OPINIÃO:

Quem não foi vitima da papelada e da burocracia?

 

       PAPELADA E BUROCRACIA

       Festival de papéis

 

 

 

  Muito papel é típico do setor público, mas isso pode ocorrer também no setor privado, Se banco fosse repartição pública, o cheque seria emitido em sete vias com esta destinação:

  • Primeira via - Contabilidade - por ser a mais legível

  • Segunda  "   - pagador - comprovante de caixa

  • Terceira    "   - Tesouraria - controle financeiro

  • Quarta       "   - Auditoria - controle interno

  • Quinta        "   - Banco Central - controle externo

  • Sexta         "   - Matriz - supervisão

  • Sétima       "   - Emitente - que também é filho de Deus

    Empenhos-ordem-de-pagamento, que dão origem a saques, semelhantes a cheques, têm, em geral, nove ou mais vias. De tantas cópias não depende a eficiência no controle, com certeza. Ao contrário, pode complicá-lo, a esconder fraudes e corruptos. Não se sabem se é o excesso de papéis que traz burocracia demais ou se é o inverso. Talvez uma pesquisa burocrática ache a verdade.

 

Au-Au 

 

    Os despachos oficiais em processos administrativos têm muita indecisão e papéis. A seqüência do clássico "a Fulano de Tal para opinar, que faz lembrar carros da Polícia, pode jogar a decisão para o dia de são nunca.

 

Exigências

 

    Certas repartições públicas promovem duros vaivéns de usuários entre seus corredores. Exigem cópias de documentos por elas emitidos e/ou arquivados. Parecem ignorar um dos fins básicos da burocracia: eliminar papéis.

    Muitas vezes, exumam velharias nessa busca inútil, até atingem idosos -- cuja aposentadoria já foi julgada e validade -- quando esses mofos são deles exigidos.

 

Opostos

 

    Bancos se opõem a entidades burocratizadas, em matéria de prestação de serviços. Eles usam o mínimo de papéis e exigem decisões rápidas. De fato, uma coisa não admite as características de seu contrário -- ensinava Platão no século V.a.C.

    Existem, é verdade, muitas agências bancárias impondo filas maçantes ao público. Mas isso é outra história. Não depende do serviço em si. Vem da ganância de lucros a economizar bancários.

 

Simplicidade

 

    Nada impede que no setor público papéis de receita e de despesa, à semelhança do que ocorre em bancos, sejam emitidos com um mínimo de vias e até em uma única via, com destaques para os interessados. Isso não afetaria o controle. Basta ver onde este é mais eficaz: nas repartições públicas ou nos bancos, ou seja, com muito ou pouco papel. Papéis em excesso, com certeza, prejudicam o controle e favorecem à corrupção.

 

Esperança

 

    Nem tudo está perdido no setor público. Caso se trate do pagamento de impostos ou de algo, o negócio costuma ser eficaz. Claro, é questão vital. Ninguém, em regra, tem problema em apenas pagar essas coisas, senão a eventual demora em fila de caixa. Na hora, porém, de recorrer a outros serviços, pode vir o bode. A exceção prova a viabilidade do simples em nível global.

 

Implosão

 

    É preciso explodir no império da burocracia imenso petardo que, ao contrário da bomba de nêutrons, destrua estruturas burocratizadas em excesso e mantenham a vida e o emprego das pessoas. Esse explosivo seria a correta utilização da informática.

 

Perguntas finais

 

    A quem servem mais a burocracia em excesso e o papelório? À corrupção ou à incompetência?

 


Carros de Polícia - Veículos que costumam emitir por onde passam sinais de advertência por meio do som "au-au", pelo são conhecidos.

 

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Página revisada em 04/04/2004