(NOTA: 10/10) Esse novo disco do Abominattion impressiona desde o primeiro segundo!!!! É realmente empolgante perceber a evolução dessa banda que me chamou atenção desde o show de 2000 que tive a oportunidade de assistir. Sabe aquele riff, que de tão absurdamente caótico e lascivamente feroz te faz perder o fôlego literalmente??? Esse é o riff da faixa de abertura, Purity in Flames, que provavelmente é uma das músicas mais poderosas lançadas com o nome de Death Metal. Certamente.... E Death Metal levado aos últimos limites, em termos de proficiência técnica, aqui executada com perfeição cirúrgica e em termos de agressividade, com atos tão brutais e velozes que te fazem sentir orgulho de uma banda como essa ser brasileira. Na verdade todas as músicas aqui contidas são tributos aos fãs mais exigentes de brutalidades, mas o Abominattion tem uma cara tão própria e uma identidade tão nítida, que faz cada segundo do álbum parecer uma jornada através de um rio de lava ou dentro de uma cratera vulcânica, devido aos tipos de sensações por ele forjadas. Tente Reigning In The Impure Blood (conflitante), Doutrine Of False Martyr (riffs insanos), The Unholy March (um pouco do potencial dos guitarristas em forma de hino), Hateful Divine Creation (blasfêmia carregadíssima) e a maravilhosa The Emptiness of Flesh - PART II. Você não se arrependerá! Outro destaque desse álbum é a fabulosa execução vocálica de L. Zannoto, que tem uma das vozes mais poderosas do Death Metal contemporâneo, além de ter um estilo bem próprio e particular, e perfeito para o Abominattion. Falar que o Death Metal nacional passou dos limites humanos é redundante, mas o mesmo se aproxima dos limites cósmicos. Onde será que isso vai parar??? Espero que muito, muito longe.... (Flavvio)