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Este ícone do século XVII, da escola de Moscou, mostra como
os ícones permaneceram fiéis a si mesmos através das
mudanças de tempo e estilo.
As primeiras imagens de Cristo datam do século III e foram encontradas nas catacumbas de Roma. Os mosaicos do século V em Ravena retratam-no como uma figura de Apolo imberbe, embora alguns mosaicos do fim do século IV em Roma já o descrevam com barba. Do século VI em diante, Cristo é sempre apresentado barbado e com as mesmas feições, como o majestoso e solene Pantocrátor, "aquele que mantém a existência de todas as coisas". Veste roupas gregas e segura um livro adornado com jóias, aberto ou fechado, enquanto abençoa com a mão direita. Quem é Jesus cristo? É a pergunta fundamental do cristianismo. A Igreja dá sua resposta por intermédio dos primeiros concílios, examinando profundamente o mistério da Trindade e definindo a natureza divina e humana da pessoa única de Cristo. O ícone do Pantocrátor expressa em todos os aspectos a manifestação do Deus transcendente que assume as características humanas. Cristo aparece como criador de tudo o que existe, junto com o Pai e o Espírito Santo, como diz são Paulo: "Ele é a imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda criatura, porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra..." (Cl 1,15-16). |