A hora é de construir.
Reconciliação, unidade e desenvolvimento nacional
no quadro da transição
Caros Irmãos e Compatriotas Timorenses,
Dentro de dias o Povo Timorense vai às urnas num processo de Consulta
Popular, organizado pelas Nações Unidas, para democraticamente escolher o seu destino.
Culmina uma longa fase da história do nosso povo na luta pela afirmação
da sua cultura e da sua vontade firme de determinar o seu próprio futuro.
O engajamento patriótico de milhares de combatentes da liberdade e de
cidadãos anónimos nesta exaltante luta pela independência do nosso país é a
expressão viva da resistência secular dos nossos antepassados.
A seiva da Nação Timorense incorpora os actos heróicos e abnegados de
todos os que deram a sua vida pela Liberdade. Foi um processo difícil que semeou luto,
desfez famílias, marcou gerações.
Reconciliação e Unidade Nacional
A Nação Timorense não pode nascer dividida e eivada de discórdia e de
rancor.
No interesse nacional, independentemente das posições políticas
anteriormente assumidas, todos os cidadãos nacionais são chamados a adoptar uma atitude
de concórdia, de perdão e de tolerância para com os seus irmãos.
As dificuldades vividas até ao presente não podem constituir uma sombra
permanente que perturba o nosso futuro.
A nossa Pátria engrandecerá ainda mais, se cada um de nós souber
perdoar, inclusivé aos que praticaram actos que consideramos reprováveis.
Neste momento exaltante, cada um de nós é chamado a superar diferenças
e a enterrar ódios. Abracemo-nos, apertemos as mãos numa cadeia inquebrantável de
fraternidade e de amor.
A unidade de todos em torno da Pátria é uma exigência para o futuro
risonho e próspero de Timor.
A paz, a reconciliação, o entendimento e a harmonia entre todos os
cidadãos é condição fundamental para a estabilidade política e o progresso económico
e social no nosso país.
Todos os cidadãos são também exortados a praticar uma política de
entendimento fraternal e de solidariedade em relação aos seus compatriotas menos
favorecidos e mais carenciados.
Todos os Timorenses são imprescindíveis na nova etapa que se inicia para
erradicar a miséria e o subdesenvolvimento, que ainda caracterizam grande parte da nossa
população.
A Construção do Estado de Timor Lorosae
As tarefas centrais da nova fase da nossa luta são a erradicação do
analfabetismo e a construção de uma sociedade de bem-estar, com uma economia moderna e
auto-sustentável.
Cada Timorense é chamado a dedicar todas as suas capacidades e energias
para o fortalecimento do nosso país.
A nossa luta para a independência, teve por objectivo construir o Estado
de Timor Lorosae, que pugna pela Paz, Democracia e Prosperidade para todo o povo,
independentemente das suas opções políticas, religiosas, raça, cor, origens sociais e
culturais.
Tal como está definido na Carta Magna, o Estado de Timor Lorosae
respeitará os princípios universais relativos aos direitos humanos, à igualdade de
direitos da mulher e do homem, à liberdade de informação e de expressão, de
associação e de reunião, nos termos definidos nas Convenções e Tratados
internacionais.
A independência consubstanciar-se-á na construção de um Estado
Democrático de Direito, e o Estado de Timor Lorosae pugnará pela separação dos poderes
e defenderá a independência do poder judicial.
O Estado de Timor Lorosae respeitará e protegerá os direitos de
propriedade sobre móveis e imóveis legalmente adquiridos em Timor Leste por pessoas
singulares e colectivas, nacionais ou estrangeiras, e incentivará os agentes económicos
a consolidarem e a expandir as suas actividades económicas e sociais em curso.
Promulgará leis que regularão de uma forma equilibrada a
complementariedade entre os interesses privados e públicos e os objectivos sociais e
individuais e garantirá a liberdade de circulação de pessoas e bens.
