CAPOEIRA ANGOLA

na rede desde 18 de outubro de 2002 - última atualização em 24 de maio de 2004


CULTURA DA LIBERDADE



Zumbi dos Palmares

«Angola, capoeira, mãe!
Mandinga de escravo em ânsia de liberdade;
Seu princípio não tem método;
Seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista.»
MESTRE PASTINHA


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS


HISTÓRIA

VINCULOS

Classes de Capoeira em São Paulo
 
Centro Cultural Nagô

Prof. Moreno

011-6135-9395
Naldo

011-6154-1508 ou 9594-4267
Francisco
7147-2676




Classes de Capoeira Pelo Brasil www.panix.com/~tishotto/capoeira/

Abada-Capoeira
Mestranda Edna Lima

212-368-2103 (voice/fax)

http://www.abadacapoeira.com/

Instructor Carioca

718-433-0307

Graduado Boca do Mundo

917-488-0041

Grupo Capoeira Brasil
Professor Caxias

212-568-6517

Professora Jô

914-663-7720

Capoeira Angola Palmares
Mestre Ombrinho

212-677-2203

http://www.capoeira-life.com/home.html

Grupo Liberdade de Capoeira
dos Palmares

(Newark, New Jersey)

Mestre Cigano

973-589-5726

http://www.capoeiranj.com/

—Kenneth Harney

(Additional links are available at http://www.planetcapoeira.com/.
Mestre Acordeon: http://www.capoeiraarts.com/



Classes de Capoeira em New York

Capoeira Angola Center
Mestre João Grande

212-989-6975


Web Extra: Capoeira
musical selections
(RealAudio)
Mestre Acordeon
Professor Pilão
Professor Caxias
(clips courtesy of The Capoeira Foundation)


ENTREVISTA

Mestre Bigo, discípulo de Mestre Pastinha, conta um pouco sobre a sua vida na Capoeira Angola.


Como era a Capoeira Angola na época em que você começou a praticar?

Era um pouco diferente. Mestre Pastinha treinava Angola corrida e Angola amarrada. A Angola corrida era perigosa. Nós trocávamos pau com o pessoal da Regional. O regional levantava a perna lá em cima e o angoleiro dava rasteira. O angoleiro não levanta a perna lá em cima, pois sabe que se levantar vai cair. Antes, para cada jogo era cantada uma ladainha, depois vinha o improviso e depois o corrido. O capoeirista jogava um certo tempo, então parava a roda e começava a cantar outra ladainha. Tomava muito tempo da gente. Hoje em dia têm mais capoeiristas e em virtude disso, tem menos tempo para jogar na roda.

Muitos capoeiristas que praticam Capoeira Regional afirmam que a Capoeira Angola é fraca como arte marcial. Qual a sua opinião?

Não acho não. A angola tem mais malícia. A Regional é só ataque, defesa e raiva. O angoleiro entra na roda dando risada. Capoeira são duas cobras. A Regional tem um veneno só. Já a Angola tem o veneno de várias cobras. O Regional entra na roda, fecha a mão, fecha a cara para bater. Quer dizer, é como se fosse uma cascavel, que avisa que vai te pegar. O angoleiro é o contrário. Seria como todas as cobras, que procura atrair o seu agressor e dar risada, para dar um bote só, no momento certo. O angoleiro quando vê que vai dar o bote e não vai pegar, ele não dá. Ele só dá o golpe certo. Na angola são poucos golpes, mas são todos originais. O angoleiro não desperdiça golpe. Angola é malícia, é manha, maldade, falsidade, ataque e defesa, alegria e tristeza. Depois vem a mandinga, que é o tempo que faz. O angoleiro não confia em ninguém. Ele confia e desconfia. Ele finge que não vê, que não escuta. O pessoal da Regional despreza a Angola (sem generalizar), é igual mãe e filho. A Angola é a mãe, e uma mãe nunca despreza o filho. Tem muita gente da Regional indo para a Angola para adquirir conhecimento, pois é na capoeira Angola que está o conhecimento. A Capoeira Angola nasceu na ânsia da liberdade. Ela nasceu como uma luta. [...] O pessoal pensa que Angola é fraca, não é não. Quando os angoleiros estão jogando parece que os dois são uma pessoa só, um transmite uma energia muito forte para o outro.

