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The International Office of the Leonard Peltier Defense Committee


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Prisons Writings: My Life Is My Sundance

The long awaited memoir of America's most controversial political prisoner
Imortalizado por Peter Mathiessen em "O Espírito do Cavalo Louco", Leonard Peltier agora vai para seu 24o. ano de confinamento pela morte de dois agentes do FBI em 1977. Os escritos de prisão, compilados por Peltier durante seu encarceramento, contam a história extraordinaria de sua vida, sua educação deficiente em Dakota, sua gradual identificação com as lideranças e com o movimento guerreiro nativo americano durante as agitações políticas no final dos anos 60 e início dos anos 70, bem como com as intensas batalhas contra o governo que culminou com o "incidente em Oglala" (narrado no filme premiado de Roberto Redford).
  

Leonard Peltier Narrando sua fuga para o Canadá depois de Oglala, sua captura, seu infame julgamento, Peltier revela-se um notalvel filósofo, íntegro, um homem pleno de misericordia e de compaixão.

Leonard Peltier e seus escritos na prisão

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Para impressão Escritos da Prisão: Minha Vida é Dançar Sob o Sol

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Leia um extrato do livro de Leonard AQUI

  

Leonard Peltier

"O passar do tempo cria uma obscuridade demente em minha imaginação; o passar do tempo faz isso com você, mas você não pode fazer nada com ele. O tempo faz as coisas. O tempo é um canibal que nos devora a carne dia após dia, ano após ano, mordida após mordida."
--- Leonard Peltier
Extraido de seu novo livro.

  

Nelson Mandela dos Indios:

Leonard Peltier é um indio humanitario norte americano, artista renomado muito conhecido pelo seu estilo não-viloento de defender os direitos indígenas. Peltier é apelidade de o Nelson Mandela dos indios americanos.

Seus livros foram escritos detrás das frias grades da prisão de Leavenworth. Peltier está cumprindo duas sentenças de prisão perpétua por um crime que não cometeu. Organizações como a Anistia Internacional e muitas outras associações humanitarias o consideram um preso político.

Segundo funcionarios da prisão, a situação de Peltier tem atraido a atenção de muitas pessoas no mundo, inclusive da rainha Elizabeth da Gran Bretanha. Em fevereiro de 1999, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que pedia a libertação de Peltier. Danielle Mitterand, presidente da organização francesa pelos direitos humanos, France Liberté, também pediu pela libertação de Leonard Peltier.

O editor do livro, Harvey Arden disse, "este livro é um testamento espiritual do nativo americano, sacudirá a consciencia da nação... e do mundo. É uma flecha flamejante em direção à injustiça americana."

O Arcebispo Desmond Tutu o descreveu como: "uma historia profunda e perturbadora que fala de um erro crasso da justiça, um grito eloquente dos americanos nativos pela dignidade e para que sejam olhados como seres humanos com direitos inalienaveis garantidos pela constituição dos EEUU como os outros cidadãos. Rogamos que não caia em ouvidos surdos."

  

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Leitura de um trecho ESCRITOS DE PRISÃO de Leonard Peltier: MINHA VIDA É DANÇAR SOB O SOL - Leitura de Harvey Arden, o editor de Leonard --- via MP3.com: ©Harvey Arden 1999

Leia um trecho do livro de Leonard AQUI

  


Revisado por Harvey Arden
Copyright 1998 O Espírito do Cavalo Louco, inc..
 Serviços Editoriais de Arden, L.l.c.

Publicado por St. Martin '99

Escritos de Prisão: 
"Minha Vida é Dançar Sob o Sol"

por Leonard Peltier

Chegou o momento de narrar meu testemunho pessoal - não porque planejo morrer, mas porque planejo viver.

Este é o vigésimo terceiro ano de meu encarceramento por um crime que não pratiquei. Já estou com cincoenta e cinco anos. Estou aqui dentro desde os trinta e um. Me disseram que tenho que viver aqui cumprindo sentença por mais tempo antes que saia da prisão no ano de dois mil e quarenta e um. Até lá minha idade será de noventa e sete anos. Minha vida tem sido uma extensa agonia. Sinto-me como se tivesse vivido centenas de anos dentro da prisão. Todavia estou preparado para viver milhares de anos mais se preciso for em nome de meu povo. Se minha prisão joga luz sobre as terríveis condições em que meu povo vive, meu sofrimento teve - e continua tendo - um propósito. A luta pela sobrevivencia de meu povo inspira a luta de minha própria sobrevivencia. Cada um de nós deve ser um sobrevivente.