Economia de Mercado
Com o objectivo de promover o crescimento económico e social
auto-sustentável, o Estado de Timor Lorosae incentivará o desenvolvimento da economia de
mercado com intervenção selectiva do Estado para assegurar equidade, transparência e
eficiência.
O Estado encorajará a constituição e o fortalecimento do sector privado
em todas as esferas da sociedade, com ênfase no apoio aos privados timorenses.
Superar o atraso e o subdesenvolvimento em Timor Lorosae é uma tarefa
muito difícil e vai exigir determinação, persistência e muito esforço individual e
colectivo.
A escassez de recursos e o elevado nível de analfabetismo é preocupante.
Contudo, isso não deverá esmorecer o nosso entusiasmo e a vontade de superar o
sub-desenvolvimento.
O Desenvolvimento Económico e Social
O desenvolvimento político e económico será orientado numa perspectiva
de promover o aumento da produção, priorizando o desenvolvimento rural que envolve a
esmagadora maioria do povo timorense.
O desenvolvimento rural integrado será assente no fortalecimento das
aldeias e vilas, na melhoria das respectivas condições de vida e na introdução de
técnicas e tecnologias que aumentem a produtividade e consequentemente o crescimento da
produção agrícola e da circulação de bens, tendo sempre em vista o equilíbrio e
preservação do meio ambiente.
A política económica do Estado de Timor Lorosae terá por objectivo
transformar a economia timorense predominantemente agrária e de subsistência, numa
economia mais diversificada e desenvolvida. Assim, promoverá maior aproveitamento dos
recursos florestais, de pecuária, da pesca, do turismo e a exploração dos recursos
minerais.
Uma política fiscal que incentive o desenvolvimento
Com vista a proporcionar maior emprego e arrecadar maiores receitas para o
orçamento do Estado, o governo de Timor Lorosae contribuirá para valorizar a situação
geo-política e económica do país, tirando vantagem da confluência de uma rota
comercial entre a Asia e a Oceania, no meio de milhares de ilhas situadas entre o Oceano
Ìndico e o Pacífico, beneficiando de um amplo mercado dos países do Sudeste da Asia, na
qual se situam países que nos últimos 30 anos demonstraram crescimentos económicos
expressivos.
Neste contexto, o governo definirá uma política de incentivos fiscais e
aduaneiros que incentive e incremente investimentos no sector produtivo, de modo a
substituir importações e aumentar as exportações e a gerar empregos.
Na prossecução desta política económica, o Estado de Timor Lorosae
facilitará a constituição de zonas francas industriais e o estabelecimento de
entrepostos comerciais, de modo a criar emprego para os timorenses através do
desenvolvimento de uma praça 'off-shoré com desenvolvimento de um centro financeiro
moderno.
Encorajamento do capital estrangeiro
O Estado de Timor Lorosae encoraja a transferência de recursos
disponíveis no estrangeiro e a sua canalização para o investimento produtivo no país.
Para este efeito, será promulgada uma Lei específica que proteja o investimento nacional
e estrangeiro. A semelhança do que é praticado pela banca internacional, o Estado
protegerá por lei o sigilo bancário.
Com vista a atrair investimento estrangeiro para complementar os recursos
internos e gerar emprego, o governo de Timor Lorosae desenvolverá uma cooperação
técnica, científica, económica, social e cultural, no âmbito bilateral e multilateral,
com os vários países e instituições internacionais.
A inserção de Timor Lorosae no quadro da economia mundial, permitirá
beneficiar da experiência e dos conhecimentos acumulados nos vários países e deste modo
fortalecer a capacidade dos timorenses para enfrentar os desafios da globalização.
O governo de Transição para a independência de Timor Lorosae agirá no
sentido da elaboração de um Plano de Desenvolvimento Nacional de 2000 a 2005, no
contexto de um plano estratégico para 20 anos.
Estes planos irão conferir prioridade ao desenvolvimento das iniciativas
nacionais que promovam maior aproveitamento dos recursos naturais, capacidades e
iniciativas disponíveis localmente, valorizando a poupança interna como contributo para
a realização de investimentos no país.
