Sindicância de Cravinho Repete Diagnóstico da Inspecção Terça-feira, 27 de Março de 2001 A sindicância mandada instaurar à JAE em 1998 pelo antigo ministro do Equipamento Social, João Cravinho, além de traçar também um retrato pouco abonatório da Direcção do Serviço de Pontes (DSP), insiste numa medida já muito sublinhada pela inspecção-geral do ministério de Ferreira do Amaral em 1994: é preciso estabelecer normas para a fiscalização da construção, conservação e inspecção periódica das pontes e outras obras de arte. O relatório da sindicância ordenada por Cravinho fala na "inexistência de um inventário das obras de arte e de um sistema de gestão global", que "tem provocado acções desintegradas com repercussões graves ao nível da capacidade de resposta da JAE". E aponta três problemas principais à DSP: a "insuficiência de meios humanos" (apenas oito), a "má preparação técnica" e "a quase inexistência de meios técnicos". O documento refere como "imperioso" tomar três medidas: "Fazer um inventário exaustivo sobre as necessidades em termos de conservação das obras de arte existentes, perspectivar os custos de reparação de cada uma delas em função das deficiências detectadas e calendarizar as acções inspectivas e definir o grau de profundidade das mesmas." A sindicância remete para as conclusões da inspecção realizada pelo Ministério de Obras Públicas, Transportes e Comunicações em 1994 (ver texto principal) e conclui: "Desde então, e apesar daquela acção inspectiva, as deficiências detectadas mantiveram-se ou, nalguns casos, agravaram-se no plano dos procedimentos concursais." I.B. Publico