O TANTRA DENOMINADO
A ORIGEM DE TODOS OS RITOS DE
TARA,
MÃE DE TODOS OS TATHAGATAS
Homenagens a Arya-Manjusri!
Assim ouvi uma vez. O Senhor residia no reino
de Tusita. Incontáveis Bodhisattvas como Maitreya e Manjusri, e
incontáveis [deidades] como Kurukulla e Parna-sábari, e como
Brahma e Sakra, segurando incontáveis flores celestiais, como as
celestiais flores do lótus do Kumida e do mandarava, incontáveis
instrumentos musicais celestiais, como conchas, vinas, tambores, mrdangas
e sürpavinas, e incontáveis celestiais parassóis, estandartes
e bandeiras, circum-ambulavam o Senhor no sentido horário, fazendo
oferendas com nuvens de oferendas de todos os tipos de oferendas.
Então, o Senhor concentrou-se na concentração
denominada Adamantina, destruidora de forças hostis. Imediatamente
a terra tremeu, o círculo dos Maras foi vencido, e Ele emanou um
grande brilho de luz. Foi assim: Ele emanou todos os tipos de luz – branca,
vermelha, amarela, verde, azul e mista –, que purificaram tudo o que possuía
sofrimento, e Tara, Mãe de todos os Buddhas, desceu sobre a coroa
de Kurukula. Imediatamente, choveram enormes quantidades de oferendas.
Aquela deusa tornou-se, então, como o disco do sol sem nuvens.
Ela foi, então, louvada com estes versos
de louvor:
Em todo o reino, completamente purificadas,
Muitas preciosas flores descem, como a chuva.
Mãe produtora dos Buddhas dos três
tempos,
Mãe Tara! A Ti homenagens e louvores!
Então, o Bodhisattva Manjusri, o Jovem,
drapejou a parte superior de suas vestes sobre um ombro e, ajoelhando-se
sobre o joelho direito, perguntou ao Senhor: “Senhor, todos os Buddhas
dos três tempos são profundos. Como, então, Ela os
produz? Como é Ela sua Mãe?” E o Senhor disse: “Isto é
verdade, Manjusri. Mas todos os Buddhas dos três tempos são
também improduzidos e incessantes, não maculados e não
imaculados, sem decréscimo ou acréscimo, e [estão],
por natureza, no Nirvana. Por esta razão: esta é a natureza
de todos os dharmas.” O Bodhisattva Manjusri, o Jovem, disse: “Senhor,
como são produzidos os Buddhas dos três tempos, os quais são
improduzidos e incessantes, não maculados e não imaculados,
sem decréscimo ou acréscimo, e [estão], por natureza,
no Nirvana?
E o Senhor disse: “Portanto, Manjusri, com
a compreensão da ipseidade dos dharmas, deve-se meditar sobre Ela;
deve-se recitar esta prática dharani com seriedade, compreender
Suas qualidades e fazer oferendas a Ela. Deve-se receber instruções
e não ter dúvidas. Deve-se agir com seriedade do que se faz,
lembrar Seus louvores e praticar os ritos com severidade.” Com estas palavras
Ele ensinou ao Bodhisattva Manjusri, o Jovem.
Então o Bodhisattva Manjusri, o Jovem,
perguntou ao Senhor:
“Como, Senhor, deve-se meditar sobre Ela?
Como se deve praticá-La com seriedade?” E o Senhor disse: “Manjusri,
deve-se direcionar a mente da seguinte forma: todos os dharmas, Manjusri,
são improduzidos; todos os dharmas são incessantes; todos
os dharmas são imaculados; todos os dharmas estão no Nirvana,
e são puros por natureza – assim se deve meditar. Portanto, Manjusri,
deve-se dizer este mantra:
OM SVABHÂVA-VISUDDHÃH SARVA-DHARMÃH
SVABHÃVA-VISUDDHO ‘HAM. ‘
(Os dharmas OM Todos são puros por
natureza, Eu sou puro por natureza.)
E o Senhor também disse: “Deve-se cultivar
a Bondade-amorosa, considerando aqueles que nasceram de um ventre, aqueles
que nasceram de um ovo, aqueles que nasceram do calor-úmido e aqueles
que nasceram miraculosamente. Deve-se gerar a Grande Compaixão com
relação ao nascimento, ao envelhecimento, à doença
e à morte. Deve-se cultivar a Alegria e a Equanimidade com relação
à Vacuidade, à Singularidade e à Falta de Desejo,
e ao naturalmente incondicionado. Portanto, Manjusri, os Quatro Incomensuráveis
são a causa, a Bodhicitta é seu produto. Portanto, deve-se
trazê-las no coração com seriedade.
‘Portanto, Manjusri, deve-se dizer este mantra:
OM BODHICITTA-UTPÃDAYA AHAM.
(OM Que eu possa gerar a Bodhicitta!)