O Aparelho de Estado
A função publica será reformulada e reestruturada em função das
exigências do Estado independente de Timor Lorosae. Queremos que o aparelho do nosso
Estado seja eficiente e operacional, a sua dimensão adequada aos nossos objectivos e aos
recursos disponíveis.
O aparelho de Estado será gerido com transparência, elevado grau de
profissionalismo, com prestação regular de contas.
Neste âmbito, o Estado modernizará todos os seus serviços estatais,
simplificando os procedimentos administrativos para melhor servir a economia nacional,
apoiará a expansão do comércio interno e internacional e incentivará a modernização
do sector financeiro e bancário e outros serviços como o transporte, as comunicações,
a água e electricidade, os de saneamento e urbanização e desenvolverá as
infra-estruturas necessárias.
Os actos de boa governação visarão também reduzir a burocracia,
prevenir a corrupção.
A acção governativa terá também como objectivo o fomento e apoio das
iniciativas que gerem emprego e riqueza, que criem prosperidade e bem-estar.
O Estado de Timor Lorosae promoverá uma cultura que valorize e dignifica
o trabalho em qualquer sector de actividade.
A admissão de funcionários públicos deverá estar condicionada com a
viablidade orçamental, pelo que o nosso governo terá de gerir racionalmente os recursos
humanos e materiais.
Por isso, no âmbito do seu programa económico, o governo incentivará o
desenvolvimento de iniciativas empresariais de pequena escala, na agricultura, na
indústria, no comércio e no artesanato.
A Formação e o Treinamento
Com a independência do nosso país, a governação exigirá a
actualização permanente dos conhecimentos científicos e técnicos para assegurarmos uma
correcta direcção da vida económica e social do país. Assim, apelamos a todos os
cidadãos, em particular aos jovens, para retomarem ou prosseguirem os seus estudos a
todos os níveis.
Tendo em conta a nossa história, a realidade presente e a geo-economia e
cultura em que o nosso país se insere, devemos aprofundar a nossa língua tetum,
generalizar e aperfeiçoar o domínio da língua portuguesa e manter o estudo da língua
indonésia.
O sucesso na educação e na formação em qualquer actividade
sócio-profissional assegura resultados positivos nas frentes social e económica.
No quadro da erradicação do analfabetismo, o governo de Timor Lorosae
dará prioridade à educação de adultos e à formação e treinamento de timorenses, com
ênfase para os jovens, conferindo-lhes qualificação profissional, técnica e vocacional
para poder realizar empreendimentos viáveis, por sua própria iniciativa ou em
associação empresarial ou cooperativa.
Relações com a ASEAN e com a Indonésia
O Estado de Timor Lorosae vai esforçar-se por se integrar na dinâmica de
cooperação regional para a paz e o desenvolvimento no quadro da ASEAN, fortalecendo as
alianças políticas de defesa e segurança mútuas, as relações económicas, sociais,
científicas e técnicas.
Assumindo a história, e os imperativos da paz e da cooperação
multiforme, Timor Lorosae estabelecerá relações preferenciais de cooperação nos
vários sectores económico-financeiro, sociais e culturais com a Indonésia
multipartidária e democrática, formalizando acordos bilaterais no sector económico
entre outros, o acordo de cooperação científica e técnica, o acordo de protecção
mútua de investimentos e vários acordos no âmbito económico e financeiro.
Relações com Portugal e CPLP
A solidariedade entre o povo português e o povo timorense é
inquebrantável. As relações com Portugal constituem um património de conhecimentos,
história e cultura mas também de emoção e de coração que em todas as circunstâncias
saberemos preservar.
Desejamos que essa relação se mantenha viva, através de novas
relações de cooperação, já como povos livres e iguais. Acolhemos profundamente
sensibilizados a declaração do Estado Português de assumir a responsabilidade pela
continuidade do funcionamento das instituições existentes em Timor.
