Lenda:Lenda
do Fogo
Técnica:óleo / tela e adornos
Data: 2000
Dimensões: 80 x 70 cm
Valor: 2 x R$ 195,00
Na terra dos cainguangues ninguém sabia como fazer fogo, portanto ninguém dele se beneficiava. Apenas Minarã, um índio de raça estranha, que o mantinha em sua lareira., zelado por sua filha, Iaravi, que o guardava como a um tesouro. Os cainguangues não se conformavam com esse egoísmo de Minarã. Até que um dia um jovem, inteligente e ardiloso, Fiietó, decidiu descobrir o segredo de Minarã. Transformou-se em uma gralha branca e foi até o local onde estava a cabana em cuja lareira o fogo ardia. Ali encontrou Iaravi banhando-se no rio goio-Xopin. Então, atirou-se na água e se deixou levar pela correnteza em direção à formosa índia. Ela viu a pobre gralha encharcada e a recolheu, levando-a para junto da lareira. Tão logo suas penas de ave secaram, Fiietó pegou uma brasa com o bico e fugiu. Mais adiante, pousando no galho de um pinheiro, reavivou a brasa e com ela pôs fogo em uma grimpa. Como o ramo era muito pesado, era difícil transportá-lo com o bico, e ainda com o vento aumentando ainda mais a chama. Fieetó decidiu arrastá-lo pelo mato, e , por causa disso, acabou provocando um incêndio espetacular. Durante dias as noites ficaram claras como o dia, com o fogo se alastrando pelas florestas. Todos os índios da região foram ver o incêndio, aproveitando para levar tições para suas casas, que desde então passaram a ter suas próprias fogueiras sempre acesas. Depois do incêndio, extensas áreas de florestas viraram os campos que hoje conhecemos: os Campos Gerais, os campos de Palmas e os campos de Guarapuava.