Qual era o sistema de ensino na Academia de Mestre Pastinha?

Ele começava com a ginga, era o primeiro passo. Depois, o primeiro golpe que ele ensinava era a meia lua de frente, que era para conhecer o seu adversário. Depois ele ensinava mais golpes de frente. Então, ele passava a ensinar os golpes giratórios; rabo de arraia, meia lua de costas e outros. Agora, eu e Bola Sete gostávamos de chegar cedo para ficar conversando com o Mestre Pastinha, nós perguntávamos muitas coisas para ele e ele respondia. Ele dava muitos conselhos para nós, como: «Sempre dobre uma esquina aberta. Não entre em lugar escuro. Se você desconfiar que uma pessoa está armada, jogue um cigarro aceso em cima dela que ela vai colocar a mão na arma. Sempre que estiver em um bar, sente-se olhando nos olhos do dono do bar, pois se acontecer qualquer coisa, os olhos dele vão avisar».

Por que grandes mestres de capoeira Angola estão hoje, de certa forma, «esquecidos», como aconteceu com Mestre Pastinha no final de sua vida?

Isso aconteceu mesmo. Eu falo que a Capoeira Angola muitas vezes castiga a gente. Se você anda um pouquinho errado ela castiga a gente. O caso do Mestre Pastinha foi inveja demais. [...] O capoeirista tem que descobrir nos olhos do seu oponente a intenção que ele vai tomar daquele momento em diante. [...] O capoeirista tem que estar de corpo e espírito limpo para transmitir uma energia positiva na roda de capoeira e em sua vida.

Extraído da Revista Praticando Capoeira, páginas 14 a 16. Texto: Letícia Cardoso de Carvalho


CD Mestre Boca Rica & Bigodinho


CD Mestre Boca Rica

 

EVENTOS

CAPOEIRA ANGOLA, CULTURA DA LIBERDADE!

O Centro Cultural Nagô realizou roda especial de Capoeira Angola em 12 de outubro de 2002, na Travessa do Anfiguri, 41, São Miguel Paulista, São Paulo, que contou com a participação do Mestre Ananias, um dos raros remanescentes da nata de angoleiros da Bahia.

A grande roda teve início à luz de velas por causa de queda de energia minutos antes de começar as cantigas. Meia hora depois, com a volta da luz elétrica, a roda ficou ainda mais animada.

Com sua roupa branca, tradicional quepe de marinheiro e frase estampada na camiseta: "CAPOEIRA ANGOLA VALE OURO", Mestre Ananias deixou muito claro seu profundo amor pela capoeira, mas não deixou de tecer fortes críticas à violência em algumas rodas da chamada Capoeira Regional, especialmente nas rodas de batismo.

ARTIGO

MANDINGA DO BRASIL

Celebrando 25 Anos de Mandinga, Capoeiras Colonizam a América do Norte

POR THAD DUNNING

Com mandinga, ginga, estilo, e um jeito livre de ser, o grupo Arte Brasil de capoeira celebra este ano seu 25o. aniversário nos Estados Unidos. O mestre de Capoeira e coreógrafo Jelon Vieira, um dos pioneiros da capoeira entre os norte-americanos, participará das comemorações de 23 até 28 de maio, ocasião em que seu grupo, DanceBrazil, fará performances em duas apresentações no Joyce Theater.

"Quando cheguei em New York em 1975, a impressão que tive foi que os americanos não sabiam nada sobre a forte presença africana na cultura brasileira", disse Vieira. "As pessoas tinham uma imagem de Carmem Miranda com um monte de frutas em cima da cabeça, mas não sabiam coisa alguma sobre capoeira". A apresentação do DanceBrazil reflete as prioridades de Vieira. Uma peça coreografada pelo dançarino baiano Carlos dos Santos Jr., fala da legendária Anastácia, uma rainha tribal que veio cativa da África para o Brasil e que sincretizou suas deidades orixás com o santos católicos como uma tática para a sobrevivência religiosa. Na segunda apresentação, segundo Vieira, aparece a ginga, uma palavra que significa "um estilo de balançar o corpo" como sendo o movimento fundamental do capoeira. Pela ginga, conforme diz Vieira, se compreende o jeito especial do baiano de falar, comer, andar, dançar e jogar capoeira.

