Sábado, 24 de junho de 2000:
- Voltamos ao Iguatemi, para mais um encontro inesquecível. Este foi mesmo matador! Agradecimentos à amicíssima Karina, como diz o Esdras, que tomou a iniciativa de reunir o pessoal. Falando no pessoal, compareceram: Karina, Igor, Leandro, Esdras, Wilson (o Gemada, nosso grande amigo lá da escola), Cecília, Micheline, Deiane, Duílio, Victor, Gabriel, Davi cabeludo, Bruno, Rafael, Jacques e... Juba! É, a Juba foi com a gente, como convidada especial. A idéia foi boa, é mesmo uma pena que tudo tenha acabado em catástrofe. Catástrofe? Sim, a Juba fez uma declaração que foi como um punhal nos atravessando transversalmente o peito, atingindo em cheio nossos corações. Mas, sigamos a ordem cronológica dos acontecimentos, deixando para falar desse ataque violento na hora certa. Os primeiros a chegar foram: Igor, Leandro, Esdras e Karina, necessariamente nesta mesma ordem. Passados uns dez minutos da hora marcada, ou seja, 16h, o telefone celular do Esdras tocou, e eram as jovens Cecília e Micheline, que, por sua vez, avisaram que demorariam ainda um pouco a chegar. Frente a este problema, decidimos que, assim que o Wilson chegasse, partiríamos dali, a porta da Bon Bon Box, e ganharíamos o restante do shopping. E foi o que fizemos: nos pusemos a caminhar. Foi mais ou menos aí que o Victor apareceu. De repente, fomos tomados por uma inesperada sede de cultura, a qual nos levou até a Livraria Siciliano. Só que, nessa brincadera, o Igor e o Wilson acabaram se perdendo do resto. Sem se desesperar, saíram em busca dos fujões, que só foram encontrados perto da Riachuello. Ah, sim, vale frisar que foi durante esses momentos de tensão que a Juba apareceu, com cara de cachorrinho perdido. Se não fosse pelo Leandro, a Jubatera nos estaria procurando até agora. Daí, fomos até a Aky Discos. Já dentro do estabelecimento, passados alguns instantes, eis que surgem, do nada, a Ceci e a Mitz. Deixamos o local e saímos em direção à parte pré-histórica. No caminho, talvez por um golpe de sorte, demos de cara com a Deiane e com o Duílio, que já estavam deveras atrasados. Segundo o Duílio, eram umas cinco e meia. Ele não tinha certeza porque não costuma prestar muita atenção ao relógio. Aliás, que relógio? Ele nem sequer usa relógio. Deve ser apenas um pretexto para justificar seus atrasos, que já são de praxe. Depois das confraternizações tradicionais, prosseguimos em nosso curso até a praça de alimentação, pois estávamos mesmo com fome, e como, de acordo com Adlail Stevenson, um homem faminto não é um homem livre, achamos melhor não arriscar nossa liberdade, embora os remanescentes nazi-fascistas ainda a considerem um cadáver em putrefação. Juntamos três mesas, com a ajuda dos funcionários do Shopping Pizza, que, tolinhos, achavam que íamos utilizar de seus serviços. Nada disso, demos preferência aos já tradicionais porcos capitalistas do McDonald's com seus sanduíches de plástico. Desta vez, o brinde-supresa que acompanhava o McLanche Feliz era um minipinball cor-de-rosa, com um colorido retratão da Birdie estampado ao longo de sua superfície triangular. Neste jogo incrível, o objetivo era depositar a bolinha em lugares predeterminados, podendo-se, dependendo da sorte do jogador, ganhar seis, oito ou dez pontos (vale salientar que, sem a participação especialíssima do pequeno brinquedo, o IRContro não teria sido tão animado). Como praticamente todo mundo escolheu este como merenda, logo formou-se uma pilha de joguinhos de cor meiga e formato gozado. Inclusive, foi mais ou menos na hora em que nos instalamos na praça de alimentação que chegaram o Gabriel e o Bruno Raimundo. O Davi chegou pouco de pois, distribuindo beijos pelas faces de todo mundo, parecia mesmo bem alegre o bambino. Resolvemos tirar também algumas