Só no Forevis - Índice
1. Só no Forevis (Selim) 0:33
2. Mato Véio 2:07
3. Carrão de Dois 2:01
4. Fome do Cão 3:28
5. Mulher de Fases 3:32
6. Alegria 1:49
7. A mais Pedida 3:52
8. Boca de Lata 2:25
9. Me lambe 3:16
10. Pompem 2:42
11. Deixa Eu Falar... 4:41
12. Aquela 3:24
13. Língua Presa 1:39
14. Mulher de Fases (A Linda)
MATA VÉIO
MÚSICA: Rodolfo - Fred
E quase mata o véi! Deu uma câimbra no coração
Quando ela apareceu ao vivo, ao meio-dia, que rabão
E quase mata o véi quando olhou ao seu redor
Ficou de cara, sua mulher toda loirinha, desempenho bem melhor
Vendeu o furo pra televisão
TV a rabo aqui só no botão
Se ela não parar, o Zé sem osso vai estourar
Descer e o ponto que me faz subir
Venham ver o show dessa menina
Gostei, eu vou comprar um pra mim
De bunda grande, inteligente e que tenha o vermelho
Na veia, que durma tarde, acorde tarde
É muito mais do que eu pedi
É muita areia, é verdade que ela morde
É muito mais do que eu pedi
Naquela noite, então, foi que o véio teve a visão
Escravizar umas danada e formar uma curriola
Se rasgando até o chão
Me dá um tanto aí e tu aparece uma vez
Agora me dá logo a grana toda e eu prometo só vai dar vocês
CARRÃO DE DOIS
LETRA: Rodolfo / MÚSICA: Rodolfo
Gatinha dos olhos de amendoim
Pediu uma carona, eu dei
Homem, essa mulher me deu uma canseira
Que até hoje eu não descansei
E passa a 5ª, é mão aqui e ali
Apressadinha, quer engatar de 1ª
Me levou pro banco de trás, velocidade
Logo a pastilha do freio comeu
E derreteu na gente
Viu a polícia e pasou o sinal
Quando eu percebi
Que meu motel sobre rodas
Era movido a bafo no vidro
Inocente, ela deixava o motor quente
E fez voar meu Corcel
Rumei pro norte, vi o sertão e fiquei por ali
Criando bode
Como é bom amar no céu
E ir pra qualquer parte, voando no chão, eu renasci novo e forte
O combustível da minha vida é aquela
Mocinha linda que jamais esquecerei
E desde o dia que ela se foi
eu nunca mais voei
FOME DO CÃO
LETRA: Rumbora -Rodolfo / MÚSICA: Digão -
Rodolfo
A fila é circular e só acaba quando o primeiro chegar
Comedor de jaca, mão-de-cola
Pra ela me dar o endereço é só ver de onde o vento vem
Se fizer de refém, nunca mais tô de bem
Bombom, camarão, mulher boa é violão,
Bicho bom lá do sertão que caiu na minha mão
Quem sabe ele ainda dê a volta certa
Antes que dê merda e eu engula de cambota
Mas eu tô sossegado, barrunfeiro véi do rock
Pra gata pagar um bock até torei os dreadlock
Presentinho da moça, ela tira a calcinha e a gente sorri
Hoje em dia a coisa pura é novidade
E eu aceito de coração o camarão com catupiry
E não quero nem saber da sua idade
Pode vir, boto fé,
Que eu boto a roupa,
Se alguém já beijou é sopa,
Boca da menina é mé
E eu vou, Lexotan, solto na vida,
Dono das puta parida
Só pegando aquela que não der
Fome do cão
O ronco da "lara" é a fome do cão
O ronco do bucho é da fome do cão
O fim vem logo antes do começo e um relógio do avesso
Dá o sentido natural
Pros amigos "que é de presa", toda noite a gente reza
E pede sempre o bem pra ele que tem a força maioral
É lá no "buco" que o "feeling" se faz
presente,
Unindo o corpo e a mente,
E quando eu descer que ela rode
Eu vou tranquilo com a pulsação "a mil"
E se eu ver o que ninguém viu,
Desculpa aí, mulek, não fode
Do cerrado com minha vara
Eu vou tocando a onça e assumo a responsa
Pra no fim do dia derrubar uma cerva
Como um amigo velho me falou:
"-Dessa vida, mulek, tu só leva a vida que tu leva".
MULHER DE FASES
LETRA: Rodolfo / MÚSICA: Rodolfo -Digão
Que mulher ruim, jogou minhas coisas fora,
Disse que em sua cama eu não deito mais não,
A casa é minha, você que vá embora,
Já pra saia da sua mãe e deixa o meu colchão,
Ela é "pró" na arte de pentelhar e aziar, é campeã
do mundo,
A raiva era tanta que eu nem reparei,
Que Lua, diminuía,
A doida, tá me beijando há horas,
Disse que se for sem eu não quer viver mais não,
Me diz Deus, o que é que eu faço agora?
