Quando os Perebas
se Divertem

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Três horas de quinta-feira. Enquanto espero o voleizinho esperto, marcado para às quatro e meia, ouço gritos e guinchos vindos do play, e olho para ver o que está acontecendo. Não é nada de mais: são os perebas jogando vôlei (ou tentando). Então, como estou sem porcaria nenhuma para fazer, coisa que acontece com bastante freqüência, pego uma caneta e começo a escrever uma crônica. O título? Quando os perebas se divertem.

Com um pouco de observação, concluí algumas características que diferenciam o jogo deles dos jogos normais:

Fato1:    pouco ou nenhum interesse pelo jogo
Causa: o fato 1 foi verificado pela interrupção do jogo cada vez que acontece qualquer coisa insignificante, como um avião passando ou uma freada forte na rua. Todos largam a bola e correm afoitamente para ver o que aconteceu. Obs: Essa é a única possibilidade de haver passos de corrida.

Fato 2:    A altura da rede é ridiculamente baixa
Objetivo: Facilitar a passagem da bola de um campo para o outro, coisa que raramente acontece.

Fato 3:    Não são marcados, em hipótese alguma: rede, conduções, bandejões, dois toques e invasão
Objetivo: Evitar que o jogo seja interrompido antes mesmo de começar.

Fato 4:   Os perebas não se importam em ganhar, e acham graça de qualquer besteira que alguém faça.
Conseqüência: Eles não param de rir, pois ninguém leva nada a sério.

Por motivos de força maior (entenda-se paquera), já joguei algumas vezes com eles, mas me arrependo logo depois, quando lembro do que acontece: o jogo pára de dois em dois minutos porque alguém isolou a bola. Logo quando o jogo reinicia, alguém erra a manchete e isola a bola de novo, se desculpando às gargalhadas, pela décima-oitava vez.

É por essas e outras que acho que o melhor lugar para mim é aqui, escrevendo essas besteiras enquanto espero eles desistirem de jogar.


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