(NOTA: 9.0/10) Sempre que ouço os novos trabalhos do Paradise Lost, lembro-me de minha adolescência em meados de 1992, quando naquela época por intermédio de um amigo de trabalho, conheci a banda através de seu brilhante vinil Gothic. De lá para cá, basicamente não foi apenas os padrões de moral da sociedade que mudaram, mas o conceito da música extrema. Por um lado ficou mais extrema, contudo para algumas bandas, dentre elas o Paradise Lost, ficou mais acessível, eletrônico, pop, algo até mesmo dance. Ao meu ver, hoje em dia o grupo segue a mesma linha musical que o Theatre of Tragedy fez em Music e Assembly, desta maneira, não tem nem como fazer uma mera comparação com o passado do Paradise Lost, de grandes álbuns como Lost Paradise, Gothic, Icon e Draconian Times. Creio que Symbol of Life é um material recomendado para o indivíduo com mente mais aberta e que busca algo novo no Melancholic Rock, como o próprio grupo se define. Eu particularmente na primeira ouvida acabei torcendo o nariz, no entanto, agora pude constatar que Symbol of Life possui boas composições, como Isolate, Erased, Pray Nightfall Primal, No Celebration Self-Obsessed e The Pain. Vale mencionar ainda que Symbol of Life possui dois Covers: Xavier do Dead Can Dance e Small Town Boy que não me venho na memória sua autoria... No final das contas é óbvio que o Paradise Lost não pode ser mais considerado como um dos principais ícones do Doom Metal atual, e que muito de seus fãs do passado, não apreciam mais o Paradise Lost e creio que até mesmo Heavy Metal... Pois quantos e quantos não eram apenas adolescentes maldosos e modistas... Enfim, não importa, diria Symbol of Life poderia ser considerado como o símbolo da vida que muda com o decorrer dos anos, e que pode ser muito bem interpretado para o conceito musical que o Paradise Lost criou e transformou com o passar do tempo. (Roberto)