CRUOR CULTUM - CD BLOOD DAYS ON THE ALTAR |
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(NOTA: 9.0/10) O que se poderia esperar de um projeto criado por membros ligados às bandas Mythological Cold Towers, Vulturine, Spell Forest, Templum, Pentacrostic, entre outras? Não é de se admirar tamanha expectativa após o anúncio da criação de um projeto chamado Cruor Cultum encabeçado por Lord Mephir e Hamon. Para saciar a sede do público, uma amostra do projeto foi colocada a disposição na coletânea da revista Lúcifer Rising da Mutilation Records, precisamente na sua 4º edição, onde podemos encontrar a faixa "Engulfed by Dark flames". Para aqueles que puderam conferir a canção, o debut cd se tornou um dos álbuns mais esperados para lançamento em 2004.
Sem introduções, Blood Days on the Altar começa com a faixa "Infernal Legion" que nos faz lembrar imediatamente dos trabalhos mais recentes do Darkthrone. E o álbum inteiro parece ter sido composto para ser um tributo aos mestres do Raw Black Metal, pois o som da bateria tocada por Hamon muito se assemelha a de Fenriz, bem como os vocais de Lord Mephir se parecem vez por outra com os de Nocturno Culto. Merecem destaque faixas como "Aeons of Cruelty", "Force of Chaos", "Engulfed by Dark flames", "Apocalyptical Vociferation" e "Infernal Legion", mas sem desprezar as demais, pois esse projeto tornou-se um marco para o Black Metal nacional, algo inédito no Brasil.
Após cerca de 35 minutos, o álbum Blood Days on the Altar termina da melhor maneira possível: deixando um gostinho de quero mais. A banda acertou em cheio nas composições, nas letras que abordam várias vezes o satanismo e na gravação, que foi realizada no lendário Ancient Valley's Tower Studio. A arte gráfica é bastante simples, em preto e branco, porém a mesma se justifica pela proposta da banda. Vale lembrar da participação especial de Samaj do Mythological Cold Towers nas faixas "Aeons of Cruelty", "Engulfed by Dark flames" e "Apocalyptical Vociferation". Mais uma vez a Somber Music se destaca ao lançar outra bela obra do metal nacional, mostrando assim que um selo sério não se mantém apenas com licenciamento de bandas gringas. (Marcelo)
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