Na capoeira, duas pessoas balançam seus corpos em uma dança de estratégia e tática, pontuando com o diálogo fluido da roda ao som do berimbau com seus clímax e tempos de espera. O instrumento de percussão característico, o berimbau (uma madeira envergada com uma corda ressonante e uma cabaça), marcam o estilo e a velocidade do jogo. O cantarolar rítmico das pessoas do círculo invocam em suas letras as façanhas dos capoeiras do passado ou recordam as histórias dos africanos que resistiram à escravidão e deram forma a esta arte.

A resistência africana deu origem aos elementos da capoeira no Brasil. As elites sempre associaram capoeira com desordem e violência, tanto quanto o núcleo da resistência à escravidão. Proibida desde o século 19, a prática da capoeira foi legitimada em 1930 e de lá para cá tem sido reconhecida como "um esporte nacional" no Brasil e um símbolo da cultura afro-brasileira. "A capoeira é um transplante cultural para os Estados Unidos e é muito importante que os nossos estudantes americanos aprendam tudo sobre capoeira e o que ela representa", disse "Bira" Almeida (Mestre Acordeon), autor e professor de Berkeley.

A Capoeira tem se desenvolvido rapidamente fora do Brasil. O renomado mestre João Grande trabalha a mais de duas décadas ensinando no Capoeira Angola Center em New York; juntamente com muitos outros talentosos mestres e instrutores. Na Costa Oeste, legiões de capoeiristas tem feito da Baía de São Francisco uma outra Salvador. Os mestres de capoeira estão se espalhando pelo mundo afora, introduzindo uma herança que vai além do físico.

Praticar capoeira significa o aperfeiçoamento da arte da improvisação de "jogar" na roda. Embora hierárquica e muitas vezes organizada em torno de um rank, os professores dos cursos de capoeira ensinam uma disciplina pessoal que é tão flexível e mutável quanto a capoeira em si mesma. A espontaneidade da forma e do jogo pode se desenvolver nos mais variados estilos.

"Os brasileiros tem uma grande facilidade tanto para gingar, quanto para aprender as cantigas, enquanto que os americanos ficam atônitos procurando saber de onde vem essa energia dos brasileiros", disse Michael Z. Goldstein (Mestre Ombrinho) do Capoeira Angola Palmares. O primeiro mas não o único capoeira Norte Americano a alçar ao ranking de mestre. Goldstein, 41, fala com orgulho dos estadunidenses que começaram a treinar com ele em 1981 e que estão até hoje envolvidos com capoeira. Explanando suas experiências ao longo desse tempo, ele lembrou que os estadunidenses estão modificando suas idéias erradas a respeito do Brasil. "O que me deixa mais triste é quando alguém não oferece o que há de melhor para os brasileiros".

Goldstein estuda o potencial de cada um dos capoeiristas cuidadosamente antes das reuniões da escola, preparando as instruções e ponderando como eles e seus corpos responderão a um determinado estilo de capoeira. Alguns alunos da Escola Regional do Mestre Bimba, o primeiro mestre a ser oficialmente reconhecido pela academia da cidade de São Salvador, Bahia, em 1930, e seus discípulos; outros oriundos da Capoeira Angola do Mestre Pastinha; e ainda outros das mais diversas e nem sempre reconhecidas linhagens. Muitas das mais conhecidas escolas no Brasil tem representantes em New York, onde uma grande parte é composta por mestres mulheres, como a Mestranda Edna Lima do grupo Abadá Capoeira e  a Professora Jô do grupo Capoeira Brasil.

Vieira, um antigo professor e mestre de capoeira, tem um carinho muito especial com grupos como o DanceBrazil. "A capoeira pode descolonizar o corpo e a mente". disse ele. "Não temos nada para celebrar durante estes 5 séculos da colonização do Brasil por Portugal, na realidade foram 500 anos de corrupção,
de abuso e de injustiça"
.  Vieira atualmente cuida de crianças de rua que adotou quando trabalhava na
Bahia. "Nossas crianças tem direito à educação".


