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Projeto de PesquisaDesenvolvimento de Software para realização de Terapia Infantil
TEMA: Software relacionado à terapia infantil,
possibilitando um atendimento diferenciado, onde a criança não necessite
constantemente estar presente no consultório, tornando a terapia uma coisa mais ativa, integrando sua realidade atual ao próprio
atendimento tornando a terapia mais ativa e estimulante. JUSTIFICATIVA: O processo de desenvolvimento no caso da psicoterapia deve-se
iniciar com o processo de compreensão da personalidade do paciente, no caso do
psicodiagnóstico infantil, inicia-se a partir dos relatos de
pessoas, geralmente os pais, a respeito do cliente, sendo a coleta de
dados processo necessário para a compreensão efetuada pela utilização, ou não,
de técnicas e instrumentos específicos. O presente projeto pretende demonstrar
como o computador pode vir a auxiliar na Terapia Infantil agindo como
coadjuvante. Segundo Konichi uma
das técnicas utilizadas em psicoterapia é a entrevista de devolução de
informações, onde o objetivo é comunicar ao paciente os resultados obtidos
durante o processo. E é daí que surgem os problemas ao se tratar de
psicodiagnóstico infantil, pois muitos profissionais argumentam sobre a
necessidade de se utilizar com crianças uma linguagem a elas mais acessível
para auxiliar na explicitação e compreensão dos assuntos a serem abordados na
terapia, podendo assim a proposta abordagem ser feita através do computador. Konochi
ainda sustenta que durante sua experiência em clínica e como supervisora,
muitos dos casos de devolução de informações deixaram de cumprir sua meta por
traduzir em si um diálogo de um adulto conversando com uma criança, ou por ser
compreendido somente do ponto de vista intelectual, mas ela também coloca que
quando compreendido pela emoção ocorre com grande sofrimento. A proposta então estaria em realizar essa
devolução de informações de forma lúdica, por meio da interação criança –
computador, e até mesmo o feedback para os pais via Internet, tendo em vista
uma comunicação mais rápida dispensando a presença no consultório, que por
diversas vezes é um grande fator de abandono da terapia seja por desmotivação
da criança, devido ao ambiente fechado e desestimulante ou impossibilidade de
tempo por parte dos pais. Realizando a terapia de forma lúdica e
não obrigatória, cuja a presença no consultório não se
torne essencial, pretende-se gerar um fator de motivação e levar a criança a expressar sua próprias
verdades concientizando-se delas. Baseando-se também nas teorias de Jean
Piaget, considerado um dos teóricos mais importantes dos estudos sobre
desenvolvimento cognitivo, que de acordo com Newcombe (1999), Piaget via o
desenvolvimento como um produto da interação entre biologia e experiência, via
as crianças como tendo um papel ativo na construção de seu mundo, o que ele
considerava essencial para o crescimento cognitivo da criança. Sendo assim podemos levar a criança a
interagir com o Terapeuta de forma que expresse seu mundo por meio do
computador, ferramenta que atualmente faz parte do desenvolvimento infantil. A
criança encontra –se exposta à universalização da informação e tem que aprender
desde cedo a lidar com a rápida evolução e transformação da sociedade devido à
larga demanda tecnológica da era atual. Piaget propôs uma seqüência de quatro
estágios de desenvolvimento: 1) o estágio sensório-motor (0 a 18 meses); 2) o
estágio pré-operatório (18 meses a 7 anos); 3) o
estágio operatório concreto (7 a 12 anos); e 4) o estágio operatório formal (12
anos ou mais). Para Piaget a transição de um estágio para o próximo implica em
uma reorganização fundamental do modo como o indivíduo constrói, ou reconstrói,
e interpreta o mundo. Visto que todas as crianças normais atravessam
os estágios na mesma ordem. Nenhuma criança salta um estágio, isto porque, cada
um deles é construído sobre as realizações do estágio anterior e delas se
deriva. As novas capacidades cognitivas são somadas ao que já havia sido
conquistado. Podemos formular como então seria o uso do computador nas
Psicoterapias infantis, adaptando funções para cada um dos Estágios seguintes: Estágio Pré-Operatório – a marca registrada desta transição é a
existência de representação mental; a criança adquire a capacidade de pensar
sobre objetos e eventos que não estão presentes no ambiente imediato – de
representar estes objetos em figuras mentais, som, imagens, palavras ou outras
formas, partindo desta hipótese podemos utilizar o programa TIA (Terapia
Infantil Avançada), formulando jogos, para que o paciente possa estar
desenhando, brincando e assim transpassando ao terapeuta suas experiências, a
forma como vê o mundo a sua volta. Estágio Operatório Concreto – uma característica deste estágio é a
capacidade de engajamento em operações mentais que são flexíveis e
completamente reversíveis. Pode ser proposto baseado neste estagio além de
jogos que analisem o nível de desenvolvimento intelectual, a confecção de
desenhos, a interação por meio de um Chat fechado com outras crianças e com o
próprio terapeuta. Estágio Operatório Formal – aqui a criança desenvolve a capacidade de
raciocinar sobre problemas hipotéticos; sobre o que pode acontecer, assim como
problemas reais; e a pensar sobre as possibilidades tanto quanto sobre os
fatos. Um dos principais aplicativos desenvolvidos aplicados a esse estágio
seria “um bichinho virtual”, além de todos os outros aplicativos propostos já
anteriormente. Analisando a interação da criança com o
computador na era atual, podemos destacar uma série de fatores
motivadores.Segundo Peluso o uso do computador: permite a criança ensaiar e
errar, ter a sensação de ser protagonista; de ser ela quem domina a situação. A
criança se desafia se confronta, por meio do computador que também permite que
ela visualize conceitos inclusive formais, graças a
presença da possibilidade de representação gráfica, pode simular situações.
