(NOTA: 10/10) Desde 2001 tive a oportunidade de me entreter com um dos álbuns mais brutais e rápidos da história do Death Metal que é "Berzeker Legions" e desde então me tornei fã desses infames dinamarqueses. Com um estilo mais dinâmico, cativante e em termos acessível (não se iluda com isso pois esse álbum nunca seria considerado algo de fácil audição, definitvamente), o Exmortem solta seu mais novo álbum chamado "Pestilence Empire". Acho que o título do álbum ja diz tudo o que for necessário. Eles continuam tocando nos limites da velocidade humana, estupidamente brutal e técnicamente, mas como disse antes esse álbum está mais musical e maduro, sem nenhum resquício de dúvida. Para começar a arte do encarte e da capa continua meio abstrata, e isso me parece que ja se tornou uma marca registrada do Exmortem, com cores escuras e pálidas, azuis frios e cinzas. Muito interessante e pertinente! Os novos membros colocaram um pouco de suas infuências pessoais nas músicas, pois os toques de Black Metal estão nítidos nos riffs gélidos e vocais em varias vezes rasgados. A produção de "Pestilence Empire" é um pouco diferente de "Berzeker Legions", álbum esse que tinha os bumbos mais mais na cara e o som mais cristalino. Dessa vez a produção mais crua porém extremamente audível fez a diferença e deu uma leve aura 'vintage' ao conteúdo...Old School total!!! O novo baterista Michael tinha a árdua e quase impossível tarefa de substituir um dos melhores músicos da atualidade que é Reno (Panzerchrist), que foi considerado numa eleição internacional como "os pés mais rápidos do mundo" com 280 batidas por minuto! Da pra acreditar?!? Isso tudo só somou mais responsabilidades a Michael, mas sua performance e fluência na banda é muito melhor do que eu esperava. Ele espanca a bateria, é claro que com um estilo diferenciado de Reno, mas muito eficiente e brutal. Uma boa aquisição. Não adianta, os dois fatores que fazem a diferença no Exmortem e os deixa alguns anos luz de uma porção de bandas de Death Metal da atualidade são em primeiro lugar, o ataque mortal e impressionante da guitarra de Sigtyr.....puxa....quantos riffs matadores podem ser compostos na cabeça desse maníaco? E o outro é a performance mais que monstruosa de Simon em seu vocal, que varia do gutural profundo para o rasgadíssimo e áspero em questão de segundos, de uma maneira que tira o fôlego de qualquer um. É difícil falar de algum som como peça única, pois todos são especiais e peças únicas. Mas desculpe-me, não existe jeito de não ficar boquiaberto como "Ghastly Grotesque", "Funerary Sculpture", "Grand Dome of Destruction" e "Tyrant´s Hunger". trOOOOO!!!!! (Flavvio)