Conscientes da solidariedade profunda forjada nos anos difíceis com os
países da comunidade de língua portuguesa, faremos parte desse conjunto de cooperação
que liga Sudeste Asiático, Africa, Europa e América.
Relações Internacionais
O Estado de Timor Lorosae praticará uma política de paz, de
coexistência pacifica, de solidariedade e cooperação internacional, mutuamente
vantajosas, com os demais povos e países.
O Estado de Timor Lorosae formalizará o pedido de adesão à ONU, à APEC
e ao Forum do Pacífico Sul, para além da ASEAN e da CPLP, e subscreverá os acordos
assinados pelos Estados membros, salvaguardando a situação de transição em que o país
se encontra.
No seio das organizações referidas, Timor Lorosae desenvolverá uma
ampla cooperação regional, fortalecendo as alianças políticas de defesa e segurança
mútuas e as relações económicas, sociais, científicas e técnicas.
O Estado de Timor Lorosae estabelecerá relações mutuamente vantajosas
com todos os países independentes do mundo inteiro, valorizará as relações nos
diversos domínios com a Austrália, os Estados Unidos, o Japão, a União Europeia, com
destaque para Portugal, e os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
O Estado de Timor Lorosae estabelecerá ainda relações políticas e
diplomáticas com todos os países independentes do mundo com base no respeito mútuo e a
soberania nacional, pela igualdade, subscrevendo acordos reciprocamente vantajosos.
O Estado de Timor Lorosae solicitará a sua adesão ao Fundo Monetário
Internacional e às instituições do Grupo Banco Mundial, assim como às instituições
financeiras criadas no quadro da ASEAN e dos países com os quais se vem desenvolvendo a
cooperação bilateral e regional.
Os Combatentes da Libertação Nacional
As FALINTIL, combatentes da libertação da nossa Pátria, merecerão
sempre a eterna gratidão de todo o nosso povo. Nenhum de nós combateu esperando
recompensas de qualquer espécie ou nomeações para cargos de chefia nos orgãos do
Estado. Para nós, a maior recompensa será participar no içar da Bandeira da Liberdade
na nossa Pátria livre e independente.
O nosso governo, com o apoio da comunidade internacional, priorizará
acções com vista à inserção económica e social de todos os Combatentes, criando
condições e oportunidades para a sua superação e qualificação profissional, para que
não dependam exclusivamente do Orçamento do Estado.
Tarefas Imediatas - A Amnistia Geral e a Tolerância
Neste momento exaltante e ímpar da história do nosso Povo, em que nos
preparamos para enfrentar um futuro novo, é imperativo assegurar a estabilidade política
e social no país. Isso requer uma transição pacífica e harmoniosa e o fortalecimento
do espírito de concórdia e de reconciliação nacional.
Para a efectiva reconciliação iremos decretar a amnistia geral de todo e
qualquer crime político praticado até ao presente. Trata-se de uma decisão madura e
longamente reflectida.
Este acto generoso supera emoções, sara feridas e engrandece a alma do
nosso povo! De todo o coração, apelo para que toda a violência cesse imediatamente.
Ainda com vista à estabilização do período que se segue, o governo de
Transição atribuirá atenção particular à inserção dos timorenses que atualmente
estão integrados no TNI, POLRI e nos grupos para-militares, com vista à sua formação e
treinamento para se poderem integrar com outros cidadãos num corpo de polícia timorense
voltado para a protecção da ordem e segurança dos cidadãos.
A nossa luta foi contra um sistema opressor que nos antagonizou. Nunca foi
uma luta contra o povo indonésio. Nova era se abre para a vida de todos nós. Todos os
cidadãos timorenses poderão assim olhar-se com confiança e dar as mãos para fazer
crescer ainda mais a nossa Pátria.
Assegurar a Continuidade do Funcionamento do País
Nesta fase em que nos encontramos, é essencial assegurar a normalidade do
funcionamento das instituições, das empresas e dos diversos serviços.
