<%@ Language=VBScript %> Dados Gerais da Serra do Pará - Santa Cruz do Capibaribe/PE

 

Venha curtir essa obra da Natureza. Vale a pena!

 

MONUMENTO NA CAATINGA

Pedra do Pará, 

festa para os olhos

 

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Mais fotos da Pedra do Pará

 

  • Localização: Serra do Pará, maciço da Borborema, proximidades da vila do Pará, distrito de Santa Cruz do Capibaribe, em plena caatinga no agreste setentrional de Pernambuco;  

  • Comprimento da pedra: 300 m, aproximadamente.  

  • Área da pedra: De  4000 m2 a 5.000 m2;.

  • Distâncias: para a vila do Pará, de onde pode ser vista a pedra a olho nu: 3 km; da sede do município: 22 km em estrada de barro em condições razoáveis; do Recife: 208 km.

  • Acesso: por caminho arenoso, cheio de pequenas pedras em face da erosão no período chuvoso.

  • Panorama: O visual da gigantesca pedra encanta os olhos à medida que se sobe ao cume da rocha. A cada passo a ladeira fica mais íngreme, exigindo mais esforço. No final, duas alegrias compensam o sacrifício: a sensação de ter vencido a caminhada, e a linda paisagem descortinada. De lá podem ser vistos ao pé da serra a vila do Pará e o desenho de muitos imóveis rurais numa região onde predominam as planícies e as pequenas propriedades.  

  • Em cima da pedra:  Há um cruzeiro em madeira, marco religioso, com cerca de quatro metros, erguido sobre uma base de alvenaria, onde se encontra num nicho uma imagem de São Sebastião. Esse pedestal é o mirante da Serra do Pará.  Dele, a olho nu, tem-se uma visão panorâmica da região e, sobretudo à noite, de Santa Cruz do Capibaribe, que, de tanto crescer, parece ficar bem à vista do observador. 

  • Festa: a cada dia 20 de janeiro é celebrado o festejo em louvor a São Sebastião. Na véspera, a comunidade local, em épocas passadas subia à pedra para trazer ao arruado o andor do santo. No dia seguinte, em procissão festiva, conduzia a imagem de volta a seu lugar em cima da pedra, ao som de uma  zabumba (banda de pífano) e da Banda Musical Novo Século de Santa Cruz do Capibaribe. Em cima da rocha, havia missa e, depois, festa profana com retretas, passeios, barracas de comidas e bebidas, além de muita animação por todo o dia. Hoje ainda se realiza a festa, mas sem a procissão e o brilho de outrora.

  • Traços históricos: Cavernas: A principal fica na encosta norte, com altura de 2 a 5 metros, e cerca de 50 metros de extensão. Outras podem ser encontradas. Segundo tradição local, essas furnas foram habitadas por indígenas e depois freqüentada por onças e outros animais selvagens.

  • Sítio: Ao lado da caverna principal, espécie de abrigo, com subida de cerca de 300 metros, tem mais de 100 pinturas rupestres. São grafismos de povos antigos.

  • Atrativos: Os achados históricos têm sido vistos com freqüência por visitantes deste e de outros estados.  

  • Potencialidades: Exploração de sítio histórico, hotel de campo (nas proximidades da serra); práticas desportivas, centro de lazer, turismo e fonte de renda.

  • Preservação: Tombamento: A Serra do Pará e todo o seu acervo precisam, pelo menos, ser tombados com brevidade para preservar o  valioso patrimônio histórico. 

  • Dormida - Pode-se dormir em Santa Cruz do Capibaribe ou em cima da própria rocha para visualizar melhor o panorama.

Nota: "Com sua riqueza em pinturas rupestres, esta é uma área que comportava sítios de adequados abrigos para primitivos habitantes.Todas as expectativas são válidas para descobertas que podem ser importantes nesses locais". (trecho de relatório de visita feita em novembro de 1999, por técnicos de Engenharia de Minas da UFPE). Conclui o citado relatório: "esse potencial histórico do município de Santa Cruz do Capibaribe, ainda não explorado, merece a mais acurada atenção". 

 

Texto editado com a colaboração de Lenildo Moraes Aragão, santa-cruzense residente no Recife, que conheceu e aprendeu a amar a Serra do Pará desde a década de 40, quando morou, em sua infância, no então povoado do Pará. Há pouco tempo, deliciou-se com a aventura de subir até ela, de que resultou este relato. Seu irmão, Lenivaldo Aragão, veterano jornalista no Recife, também muito se encanta com a serra, a ponto de agigantar seus olhos meio fechados quando a contempla.

Técnicos - Eldemar de Albuquerque e Jorge João R. Ferreira


Outro assunto

 

 

Banquete dos Mendigos (Memória)

 

         O Sr. Dorim França, um dos primeiros donos de hotel em Santa Cruz,  gostava muito de promover festas em seu hotel que ficava no início da Avenida Padre Zuzinha. Entre os eventos anuais, havia no mês de janeiro seu aniversário e o curioso Banquete dos Mendigos. Banquete mesmo no melhor estilo, oferecido aos mais pobres do lugar: cegos, aleijados, pedintes em geral, que viviam um dia de festas e de fartura na mesa, em contraste com sua vida de tristeza e de miséria. Como o almoço era feito em plena via pública, tantos eram os convivas. ficava patente para muitos, que assistiam ao festim com uma pontinha de inveja das iguarias servidas, a vaidade daquela promoção.  Mas hoje, passados tantos anos, a gente fica a refletir no seguinte: banquetes são oferecidos, em regra, a pessoas de destaque que, de uma forma ou de outra, podem retribuir, dando algo em troca. Mas pedintes que podem oferecer de volta, a não ser a mão estirada a pedir mais esmola, além de um Deus lhe pague? Diante disso, a grandeza desse gesto devia anular, sem dúvida, alguma vaidade de quem o promovia  São registros de Santa Cruz do passado.    

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Atualizada em 28/06/2004