GALERIA
DOS MESTRES



Mestre Ananias
(Foto retirada de http://somaie.vilabol.uol.com.br)



Mestre Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha), Poeta e ilustre divulgador do estilo Angola, nasceu em Salvador - BA, no dia 05/04/1889, começou a treinar aos 10 anos de idade. Morreu no dia 13/11/1981 . "Angola, capoeira mãe! Mandinga de escravo em ânsia de liberdade; Seu princípio não tem método; Seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista." Mestre Pastinha

"Mestre da capoeira de angola e da cordialidade baiana, ser de alta civilização, homem do povo com toda sua picardia, é um dos seus ilustres, um de seus obás, de seus chefes. É o primeiro em sua arte; senhor da agilidade e da coragem..." - Jorge Amado



Mestre Canjiquinha (Washington Bruno da Silva). Aprendeu capoeira com Mestre Aberrê, sendo seu aluno mais conhecido, trabalhou em vários filmes, sendo o capoeirista que mais viajou e fez apresentações com capoeira na sua época. Dizem que poucos tinham tanto repertório de cantos como o Mestre Canjiquinha.



Mestre João Grande (João Oliveira dos Santos). Um dos principais discípulos do Mestre Pastinha. Por mais de 40 anos o Mestre tem tem praticado e ensinado Capoeira de Angola. Phd Honóris Causa da Universidade de UPSALA. Um dos principais discípulos do mestre Pastinha sendo seu Contramestre. Por mais de 40 anos o Mestre João Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele viajou para África, Europa e América do Norte, onde ensina atualmente, em sua academia na cidade de New York. De lá ele continua mantendo o intercâmbio com a Bahia e acompanhando a movimentação da Associação Brasileira de Capoeira Angola.



Mestre Nascimento



Mestre Traíra (José Ramos Nascimento)



Mestre Cobra Verde



Mestre Caiçara (Antônio da Conceição Morais). Uma das lendas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em 26 de agosto de 1997.



Mestre João Pequeno (João Pereira dos Santos). Aluno do Mestre Pastinha e um dos mais antigos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. É possível vê-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira.



Mestre Waldemar


GALERIA LOCAL


Mestre Bigodinho e
Francisco

INFORMES

O Centro Cultural Nagô desenvolve oficinas de Capoeira Angola, Percussão e Cultura Afro-americana, mais informações sobre aulas, rodas, eventos, pelo fone 6154-1508 ou 9594-4267 com Naldo, 6135-9395 com Prof. Moreno, ou 7147-2676 com Francisco..

 


CORRIDO

Apanha a laranja no chão Tico-tico

se meu amor for embora eu não fico

apanha com a mão , com o pé ou com o bico

sua saia é de renda ou de bico

coro: apanha a laranja no chão tico-tico

Jogo de dentro... jogo de fora
é o jogo de Angola valha-me Deus e Nossa Senhora

coro: jogo de dentro... jogo de fora

Tabaréu que vem do sertão
Vendo quiabo, maxixe e limão
ele vende quiabo, maxixe e limão

coro: Tabaréu que vem do sertão

Eu sou Angoleiro Angoleiro é o que eu sou
Angoleiro de valor Angoleiro de Salvador Angoleiro sim senhor
meu mestre me ensinou

coro: eu sou angoleiro

Vai você , vai você Dona Maria como vai você
Joga bonito que meu mestre quer ver
joga de novo que eu quero aprender coro: Dona Maria como vai você

Sai sai Catarina Saia do má venha ver Idalina
Oi Catarina venha ver

coro: Sai sai Catarina

Dona Maria do camboatá
chega na venda e manda botá

coro: Dona Maria do camboatá

Oi tu que é moleque
moleque é tu

coro: moleque é tu

Olha o nome do pau

coro: é pindobé

Jogo de dentro jogo de fora
jogo bonito este jogo de Angola coro: jogo de dentro jogo de fora

Tira de lá , bota cá Tira daqui, bota ali coro: Idalina

 