Reconheço minhas insuficiencias como porta voz, minhas muitas imperfeições como ser humano. Mas, como os anciãos me ensinaram, expressar-me é meu primeiro dever, minha primeira obrigação para mim e para meu povo. Expressar o que vai na mente e no coração é maneira india. Da maneira india, o político e o espíritual são a mesma coisa. Você não pode crer numa coisa e fazer outra. O que você crê e o que você faz é a mesma coisa. Da maneira india, se você vê o sofrimento de teu povo, ajudá-lo é uma absoluta necessidade. Não é um ato social de ajuda, de caridade ou de bondade; é um ato espiritual, um fato santo. Sou aquilo que sou. Sou um indio - um indio que se atreveu defender seu povo. Sou um homem inocente que nunca assassinou qualquer pessoa nem desejou. E, sim, sou bailarino do sol. Essa, é também minha identidade. Se devo sofrer como símbolo de minha gente, então sofro orgulhoso. Nunca me renderei.

Se você, e você, amou a um dos agentes que morreram naquele tiroteio, e consegue ter uma dose de satisfação por eu estar aqui, pelo menos posso dar-lhe isso, embora eu seja inocente de seu sangue. Sinto a perda deles como se fosse minha propria. Como você, sofro essa perda cada dia, cada hora. E a faço minha como se fosse minha familia. Sabemos ser essa dor inconsolavel. Nascemos indios, vivemos indios e sabemos o quanto é inconsolavel. Agora estamos dividindo nossa dor comum por vinte e tres anos, os seus e os meus familiares, como é que podemos ainda ser inimigos? Estar com vocês e vocês conosco não seria talvez um começo de reconciliação? Você, as famílias dos agentes, não tiveram culpa do que ocorreu naquele dia em 1975, como também não teve minha familia, mas você e eles tem sofrido igualmente, mais que qualquer uma daquelas pessoas. Parece que é sempre o inocente quem paga o preço mais alto pela injustiça. Às familias de Coler e Williams envio minhas preces. Preces que são de todo um povo, não apenas minhas. Temos muitos mortos nossos para rogar, e extendemos nossas preces de dor para os seus também. Deixe nossa dor comum ser nosso enlace. Que fique absolutamente registrado que se eu pudesse prever o que aconteceria naquele dia, ninguem de tua gente teria sido morta. Preferia ser morto a permitir aquilo que se sucedeu. Não fui eu quem efetuou os disparos. Que eu seja amaldiçoado neste momento se estiver mentindo. Não posso compreender como estar aqui, separado de meus netos, torne possível a reparação de sua perda.

Juro a você, minha única culpa é ser um indio. Por isso estou aqui.

Sou quem sou, seja aquilo que você é.

extraído de pecado aborígene.

  

Cada um de nós começamos na inocencia.


Todos nos tornamos culpados.
Nesta vida você se torna culpado daquilo que você é.
Ser você mesmo, que é o pecado oboriginal, é o pior dos pecados.
É um pecado pelo qual nunca lhe perdoarão.

Nós indios somos todos culpados, culpados por semos nós mesmos.
Nos ensinam que somos culpados a partir do dia em que nascemos.
E aprendemos bem essa lição.

A cada um de meus irmãos e a cada uma de minhas ismãs, digo, orgulhe-se dessa culpabilidade.
Você é culpado apenas de ser inocente,
de ser você mesmo,
de ser indio,
de ser
humano.

Sua culpabilidade
faz você
santo.

Não há dúvida que meu nome está na lista dos indios mortos. Pelo menos estarei em boa companhia -- entre os melhores, homens e mulheres bondosos, entre os mais valentes, mais sábios, mais dignos, que sempre lutaram por esta terra e que foram mortos por serem indios. Uma grande fileira, uma fileira de mortos, cada vez maior, interminavel. Enumerar todos seus nomes seria impossivel, porque a grande maioria morreu no desconhecimento, anômina. Sim, o grito de nossos mortos precisa ser ouvido, para que se expresse de tal forma que rompa o silencio terrivel que tenta apagar o fato de que sempre existimos.

Quisera ver um monumento de pedras vermelhas como o munumento de pedras negras da guerra do Vietnã. Sim, lá na alameda em Washington, um monumento de pedras vermelhas -- pigmentado com o sangue vivo de nosso povo (ficaria feliz em ser o primeiro a doar sangue) -- com os nomes de todos os indios que morreram pelo simples fato de serem indios. Seria dezenas de vezes maior que o monumento do Vietnã, que celebra quase 60.000 almas valentes que se perderam são de muitos milhões, e cada uma delas está inquieta até os dias de hoje.

