A Chegada de Mariana
Subindo a minha rua à caminho de casa, vejo uma figura desconhecida, representante do sexo feminino. Ela parecia ser muito bonita. Talvez um pouco mais nova que eu, que acabara de fazer 15. Tentação demais! A distância era de uns trinta metros. "Uma garota estranha na redondeza! E bonita! Estou me aproximando dela. Opa! Ela entrou no meu prédio. Não pode ser. Não, tem que ser." Apresso ainda mais o passo para tentar pegar o mesmo elevador. "Não vai dar, vai dar, deu!" Agora uma rápida pausa: por que é que eu tenho que fazer tudo no nosso prédio? Como se já não bastasse eu ter sido o primeiro a conhecer as Gêmeas, a Flávia, a Tatiana, a Cláudia, a Michele, a Sabrina. O que é que fazem os outros garotos do prédio? E o pior é que eu conheço, apresento e arranjo os outros. Pra mim que é bom, nada. Com a Mariana não podia ser diferente. -Você mora aqui? Foi a primeira coisa que eu falei, ao ver ela apertar o décimo-primeiro andar. -Sim. A gente mudou pra cá há pouco tempo. Dois dias depois, mesmo sem ter certeza da idade dela, subi ao 11° andar a fim de chamá-la para descer. Mariana não estava, mas Rodrigo, seu irmão, veio conhecer o pessoal. Ele até que se mostrou um cara simpático. Um registro interessante é que, naquela noite, ele bateu um recorde: conseguiu me dar duas cacetadas em cinco segundos: -A Mariana foi para o inglês, na saída ela deve passar na casa do namorado. Você encontrou com ela voltando da ginástica ou da faculdade? |