(NOTA: 10/10)
Será Epitaph o melhor álbum de 2004? Provavelmente. Desde 1999 o Necrophagist vem impressionando o underground mundial com seu Death Metal absurdamente técnico e preciso, e seu debut Onset of Putrefaction quebrou muitas barreiras em termos de qualidade musical, virtuosismo e bom gosto musical, dando à banda uma legião de fãs e reviews entusiasmadas por parte dos veículos de comunicação especializados.
O segundo álbum do Necrophagist foi certamente o álbum mais esperado pela mídia underground, que felizmente foi presenteada com o único e imbatível Epitaph. Esse álbum, desde seu primeiro segundo é um clássico. Sem nada faltando e nada a acrescentar, Epitaph transborda, enche e inunda seus ouvidos com tudo o que pode-se esperar do Necrophagist. Me recuso a comentar sobre o nível de técnica e profissionalismo contidos nas músicas, pois falar em Necrophagist é falar do máximo em todos os quesitos, mas ainda ressalto os efeitos que esse álbum causa às pessoas. Desde o primeiro pattern de bateria da impressionante faixa de abertura "Stabwound" até o último riff de "Symbiotic in Theory", esse álbum é testemunho de força, criatividade, grandeza e da imensidão de idéias que esses gênios germânicos podem oferecer. TODAS as músicas são perfeitamente e igualmente grandiosas, quase épicas, tornando esse álbum algo necessário, uma verdadeira ode à música extrema de boa qualidade, que serve para mostrar à todos o nível de excelência que o Brutal Death Metal chegou, se é que podemos classificar o Necrophagist sob tal estilo. Exemplos como a grande e mais do que quebrada "The Stillborn One", a dissonância assustadora de "Seven", a emocionante "Only Ashs Remain" e a estupenda "Epitaph" são oferecidos sem piedade, numa obra que mais uma vez alarga as fronteiras e limites da música extrema.
Epitaph é uma aventura musical que merece toda atenção, pois dá tudo aquilo que o pífio cenário metal atual esquece: emoção, vísceras e alma. Perfeito! (Flavvio)
