(NOTA: 10/10) Dizem que milagres não existem. Em meio a tantas cópias e pessoas que só tentam usurpar idéias alheias, podemos nos deparar com coisas tão intrigantes e fantásticas que, é muito difícil conter a emoção. O Prejudice sempre foi conhecido por sua brilhante capacidade de criar música extremamente brutal e absolutamente técnica, mas com Dominion of Chaos, tudo que já composto com esses adjetivos mencionados deve ser repensado e recolocado. Se você já teve idéia do significado de música transgressora, vanguardista e desafiadora, deverá começar a procurar novas palavras em seu dicionário, pois a armadilha sonora aqui criada é no mínimo algo nunca pensado por um ser humano anteriormente. O Prejudice leva todos os limites da coordenação motora, capacidade de memorização, intricacidade de ritmos e precisão a lugares nunca antes sonhados por seres com limitações humanas, mesmo em seus mais oníricos sonhos. A palavra "progressivo" fica insignificante perto de algo que possa classificar a maestria executada em Dominion of Chaos, e eu nunca tentarei achar algum termo que tenha essa intenção, pois minhas tentativas serão frustradas. Eu fico pensando qual a capacidade intelectual dos membros do Prejudice, pois suas performances no álbum são tão desumanamente imponentes, únicas, abstratas e incandescentes, que chega ser difícil não pensar em humanóides tocando tal nível de imponência sonora. Esse álbum deveria ser obrigatório para qualquer pessoa que se julga inteligente, ou ao menos, tem a pretensão de ser. Seria imbecilidade minha falar sobre qualquer música em particular, pois todas são personificações do caos em formas de notas musicais, e fazem parte do microcosmo do álbum. A única coisa que posso realmente afirmar é que Dominion of Chaos mudou meu modo de entender música brutal e técnica, e me deu certeza que ainda existe vida inteligente na Terra. Deixe-o mudar sua vida também. (Flavvio)