E novamente o Senhor falou, dizendo: “Deve-se
fazer uma oferenda com as seguintes oferendas:
2 ‘Magicamente criada por todos
Os Buddhas que residem nos mundos das dez
direções,
Todos os tipos de incenso, em pó ou
em pedaços,
Ofereceremos à Mãe, Produtora
dos Conquistadores.
3 ‘Buddha-locanã, elevada Mãe
de todos
Os Tathagatas que residem nos mundos das dez
direções!
Todos os tipos de flores, sós ou em
guirlandas,
Ofereceremos à Mãe, Produtora
dos Conquistadores?
4 ‘Jóia Suprema, Mãe de todos
Os Tathagatas que residem nos mundos das dez
direções!
Todos os tipos de jóias preciosas,
lâmpadas e guirlandas
Ofereceremos à Mãe, Produtora
dos Conquistadores.
5 ‘Pãdara-vãsini, elevada Mãe
de todos
Os Tathagatas que residem nos mundos das dez
direções!
Água pura, de doce aroma, e rios de
perfume
Ofereceremos à Mãe, Produtora
dos Conquistadores.
6 ‘Elevada Mãe com Ações
Divinas de todos
Os Tathagatas que residem nos mundos das dez
direções!
Provisões, como alimentos sólidos
e macios
Ofereceremos à Mãe, Produtora
dos Conquistadores.
7 ‘Que canções e os sons de
instrumentos musicais,
Inclusive de címbalos, aliviem todo
sofrimento.
E parassóis, estandartes, flâmulas,
bandeiras e sombrinhas
Reúnam-se como nuvens de todas as dez
direções!
8 ‘Que ramos folhudos e fragrantes de árvores
que realizam desejos,
Árvores floridas, e outras, reúnam-se
de todas as dez direções!
9 ‘Que a chuva com fragrância perfumada,
a chuva com aromas agradáveis
de grãos e de flores e de tudo o mais
desça definitivamente!
10 ‘Com riachos correntes e piscinas
e fontes e lagos e tanques,
Lagos de cem sabores,
gansos e outras aves,
11 ‘Uma mansão de jóias, ornada
com belas pérolas
Com luz no leste e no oeste, do Sol e da Lua,
E os apartamentos mais agradáveis à
mente,
Ofereceremos à Mãe, Produtora
dos Conquistadores.
“Portanto, Manjusri, estes mantras de oferendas
devem ser ditos:
OM GATA-DHÚPA-PÜJA-MEGHASAMUDRA-SPHARANA-SAMAYE
HÜM!
(om o Incenso de todos os Tathãgatas
se reune como um oceano inundante de nuvens de oferendas HUM!)
OM SARVA-TATHÁGATA -PUSPA-PUJA-MEGHA-
etc.
(OM as Flores de todos os Tathãgatas...)
OM SARVA-TATHÃGATA-ÁLOKA-PÜJAMEGHA
etc.
(om a luz de todos os Tathãgatas …)
OM SARVA-TATHÃGATA-GANDHA-PÚJA-MEGHA
etc.
(om os Perfumes de todos os Tathagatas...)
OM SARVA-TATHÁGATA NAIVIDYA PÜJA
MEGHA etc.
(om as Oferendas de alimentos de todos os
Tathãgatas...)
OM SARVA-TATHÃGATA- SABDA-PÜJA-MEGHA-
etc.’
(Om os Sons de todos os Tathagatas...)
Então Ele falou novamente para Manjusri,
o Jovem, dizendo: “Manjusri, esta Mãe é a Mãe de todos
os Buddhas dos três tempos. Portanto, Manjusri, traga em seu coração
este louvor pelos Buddhas dos três tempos!”
Então o Senhor pronunciou a dharany
de louvor:
“NAMAH SARVA-TATHÃGATÃNÃM.
TAD YATHÃ:
OM NAMAE SÜKASÃM, NAMAH TÂRAYAI
TÃRAMITÀ! "
(Homenagens a todos os Tathagatas, como
se segue:
OM Homenagem a Compassiva, aos Compassivos,
homenagem a Tãrã, estabelecida como Salvadora!)
[Segue-se agora o texto em sânscrito
do Louvor Vinte-e-uma Homenagens. Tradução e comentários
em…]
“TARA-BHAGAVATIYAM SÜTRAM SAMYAKSAMHUDDHA-BHÃSITAM
(Sütra da Senhora Tãrã,
falado pelo by Buddha Completo e Perfeito)
SARVA-KARA SAMAYÃ ULAKARAYE
(Rápida como o meteoro em Seu empenho
que tudo executa.)
BUDDHANI CA DHARMANI CA SAMGHANI CA TARAYE
SVAHA!
(Tãrã, da natureza de
Buddha, Dharma e Sangha: a Ti, SVÂHÃ!)
“Este dharani, Manjusri, é abençoado
por todos os Buddhas dos três tempos. Ele louva Tara, a Mãe
que produz todos os Buddhas dos três tempos, através da destruição
de tudo o que é .......... (continua)
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