeckman. Amizade com Reneri. Inscrição na universidade de Franeker. - A primeira metafísica: meu pensamento indubitável; seus limites; Deus; certeza das evidências: a extensão. - Descrição dos parélios: interrupção da metafísica. - Pesquisas sobre os meteoros e sobre a óptica. Primeiros estudos anatômicos; Plemp e a circulação do sangue. Em 1630, cólera contra Beeckman, reencontrado em 1631, após a viagem com Villebressieu. Secura de Descartes quando Beeckman morre, em 1637. Dificuldades com o artesão Ferrier. Profunda amizade com Reneri, que o filósofo acompanha a Deventer e depois a Utrecht, onde aquele ensina a ciência dos Ensaios; morte de Reneri em 1637, após a nomeação de Regius para Utrecht. A amizade e a correspondência com Huygens: as cartas de condolências a Huygens e a Pollot. O criado Gillot torna-se matemático. - Elaboração das principais obras: O mundo, leis do movimento e a criação de verdades eternas; prolongamento em direção a O Homem; interrupção após a condenação de Galileu. - O Discurso sobre o método (com a metafísica abreviada), que prefacia os Ensaios. Desenvolvimento da Geometria. Objeções e críticas; desprezo de Descartes pelas incompreensões. Acolhida favorável de vários matemáticos e do jesuíta Fournier em relação aos meteoros. O desafio matemático Stampioen-Wassenaer. Ira de Descartes após uma discussão pública organizada em Paris pelo jesuíta Bourdin. Esperança na medicina. - A metafísica publicada com as Objeções e Respostas. - Descartes e sua filha.

Capítulo VI. Nos Países Baixos (1642-49)
Segunda edição das Meditações e início das polêmicas. - Bourdin, sétimas Objeções e Respostas. Os Princípios (1644): terra imóvel em seu céu. - Novas amizades: Picot, Elisabeth. - Primeiro retorno à França: em Paris, reconciliação com Bourdin. - Encontros com de Luynes, tradutor das Meditações; Clerselier (que começou a traduzir as Objeções e Respostas); amizade com Chanut. Última residência nos Países Baixos. - Estudo dos vivos. - Correspondências com Elisabeth (união entre alma e corpo) e Mesland (liberdade; eucaristia). - Polêmica em Utrecht: defesa de Regius contra Voet. - Partidários e adversários em Leiden. Segunda viagem à França (1647): carta-prefácio dos Princípios, em casa de Picot, tradutor da obra. - Dois encontros com Pascal. Tradução das Meditações. A Entrevista com Burman (abril de 1648). Terceira viagem à França: partida precipitada pela Fronda. - Descartes e as pessoas de condição modesta: o sapateiro que se torna astrônomo; intervenção por um aldeão que matou o outro, e depois pelo oficial que o libertou. - Complemento e publicação de Paixões.

Capítulo VII. O Fim na Suécia
Reticências após o convite. - Julgamento de Descartes sobre Cristina. - Diálogo A procura da verdade...; Balé sobre a paz; início de uma comédia. - Enfermidade e morte. - Túmulos sucessivos. - A religião de Descartes.

Epílogo

Os retratos de Descartes. - As publicações póstumas. - Renome entre escritores. - Os pós-cartesianos. - Os Elogios de 1762. Conclusão.

Notas

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