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Notas de Produção - Saiba Tudo Sobre "Vozes do Além"

Após anos de pesquisa, o Roteirista Niall Johnson (THE BIG SWAP) e os cineastas de VOZES DO ALÉM elevaram o mundo de POLTERGEIST — O FENÔMENO e O CHAMADO a um nível mais perturbador neste novo thriller sobrenatural. Quando perguntados sobre o que mais os atraiu ao roteiro de VOZES DO ALÉM, o Diretor Geoffrey Sax, os astros Michael Keaton (BATMAN, O JORNAL, MORANDO COM O PERIGO, BATMAN — O RETORNO, DONA DE CASA POR ACASO, EU, MINHA MULHER E MINHAS CÓPIAS, MEDIDAS DESESPERADAS, MINHA VIDA, FÁBRICA DE LOUCURAS) e Deborah Kara Unger (HURRICANE — O FURACÃO, VIDAS EM JOGO, CRASH — ESTRANHOS PRAZERES, ACERTO DE CONTAS, SUNSHINE — O DESPERTAR DE UM SÉCULO, A SOMBRA DE UM HOMEM), e o Produtor Paul Brooks (A SOMBRA DO VAMPIRO, CASAMENTO GREGO), deram a mesma resposta: “A idéia da possibilidade de se comunicar com um ente querido falecido e a questão de o que faríamos para ter essa oportunidade, o que arriscaríamos para manter esse contato”. Geoffrey Sax, de uma linhagem de diretores premiados da BBC que estão fazendo a transição da TV para o cinema, continua: “É uma idéia fascinante. Acho que 99 em cada 100 pessoas não perderiam a chance de passar 30 segundos com alguém que não está mais entre nós. Muitos dariam até um ano da sua vida por isso. Eu também daria!”.
Depois de ler o roteiro de VOZES DO ALÉM, Michael Keaton lembra de uma conversa que teve com Geoffrey Sax e o Produtor Paul Brooks: “Nunca havia pensado sobre o assunto, mas quando os dois começaram a me contar suas histórias de quando perderam seus pais, de como eram ligados a eles e o que dariam para poderem ter contato com eles, mesmo que por apenas três segundos, fiquei fascinado e percebi que deve ser um desejo universal”. Além de um thriller paranormal instigante e surpreendente, Michael Keaton viu no roteiro a chance de contar uma história atemporal sobre um homem simples numa jornada extraordinária em busca de respostas num território desconhecido e potencialmente perigoso. O que tornou o personagem tão atraente para ele foi a deterioração e destruição quase que total que ele enfrenta à medida que vai se tornando cada vez mais obcecado por algo que a sua mente objetiva de arquiteto não consegue compreender, mas que sabe que é real. “Vemos Jonathan Rivers começando uma nova vida depois do fim de seu primeiro casamento. Ele encontra a mulher de sua vida e quando as coisas vão se acertando, ela morre. É uma segunda perda em pouco tempo, e aí vemos a degradação dele e o terror que assombra a sua vida enquanto ele luta para ter acesso ao outro mundo e manter os últimos vestígios de sua sanidade”, conta o ator.
A personagem de Deborah Kara Unger, Sarah Tate, perdeu seu noivo recentemente e se utiliza do FVE para tentar contatá-lo. A atriz observa: “Sarah e Jonathan têm um objetivo em comum, o desejo de ajudar outros que se sentem desolados a compartilharem desse presente de luz e esperança. Mas eles não sabem que estão brincando com fogo e essa viagem kafkiana acaba dando uma virada inesperada e aterrorizante”. Para que o público embarcasse nessa árdua viagem, Geoffrey Sax sabia que era crucial que eles se envolvessem com Jonathan Rivers, pelo menos, em algum momento do filme, como observa: “O personagem central é o mais importante e tínhamos que investir nele. O público tinha que gostar dele e querer ir com ele aonde quer que fosse, mesmo que para dentro de um redemoinho de terror, do contrário não haveria filme”. Para o Diretor Geoffrey Sax e para o Produtor Paul Brooks, a pessoa certa para o papel era Michael Keaton, por ser um ator completo e talentoso o bastante para fazer com que o público se envolvesse com ele. “Durante uma cena, Jonathan está sozinho no quarto depois do enterro da esposa. Até esse momento ele não havia demonstrado muita emoção com a morte dela. E mesmo nessa cena não há demonstração de desespero, porque não o queríamos sufocado por auto-piedade. Acho que muita gente fica quieta quando lida com a dor. Michael compreendeu isso e retratou esse estado perfeitamente”, revela Sax. O ator comenta: “O público vai sentir pelo Jonathan o que sentiria por qualquer um na situação dele. E também vai gostar dele porque é um cara bom. Eu tinha que fazer um personagem com o qual o público pudesse se identificar e sentisse vontade de estar na pele dele”.
Geoffrey Sax sabia que o visual e a atmosfera de VOZES DO ALÉM eram elementos-chave para contar a história, para definir as trajetórias do personagem e para se manter fiel à idéia de um filme sobrenatural. Ele contou com o apoio da equipe de desenho de produção para traduzir visualmente a descida gradual de Jonathan para um território obscuro e perigoso. O diretor acredita que segurar a atenção visual do público é parte importante da experiência de assistir ao filme e como esta produção não conta com efeitos especiais multimilionários, ele tratou de abordar a produção de uma forma cuidadosamente sintonizada e bem trabalhada. Para ilustrar ainda mais a decaída emocional e mental de Jonathan e para levar essa idéia às áreas de produção do filme, Geoffrey Sax manipulou habilmente a palheta de cores. A luz, a tinta usada nos cenários e as roupas dos personagens foram todas manipuladas intencionalmente, como exemplifica o diretor: “No começo do filme, a casa de Jonathan e Anna tem cores pastéis aconchegantes e eles usam roupas confortáveis, também em tons pastéis, e tudo brilha porque eles são um casal perfeito, com coisas boas acontecendo. Casa bonita, tudo bonito. Mas depois tiramos toda a cor do filme, como se ela fosse se esvaindo da vida do Jonathan; a cor escorre para fora do filme. Quando ele se muda para outro apartamento e está no meio de sua obsessão pelo FEV, tudo é muito geométrico e angular, tudo muito frio. Conforme cresce a sua obsessão, o lugar ficar mais desorganizado e ele vai ficando mais desleixado”. Ele finaliza: “Também trabalhamos muito a própria película depois que filmamos para transformar as cores de um estado belo, brilhante e ensolarado em tons cinzas e frios”.
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