Em particular, apelamos aos funcionários públicos, aos empresários e a
todos os cidadãos nacionais e estrangeiros residentes em Timor Lorosae no sentido de:
1º - Assegurar a Continuidade do Funcionamento das Instituições:
É imprescindível que no período imediatamente posterior à Consulta Popular todas as
instituições públicas e privadas continuem a operar de modo a assegurar uma
distribuição regular de bens e serviços à população. Não deve haver retrocesso.
Devem mesmo melhorar os serviços prestados nomeadamente na saúde e na educação.
2º - Manter Regularidade do Abastecimento: É essencial prestar
uma atenção prioritária à regularidade do abastecimento do povo, incluindo dos
produtos importados.
3º - Manter os Níveis de Produção: Para que a economia não
paralise, é essencial assegurar o aprovisionamento de reservas necessárias até à
próxima campanha de produção agrícola e para a sua comercialização assim como para
manter em plena laboração as unidades industriais e os serviços, com atenção
prioritária aos serviços de água, energia, centros de saúde e outros que se relacionam
com as necessidades básicas do povo.
Negociações com a Indonésia
O governo de Transição irá ainda negociar com o governo da Indonésia
no sentido de coordenar questões essenciais, de elevado interesse nacional, de modo a:
- Fazer com que a rupia, moeda da Indonésia, continue a circular no
país, pelo menos no periodo de transição;
- Definir o estatuto dos timorenses que são funcionários públicos
(incluindo militares e polícias) e funcionários de empresas para-estatais ao serviço do
Estado Indonésio, salvaguardar os seus direitos e deveres;
- Definir os direitos e deveres dos cidadãos indonésios que trabalham em
instituições estatais assim como em instituições para-estatais (incluindo bancos e
empresas estatais de telecomunicações, de água e electricidade, transportes) e que
queiram permanecer ao serviço do novo Estado de Timor Lorosae. São bem vindos para
participar na construção do novo Estado;
- Acordar sobre as instituições e empresas públicas que operam em
Timor.
Caros Irmãos e Compatriotas Timorenses,
Porque o processo da independência vai necessitar de todos os filhos de
Timor Lorosae, apelamos a todos os líderes políticos, independentemente das diferenças,
e aos responsáveis de todas as associações do povo timorense para que, juntos,
disponibilizemos as capacidades, o saber e as energias de cada um para o engrandecimento
da nossa Pátria.
Todos somos indispensáveis na construção da nossa independência.
Façamos de Timor Lorosae a bandeira de cada um de nós.
Temos à nossa frente a luta pela afirmação da nossa identidade
politico-cultural, que coloca perante nós complexos problemas decorrentes do
desenvolvimento económico e social.
Devemos assim, redobrar os nossos esforços para sermos vitoriosos na luta
contra o atraso e a miséria.
A luta contra o subdesenvolvimento é longa e complexa. Continuando
juntos, podemos contribuir com sucesso para a criação do Estado de Timor Lorosae, digno
e próspero.
Pela natureza democrática do processo de consulta popular, a decisão de
constituir ou não um país independente, envolve todos e cada um de nós. Cada cidadão,
no interesse nacional, deve respeitar os resultados da votação e comprometer-se em
colocar ao serviço da Pátria Timorense, as suas capacidades e energias para o seu
engrandecimento da Nação.
O Estado Timor Lorosae acolhe no seu seio todos os timorenses, quaisquer
que tenham sido as suas tomadas de posição no passado. Menciono em particular aqueles
que estão integrados nas forças para-militares pró-integração (PPI).
Assumo aqui solenemente este compromisso e empenho a minha honra para
garantir a amnistia e reconciliação entre timorenses, para a segurança e tranquidade de
todos. A hora é de construir!
Kay Rala Xanana Gusmão, Presidente do CNRT
(25 de Agosto, Jacarta)
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