(NOTA: 7.5/10) O Exmortem já foi uma das melhores e mais brutais bandas de Death Metal de nosso planeta, lá pelos idos de 2000 com sua obra prima Berzerker Legions, onde se equiparava aos ícones do estilo com uma aula de precisão e velocidade, cortesia de Reno Killerich, aquele mesmo baterista que fez a turnê brasileira com o Dimmu Borgir e ganhou o concurso de "bumbos mais rápidos do mundo" há certo tempo atrás. Após a saída de Reno, a banda lança em 2002 o "bom" Pestilence Empire, com um ar mais crú e menos veloz, porém inteiramente agressivo. Agora em 2004/2005, o Exmortem solta Nihilistic Contentment, um álbum que apesar de conter itens que garantem a alegria dos Deathmetallers, não chega ao nível dos anteriores. Sim. O Exmortem versão 2004/2005 está inegavelmente mais técnico, cheio de riffs dissonantes e intricados, mas aquela aura de agressão foi perdida nessa nova fase, principalmente deixando de lado a velocidade das músicas. É claro que isso pode ser reflexo da "evolução" ou "amadurecimento" que todas as bandas clamam quando lançam um álbum mediano, mas nesse caso esses fatores só serviram para tornar Nihilistic Contentment um álbum estranho e sem personalidade. Eu me lembro que DEPOIS de terem gravado o álbum, Reno retornou à banda, mas todos os press-releases e reviews internacionais divulgaram que ele gravou o álbum. Quem bem conhece o estilo, a capacidade e a batida de Reno sabe que, a bateria desse álbum seria 1000 vezes mais rápida se tocada pelo mesmo. Não se enganem com toda essa confusão divulgada pela banda e pela Earache. Definitivamente não foi Reno quem tocou aqui. Mas voltando a dizer, o álbum tem seus (raros) momentos, mas nunca chegando a empolgar, nem menos lembrar os gloriosos tempos dessa banda dinamarquesa. Espero que com o retorno do mito das baquetas, eles tenham mais sorte da próxima vez. (Flavvio)