(NOTA: 10/10)
Bem, primeiramente gostaria de dizer que é sempre um prazer fazer comentários sobre o Nile, essa que é uma das bandas mais originais, interessantes, inteligentes e extremas já surgidas nesse planeta.
Eu sinceramente, não pensava que o Black Seeds of Vengeance poderia ser superado, mas tenho o orgulho de dizer que estava enganado. In Their Darkened Shrines é um artefato que realmente não consigo achar palavras suficientes para elogiar.
Esse álbum não se contenta em ser um dos mais brutais, agressivos e impressionantes já lançados, mas ultrapassa todas as expectativas.
Diria que esse é o primeiro álbum do Nile em tratar "totalmente" de temas egípcios, pois os anteriores mesclavam essas influências com outras sonoridades e lirismos mesopotâmicos.
Essa obra-prima abre com a poderosa "The Blessed Dead" que aborda temas como a possibilidade de não ser "osirificado" quando morrer, ou seja, não ser abençoado por Osíris.
Logo em seguida nos deparamos com a brutalíssima "Execration Text" que o próprio título já diz, formulas mágicas para execração dos inimigos, foram eles núbios, sírios-palestino ou hititas.
Segue "Sarcophagus", sobre a angústia de jazer eternamente num sarcófago.
"Kheftiu Asar Butchiu" trata das torturas que eram empregadas aos inimigos de Osíris.
A melhor música do Cd é "Unas Slayer of Gods", sobre o último faráo da 5 dinastia, o faraó necrófilo. Segue-se "Churning the Maelstrom" que é nada mais do que parte dos fragmentos do "Capítulo que traz Heka para aqueles que queimam".
Uma das mais impressionantes músicas do álbum é "I Whispe the Ear of The Dead", que conta sobre Nectanabus, o faraó mago que praticava os mais antigos de necromanica da humanidade.
Logo em seguida ouvimos "Wind Of Horus", referência ao barco de Tanus, o Faraó dos Faraós.
Esse ópus fecha com a magnânima "In Their Darkened Shrines", dividida em quatro capítulos.
Ou seja, podemos dizer que o Nile está muito à frente da maioria de todas as bandas que se dizem Death Metal. Uma obra prima que deixa gravado para humanidade esse testemunho ancião de ódio e onipotência.
(Flávvio)
|