Sim, as vozes de Touro Sentado e Cavalo Louco, de Buddy Lamont e Frank Clearwater, de Joe Stuntz e Dallas Thundershield, de Wesley Bad Heart Bull e Raymond Yellow Thunder, de Bobby Garcia e Anna Mae Aquash... esses e, tantos outros. Suas vozes gritam em nós e exigem que sejam ouvidas.
 
 
 

 

Muita gente me pergunta o que acho da AIM -- Movimento Indio Americano -- isso requer uma resposta.

 A AIM não é uma organização. AIM, como seu nome diz claramente, é um movimento. Dentro desse movimento as organizações vem e vão. A AIM não está representada por uma pessoa ou por um grupo especial de pessoas. Não se deve confundir AIM com algum individuo em particular ou com individuos que marcham sob sua bandeira -- sejam elas dignas ou não. A AIM é o nosso povo. A AIM existirá enquanto cada um de nós existirmos. A cada geração surgem lideranças na AIM. Cavalo Louco pertenceu à AIM, Touro Sentado pertenceu à AIM. Eles pertencem a nós e nós pertencemos a eles. Eles agora estão em nós. Quero dizer outra coisa sobre a AIM, a AIM não possui seguidores. Somos todos líderes. Somos cada um um único exército, trabalhando para a sobrevivencia de nosso povo e de nossa terra, nossa mãe.
 

"Um bom homem ou uma boa mulher podem mudar o mundo, podem varrer o mal para longe, e seu trabalho pode ser um farol para milhões, para bilhões. Você é esse homem ou mulher? Se é assim que o Grande Espírito te abençoe. Se não é assim, porque não? Devemos cada um de nós ser essa pessoa. Isso transformará o mundo durante a noite. Isso seria um milagre, sim, mas um milagre dentro de nosso poder, nosso poder de cura"

Isto não é retórica. Isto é um fato. Isto é o que somos. Sim, continuamos a ser cada um um único exército. Um bom homem ou uma boa mulher podem mudar o mundo, podem varrer o mal para longe, e seu trabalho pode ser um farol para milhões, para bilhões. Você é esse homem ou mulher? Se é assim que o Grande Espírito te abençoe. Se não é assim, porque não? Devemos cada um de nós ser essa pessoa. Isso transformará o mundo durante a noite. Isso seria um milagre, sim, mas um milagre dentro de nosso poder, nosso poder de cura.

Minhas súplicas legais para um novo julgamento continuarão. Tambem continuarei buscando a clemencia presidencial ou da justiça. Nos finais de 1993, e novamente em 1998, os EEUU rechaçaram minha súplica, e me disseram que poderia pedi-la novamente em 2008. O simples ato de mudar minhas duas sentenças de "consecutivas" para "simultâneas" -- trocar uma só palavra -- me daria minha liberdade e me devolveria pelo menos uma parte de minha vida, apenas minha velhice. Rogo à Comissão que apenas troque uma palavra.

Meu advogado de apelação, Ramsey Clark requereu em novembro de 1993 uma aplicação formal de petição executiva ao presidente Clinton, não no sentido de um perdão mas de uma ordem presidencial para que saisse da prisão por "time served". Aí repousava minha maior esperança de liberdade. A apelação retornou para revisão do Ministerio da Justiça, que deve fazer uma recomendação formal ao presidente depois de avaliar meu caso. Jä faz mais de cinco anos que espero esta recomendação dentro da prisão. Rezo ardentemente para que essa recomendação venha logo. Rezo que uma águia vôe até a sala da Sala Oval do presidente e leve essa recomendação tão tardia para o escritorio geral dos advogados e dalí para o escritorio do presidente. E quando o presidente ler a apelação deste homem, deste indio inocente que pede clemencia, rezo que essa águia permaneça parada ali em seu escritorio, mire fixamente em seus olhos, e junte seu grito ao grito de milhões de pessoas ao redor do mundo que escreveram ao presidente, pedindo pela minha libertação. Contudo, meu coração apela por sua consideração e por sua compaixão. Sou um homem indio. Meu único desejo é viver como um.

No espírito de Cavalo Louco

LEONARD PELTIER

Copyright 1998 por espírito do Cavalo Louco, inc..
e Serviços Editoriais de Arden, L.l.c.

  

Leonard Peltier.....O Artista
O Vento Que Persegue o Sol: Nova exposição no Museu da Juventude --- inclui trabalhos do preso político americano nativo Leonard Peltier

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