fotos, pois o Duílio havia levado uma máquina carregada. Ah, sim, há ainda boatos de que, além do filme de 36 poses que gastamos quase todo, havia também outra máquina prontinha dentro da bolsa da Deiane. Além disso, o rapaz havia levado também um álbum de fotografias tiradas na escola e havia acabado de revelar outro filme. Uau, heim? Muito bem, voltando ao assunto: durante essa primeira sessão de fotos, resolvemos tirar uma foto só com os homens do canal. O detalhe é que o Wilson não quis sair na foto... ihhhh! Depois de muita fuzarca, desenhos nos guardanapos (a Mitz não sai de casa sem seu estojo de lápis, claro) e narração de episódios diversos, a Karina resolveu ir embora. Nesse contexto, surge o Rafael, o cultuado JeReBaO, ainda o ídolo da garotada, mesmo que ausente da Internet nos últimos tempos. Quase que simultaneamente, aparece o Jacques, só que pelo lado oposto. E o interessante é que a Karina volta! Assim, o grupo fica todo reunido, mesmo que isso não tenha durado nem cinco minutos, pois a caçula foi-se novamente. Com os nervos tranqüilizados, a Juba sugeriu que brincássemos de forca. Genial. A essa altura, já nos afogávamos em tédio, e os minipinballs rosados estavam meio que esquecidos, largados sobre a mesa. Aliás, falando em mesa, há fatos que só aconteceram porque a Juba (novamente), talvez durante um bocejo, olhou para o Playtime e, como quem não queria nada, fez uma sugestão: "vamos brincar de mesinha?". Sim! Invadimos, então, a tal loja de vídeogames e ficamos lá brincando naquela máquina que faz pim-pim. Enquanto isso, os atiradores de elite Jacques e Victor divertiam-se a valer num jogo lá em que se utilizava de uma pistola para se aniquilar zumbis. Porém, a melhor parte vem mesmo agora: como o Playtime agora é todo moderninho, não poderia deixar de ter uma máquina de videokê. É lógico que não íamos resistir e fomos então dar nosso show! Davi e Esdras, no intento de soltar a franga, acabaram fazendo um dueto espetacular, e o coro mandou ver! Rolou Pra Ser Sincero e É Preciso Saber Viver. Como não tinha lá o sucesso Esdras "The King", resolvemos improvisar só no gogó mesmo, sem acompanhamento nem nada. Não deixou de ser um ensaio para as gravações do CD Langobar Collection, a ser lançado em breve, e que promete revolucionar a indústria fonográfia e sacudir as lojas de discos, deixando-as com as prateleiras vazias. Já que se estava cantando sem haver acompanhamento, por que não dançar sem música? Fez-se então o arraiá do Langobar: Duílio, Cecília, Jacques, Deiane, Davi, Victor e Mitz organizaram-se em pares e treinaram alguns passinhos. Tomados todos pelo espírito junino, começou a segunda sessão de fotos: geramos tumulto, ficaram todos os transeuntes a olhar para a gente, os seguranças se alertaram (principalmente quando Duílio e Ceci resolveram dançar tango), mas foi demais! Deixamos o recinto, mesmo que forçadamente, e nos dirigimos até o EXTRA. Lá, demos uma olhada nos discos, e o Wilson tirou uma foto com o Bezerra da Silva (bom, na verdade era apenas um boneco de papelão do cara, mas, pô, era em tamanho natural!). Os senhores Gabriel e Davi ficaram tão encantados com uma câmera acoplada a um computadorzinho que estava à disposição, que bateram o pé e disseram que só sairiam dali se fosse tirada uma foto daquele treco pós-moderno. Na saída, demos de cara com o jovem Marílio, o Skydyver, irmão do Bransk, operador do #Ceara, aquele canal grande que alaga a BrasNet. Foi aí que o grupo se fragmentou. Uns foram parar na parte nova, outros permaneceram no EXTRA, enquanto o resto se dirigiu para a praça principal. Igor, Juba e Leandro foram até o telefone público mais próximo, para telefonar para o Duílio, a fim de localizá-lo. Nisso, aparecem o Victor, Micheline e a Ceci, esta bastante