Em Exercícios de Estilo, Raymond Queneau conta 99 vezes a história de um cara pescoçudo em um ônibus ao meio-dia.
Aqui vai o estilo "Lacanês", proposto por Polá Scalzo.
LacanêsMeio-dia mais um minuto, o sujeito encontrava-se barrado pelo trânsito numa cadeia de significantes congestionamentos, num ônibus da linha S. Notou, à posteriori, um outro cara, grande. As pessoas subiam e desciam, subiam e desciam, histericamente, formando um nó na passagem. Foi quando ele disse: "Ma teima! Ma teima! Ele teima em usar esse chapéu ridículo!". Concluiu obcecado: "E que pescoço!", e forcluiu-se.
Após um tempo, é lógico, reviu aquele fantasmão pescoçudo em frente à estação de metrô próxima à Rue de Lille n. 5. O grande estava com seu arzinho de Super Eu, apontando pro botão do sujeito. "Corta!"- berrou.
É isso.
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