LADAINHAS

Yê !
Eu vou ler o B-A-Bá
B-A-Bá do Berimbau
a moeda e o arame
com dois pedaços de pau
a cabaça e o caxixi
aí está o berimbau
Berimbau é um instrumento
que toca numa corda só
vai tocar São Bento Grande
toca Angola em tom maior
agora acabei de crer
o Berimbau é o maior
Camaradinha
Yê Viva meu Deus
Yê viva meus Deus camará

Yê !
Lá no céu tem três estrelas
todas as três em carrerinha
uma é minha a outra é sua
a outra vai ficar sozinha
Camaradinha
Yê Viva meu Mestre
Yê viva meu Mestre camará

Yê !
Bahia minha Bahia
capital do Salvador
quem não conhece esta capoeira
não lhe dá o seu valor
todos podem aprender
General e também quem é Doutor
quem desejar aprender
venha a Salvador
procure Pastinha
ele é professor
Camaradinha
Yê viva meu Deus
Yê viva meu Deus camará

Yê !
Menino quem te matou ?
foi a língua meu senhor
eu te dava conselho
pensava ser ruim
e eu sempre te dizendo
inveja matou Caim.
Camaradinha
Yê viva a Bahia
Yê viva a Bahia camará


Êh... cidade de Assunção
capital do Itamaraty
é engano das nações
das sepulturas do Brasil
Pastinha já foi a África
pra mostrar a capoeira do Brasil
Camaradinha
Yê viva Pastinha
Yê viva Pastinha camará


A Bahia é terra boa
tem de tudo pra se ver
tem gostoso acarajé
tem abará e tem dendê
e tem a capoeira angola
para nós nos defender
Camaradinha
Yê Viva a capoeira
Yê viva a capoeira camará



.

 

 




CAPOEIRA





 

Luta de dançarinos, dança de lutadores

 

A capoeira, chamada hoje de "esporte brasileiro" ou "arte marcial brasileira", é na realidade uma rica expressão artística, uma mistura de luta e dança, que faz parte do patrimônio cultural afro-brasileiro. Não sabemos com certeza a origem da capoeira. Alguns mestres acreditam que foi uma criação dos africanos no Brasil. Entretanto, a maioria afirma que as raízes vieram da África, oriundas de antigos rituais. Acredita-se que isto seja o mais provável, pois os mais antigos mestres de capoeira são descendentes diretos de africanos. Como sabemos todos os documentos referentes à escravidão no Brasil foram queimados no governo de Deodoro da Fonseca, por ordem de Ruy Barbosa, na época Ministro da Fazenda. Dessa forma, a única maneira de conhecermos a origem da capoeira é por meio da transmissão oral e a melhor fonte de informações, como não poderia deixar de ser, eram os negros africanos.

Conta-se que na África, em Angola, existia um ritual bastante violento chamado "jogo da zebra", onde os negros lutavam aplicando cabeçadas e pontapés e os vencedores tinham como prêmio as meninas da tribo que ficavam moças.


Os primeiros escravos africanos a chegar ao Brasil  e os que mais se distinguiram na prática da capoeira, foram os negros bantos de Angola. No cativeiro, os negros tiveram que disfarçar a luta em dança introduzindo instrumentos musicais e movimentos cadenciados para praticá-la sem suspeitas. Mesmo depois da escravidão ser legalmente abolida os capoeiristas continuaram a sofrer perseguições da polícia e ser mal vistos pela sociedade. O importante sabermos que a capoeira nasceu em nome da liberdade, na luta contra a escravidão. (extraído do site da ACANNE - Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro - http://www.pas.matrix.com.br/bioeng)


 

PERCUSSÃO


Atabaques. (Rum, Rumpi e Lê). Membranas de madeira ripada, originalmente reaproveitada de barris e afinação por cunhas.

 

 

 

 








Crianças cariocas tocando instrumentos de seus ancestrais.







 

 

 

















 

Aguê ou Xequerê. Idiófono de cabaça e contas externas















 

Agogô. Idoófono de duas campanas, ligadas por uma haste encurvada, percutido com uma haste de ferro ou baqueta de madeira. Pode ser também de campana única, assemelhando-se então ao Gonguê, do Recife. Na parte norte de Angola (África), é denominado Ngong ou Ngongu.

 

 

 

 

 


http://www.oocities.org/projetoperiferia

railtong@g.com