desesperada, pois havia perdido sua bolsa contendo toda a fortuna que ganhara no mês. Todavia, este impasse logo seria resolvido: lá ao longe, são avistados a Deiane e o Duílio, que, por sua vez, havia encontrado a bolsa da garota. Saímos então todos em direção à parte menos velha. Ainda nos restava encontrar os que faltavam. O Davi, não, este havia ido falar com seu amigo Filé. Lá pelas tantas, além das Lojas Americanas, o grupo se reunifica novamente e decide estacionar no banquinho que fica em frente à Aarkashan Rose. Tudo porque a Juba queria comprar um anel e não simpatizou com nenhum. Azar da vendedora, que exibiu todo o seu estoque e, mesmo assim, as baquetas mais rápidas do Meireles não se satisfizeram. Do nada, iniciou-se outro debate: desta vez, chegou-se a conclusão de que o canal precisa montar um clube, para que se possa curtir à vontade, sem nenhum estraga-prazer para nos impor regras e limites. Depois de se discutir se se deveria construir ou não uma piscina aquática, era hora de darmos início à terceira sessão de fotos. Desta vez, posamos até de time de futebol, já com o projeto de montarmos uma equipe de futebol de sabão na cabeça. O Rafael, todo distraído com sua nova aquisição, o CD do Marcelo Bonfá, virou presa fácil para o desejo do Davi de sentar no colo de alguém. Depois de mais alguns flashes, veio a bomba: a Juba, depois de tanto tempo, resolveu falar o que estava sentindo. E foi mesmo chocante. A baterista multimídia começou a vomitar monstruosidades em forma de insultos a todos do canal, dizendo que nós não éramos a turma dela, e que ela não se sentia bem ali. Só não a linxamos porque, afinal, estávamos num ambiente bem lotado, e essa atitude iria contra nossos princípios, uma vez que somos defensores convictos da moral e dos bons costumes, não nos cabendo, pois, atentar contra a ordem pública, expressão esta bastante em voga, amplamente usada por nossos líderes políticos ao se referirem às manifestações de cidadãos que querem viver um país decente, tendo, portanto, motivos para exprimir um nacionalismo verdadeiro, diferente desse puramente demagógico que se acompanha pelas emissoras (na verdade, pela emissora) de televisão. Bom, pelo menos a Rainha dos Bumbos não mandou a gente procurar nossa turma. Mesmo assim, ela merecia, no mínimo, o desprezo e a indiferença daqueles que foram alvos de suas palavras horrendas e impiedosas, ao menos pela estupidez com que as proferiu. Depois do golpe, bastante abalados, resolvemos mexer nossos traseiros gordos e ir embora dali. Lá perto dos telefones públicos, a menina que não é da nossa turma resolveu se redimir e pedir desculpas. No entanto, tudo o que ela conseguiu foi cuspir, só que desta vez com catarro, e dos grossos, nos membros do canal que sempre lhe prestigiou e lhe proporcionou os momentos de maior diversão na Internet, uma atitude, para alguns, imperdoável. Mas, tudo bem, é nobre perdoar, e somos nobres, pelo menos de coração. Posteriormente, o Duílio e a Deiane sentaram-se no banco em frente à Rabelo. Nessa hora, o Davi, o Almirante número 1 e o Victor avisaram que iam partir. Os que ficaram foram deixar o Wilson e o Esdras até a porta, pois estes iam embora. Aproveitamos o embalo e entramos na farmácia para nos pesarmos. Só que, como o Rafael e a Ceci demoraram muito, acabaram presos dentro da loja. Contudo, isso não foi problema para o JeReBaO, que, bancando o herói, abriu os ferrolhos, libertando os dois. Como se percebe, já era bem tarde, o que nos fez começar a pensar em ir para casa. A pensar e a agir, pois não muito tempo depois deixávamos o shopping, bastante cansados, é verdade, mas com a certeza de que esse dia valeu mesmo a pena e vai ficar gravado para sempre na nossa memória.

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