O mundo foi contaminado pelo invisível nos
ultimos anos.
Na sua busca por seres de outros mundos, até
agora invisíveis. Na identificação do virus da aids,
invisível a olho nu para quem está nu. Na ligação
dos satélites aos computadores. Nas ondas sonoras de radio e telefonia
celular, Nas moléculas do DNA, nas vitaminas e na bioquimica. Nas
ondas do coração de oração e meditação
para a cura planetária e interior.
O mundo tornou-se Virtual, onde muitos estão
sendo convidados a acessar essa nova sintonia.
A realidade hoje é o espetáculo da
cultura. A ostentação das posses e rostos sorridentes.
A delimitação de custos e beneficios.
A exposição do ventre, dos seios e bundas. A fusão
de grandes empresas em mega empresas. A identidade numérica do cartão
de crédito e o Ranking dos 10 mais.
O mundo tornou-se Espetacular, onde muitos são
espectadores e sonham ser parte do espetáculo.
Entre o invisível e o espectador, entre o
real e o virtual, existe algo.
A Espetacularização do Invisível
e a Virtualização do Real trazem em si sua platéia
e sua desconstrução.
Mas trazem também o que os alimenta, e assim
nos nutrimos.
Entre eles há algo:
HÁ O SILÊNCIO DO CORAÇÃO
HÁ O OCEANO DOS SENTIMENTOS
HÁ O CÉU DOS SONHOS
Entre eles há algo
HÁ O DESERTO DA PAIXÃO
HÁ O VULCÃO DA CONQUISTA
HÁ O HÚMUS HUMANO
Enfim,
HÁ O AMOR
QUE MORRE
E QUE MUDA
A VIDA
QUE É ESPETACULAR
(nas suas manifestações
e aparências)
HÁ O AMOR
QUE RENASCE
E QUE MUDA
A VIDA
QUE É INVISÍVEL
(na sua perpetuação e essência)
Leandro Augusto Parolari Fernandes, psicólogo
terapeuta corporal