Fatores que tornam o computador um importante meio de desenvolvimento da lógica
e da aprendizagem, vantagens essas que podem ser utilizadas na psicoterapia. Podemos respaldar o uso do computador na
psicoterapia infantil, pois ao pensar os modos de existir, a
subjetividade na sociedade atual, estamos fadados a levar em conta os
veículos de comunicação existentes, visto que essa tecnologia atual se acopla
aos esquemas de significação da sociedade. De acordo com Cleci Marschin em seu
artigo: “Subjetividade e novas tecnologias” “a assimilação à coleção de esquemas prévios de significação
tem relação com a tecnologia cognitiva utilizada. O esquema de
significação ( ação ou conceituação) não
se institui somente dentro da mente do sujeito (organização), mas pressupõe um
acoplamento exterior adaptação. A tecnologia transforma os próprios esquemas de
significação já que altera toda a ecologia cognitiva.” Com base nos pressupostos acima, da
grande difusão dos meios de informação (computador) na sociedade e na grande
difusão destes meios na ciência psicológica, se propõe a adaptação do
computador na psicoterapia infantil. OBJETIVO GERAL: Procurar estabelecer um vinculo entre a
psicoterapia infantil e a tecnologia atual, tornando assim a terapia mais
motivante atuando como coadjuvante do terapeuta. OBJETIVOS
ESPECÍFICOS: O programa TIA (Terapia Infantil
Adaptada) visa: ·
Auxiliar o terapeuta no recolhimento de dados
relevantes para o psicodiagnóstico. ·
Agir como agente facilitador na relação paciente-terapeuta. ·
Proporcionar interação e integração entre os pacientes. ·
Possibilitar ao terapeuta interagir com o paciente on-line ·
Aplicação de testes e fornecimentos dos resultados. ·
Possibilitar um arquivo informatizado, com histórico e
desenvolvimento da terapia. ·
Incentivar a permanecia das crianças durante o tratamento devido
ao seu caráter lúdico. ·
Atuar como vínculo entre o terapeuta e a criança ·
Diminuir os encontros presencias, os tornando esporádicos. ·
Relacionar a terapia à tecnologia atual. METODOLOGIA: Uso do software TIA como coadjuvante na terapia infantil de 04 à 14 anos se propõe contenham: ·
Jogos interativos, para analisar os níveis de
desenvolvimento, do raciocínio, da criatividade e da capacidade de resolver
problemas. ·
Identificar o nível de inserção social da
criança na sociedade atual. ·
Aplicação de testes infantis via computador ·
Salas de bate-papo reservadas aos pacientes da
clínica, divididas por faixa etária, onde há um total controle de acessos e
diálogos, com a finalidade de gerar um posterior banco de dados para a analise. ·
Possibilitar a proximidade do terapeuta com a
família. ·
Verificar a capacidade de realização de
deduções hipotéticas, como de reversibilidade, e pensamento concreto. ·
Analisar o nível de desenvolvimento do senso de
responsabilidade, por meio da criação de animais virtuais. ·
Proporcionar a criação de desenhos e histórias
afim de analisá-los.
AVALIAÇÃO
Pretende-se avaliar se os objetivos ao projeto foram alcançados por meio de questionários estruturados com questões fechadas, aplicados através de computadores, entrevistas e presencialmente com os participante gerando uma mesa redonda.
BIBLIOGRAFIA NEWCOMBE, N. Desenvolvimento Infantil: abordagem de Mussen. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. Psicologia e
Educação. I. COLL, CÉSAR. II. PALÁCIOS, JESUS III. MARESCHI, ALVARO. Desenvolvimento Psicológico e Educação:
Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1996. V. 2 PELUSO, ANGELO. Informática
e a afetividade . Bauru: Edusc,
1998. ARTIGOS: CLECI MARASCHIM, Subjetividades
e Novas Técnicas; KONICHI, Dos Contos de
Fadas para a Realidade;
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