Ganhamos x perdemos ?

Um fantasma que virou gente

SMD´s já fazem parte de nosso cardápio !

Arme-se: lupas , pinças , luzes: vamos enfrenta-los!

Eng David M Risnik

Hoje os componentes SMD (surface mount device) já podem ser encarados com mais "naturalidade" pela classe técnica , uma vez que podemos ter como certo a tendência contínua de "miniaturização" dos circuitos . Uma pergunta nos vem a mente :ganhamos ou perdemos com esta nova tecnologia , trazendo circuitos mais complexos em tamanhos reduzidos ? De imediato é óbvio concluir que , independente de outros fatores , a manutenção destas placas ficou bem mais complicada (ou até mesmo impossivel...) comparadas as tradicionais . Lupas , boa iluminação , pinças , ferros de solda de baixa potencia ,estiletes e agulhas ja habitam a bancada do técnico experiente que se propõe a trabalhar com esta tecnologia . Na maioria da vezes até a "velha" ponta de prova de nosso multimetro já se transforma em "gigante" para possibilitar uma medição de voltagem (muito cuidado para não provocar curtos ao fazer medições com a placa alimentada !) . Extrair um CI ou outro componente SMD de uma PCI , exige além de habilidade , muita... mas muita paciência , além de ferramentas adequadas para o trabalho. Pistas de cobre com frações de milimetro , impressos multicamada , e serigrafia muitas vezes reduzida (ou ausente), exigem redobrada atenção . Os problemas , as dificuldades , a exigencia de uma boa visão , são alguns dos fatores que restringem (ou proibem...) sem dúvida aqueles que se "aventuram" por estes caminhos . Mas , como tudo na vida tem dupla face (não só os impressos...) , a miniaturização dos circuitos veio permitir uma série de vantagens e até mesmo facilidade aos projetistas (acreditem!) Basta citarmos a considerável redução na captação de ruídos pelos circuitos de menor tamanho . Pistas , fios , e componentes maiores , proporcionalmente exibem a características de serem "mais" famintos a interferencias externas (ou por outro lado , a irradiação deles !) de todas as naturezas. Além do que ,é bem mais simples blindar circuitos menores . Outra vantagem ainda dentro deste aspecto , é que podemos inserir circuitos SMD muito proximos as fontes de sinal (sensores , microfones , detetores , etc) encurtando distancias que muito melhoram a relação sinal/ruido de um aparelho. Os instrumentos profissionais , sensores/detetores , possuem estágios de amplificação interno a ponta de prova (ou de sensores) e o uso de amplificadores operacionais com grande rejeição em modo comum , permite amplificar sinais reduzidísssssimos (microvolt) com boa definição . Disponíveis também os operacionais da linha industrial (característica militar) que operam em largas faixas de temperaturas , excelente cancelamento em modo comum (um mesmo sinal é cancelado se for injetado na porta + e - ) low drift , e excursão de saída máxima atinge os dois limites da alimentação ( um operacional convencional possue corte e saturação abaixo dos pontos de alimentação do circuito) . Com isto ganhamos o que pergunta voce? sensibilidade , imunidade a ruido , operação bastante confiavel em qualquer temperatura e voltagem (limites maiores) . Como estes circuitos são inseridos "dentro" de sensores ? ....simples: pela utilização dos circuitos impressos "flexiveis" , que depois de montados/testados, são literalmente "enrolados" para serem inseridos no local onde vão operar (muitas vezes tubos com poucos milimetros de diametro. O próprio circuito impresso se transforma em "flat cable" (cabo multivias condutor de sinais) que "leva" a informação ja trabalhada ao mundo exterior da ponta . Muitas vezes (quase sempre) esta montagem é ainda "resinada" impedindo a entrada de umidade , e tambem a intromissão de "bisbilhoteiros" ...rs Como trabalhar nestes circuitos ? nem pensar: impossivel ! eles são "empacotados" desta maneira dentro de rigorosos testes de confiabilidade , porem... quando surgir um problema teremos uma unica saida: o lixo ; aqueles com espirito mais faminto (me incluindo nesta ...), terão o alibi para realizar uma "biopsia" e com boa sorte "xeretar" o conteudo , e com uma dose maior de paciencia, reproduzi-lo em tamanho gigante...rs Falei dos operacionais , mas já é quase que obrigatoria a presença dos "microprocessadores" , até mesmo nos mais simples . Executando uma rotina (software) , os micros permitem a tomada "inteligente" de decisões que meros amplificadores não possuem (são escravos). Dentro dessas decisões inteligentes , podemos citar : descartar sinais absurdos (seleção da viabilidade da informação) , média aritmética (estatistica) dos sinais (redução do êrro instantaneo) , etc.

São Paulo-SP/ Brasil

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