Se me olhando desse jeito ela me tem na mão,
Meu filho agüenta, quem mandou você gostar,
Dessa mulher de fases
Complicada e perfeitinha,
Você me apareceu,
Era tudo que eu queria,
Estrela da Sorte,
Quando a noite ela surgia,
Meu bem você cresceu,
Meu namoro é na folhinha,
Mulher de fases
Põe fermento, põe as bomba,
Qualquer coisa que aumente e a deixe,
Bem maior que o Sol,
Pouca gente sabe que a noite
O frio é quente e arde, e eu, acendi,
Até sem luz dá pra te enxergar
O lençol, fazendo um "Congo-Blue",
É pena que eu sei
Amanhã já vai miar se agüente,
Que lá vem chumbo quente
ALEGRIA
LETRA: Martin Lutero / MÚSICA: Danilo
Viver só de dar bola nesse munda não dá pé
O ying-yang é um 69 da Xuxa com Pelé
Pra fazer alguma coisa, melhor quem fizer melhor
A mãe da minha mãe sempre foi a minha vó
Levanto os olhos pro céu e grito:
"-Vem cá, bom Deus, vingar Jesus,
O pobre, aqui não vive, sobrevive".
Feridas que a revolta cria, eu sou o pus!
Tem gente que vê e é cega em ilusão de luz
Tem gente que vê e é cega, usa rédeas e bitola.
Acorda!
Pois para poupar camisinha, mandei encapar meu pau
E se tudo fosse doce não existiria sal
Pra achar alguma ciosa alguém a teve de perder
O nada é uma das coisas mais difíceis de entender
Levanto os olhos pro céu e grito:
"Eu procurei e não encontrei um amigo sequer".
Esta é uma nova fase dos Filhos
Para morrer é preciso viver!
Tem gente que vê e é cega em ilusão de luz
Tem gente que vê e é cega, usa rédeas e bitola
A cobra, Barrabás!
A MAIS PEDIDA
LETRA: Raimundos / MÚSICA: Rodolfo
Nesse show não entra menor,
Um homem censurou, tava de mau humor
Não tinha dormido bem porque não levantou
Pense como ia ser bom
Se nós fizesse um que ultrapassasse
A barreira das AM, FM e dos elevador
Aí sim, dá um selinho
E mostra o seio that you saw
Quando eu te vi o meu calção se abriu
Caiu uma lágrima de um olho, que se for dos dois então é
namoro
Meu cabelo é ruim, mas meu terno é de linho
Vou ser seu salgadinho, cê vai gostar de mim
Se eu tocar no seu radinho
Choro até o fim, só pra rimar com inho
Pois se eu ganhar "din din" cê vai gostar de mim
Se eu tocar no seu radinho
Por favor, seu locutor,
Ao menos uma vez, melhor se fossem três
Toca o nosso som aí que tu me faz feliz
Se não tocar eu quebro o seu nariz
Só assim preu tocar no seu radinho
BOCA DE LATA
LETRA: Rodolfo / MÚSICA: Zé Gonzales -
Rodrigo Nuts
Conheci uma garota que era uma louca
Desde pequenininha com o dedo na boca
Depois ficou adulta só queria ser rica
Fez vestibular pra puta, hoje é doutora em pica
Ela mordia, era bom, mas me dava dor
Passava o dente na cabecinha que era um horror
Podi crê, eu sei, você é bonita e tem sempre razão
Mas acho que seu aparelho prendeu minha circulação
Boca de lata
Eu, mas meus amigos, vamos de pé
Ela não foge e feito o Roger eu digo: "eu gosto é de
mulher"!
Podi crê, vamo lá que você vai ver, que eu vou mostrar pra
você
O que faz seu corpo tremer danada
Chega de diz-que-me-diz que agora que eu sou o juíz
E você é minha escrava e fica tão linda quando faz cara de
brava
Mas sossega, nessa lei não tem regra, é lá no esfrega, é só
relax
Vou te namorar sem complexo e lhe aplicar um suplex,
Vou colar que nem durex, veja bem.
Eu sou o homem que Deus colocou no seu destino
Um absorvente latino, que sai latindo feito o cão
Queimando o filme no salão, eu não tô louco não,
Quem sumiu com meu troco vai tomar muito pipoco
Vai tomar bala no côco
Espera, que agora eu me lembrei que tá na hora
De queimar o motora o produto na calcinha vem do sul
Eu que tava lá quando ela viu "Aperte Um Que O Piloto
Sumiu"
Saiu voando feito um urubu, é o meu brasão e toda nação da
nação
Feito o Júnior é só uma vez, mulek
E não tem volta não, do cangaço a descendência
Do cerrado de nascença
1999 aí e o Gama fazendo presença de 1ª,
Pra esse microfone funcionar tem que botar pilha
Esse é o Raimundos maluco de Brasília.
ME LAMBE
LETRA: Rodolfo / MÚSICA: Digão - Rodolfo -
Fred
O quê? O que que essa criança tá fazendo aí toda mocinha?
Vêm, já sabe rebolar, e hoje em dia quem não sabe
Se ela der mole eu juro que eu não faço nada
Dá cadeia e é contra o costume
Mas se eu tiver na rua e ela de mão dada com outro cara
Eu morro de ciúme!
E eu contente com as malvada achando que era o tal
E me aparece essa coisinha
Me dê agora seu telefone, outro dia a gente se liga
Eu quero te levar pra onde dá um frio na barriga
Me fala a verdade, quantos anos você tem?
Eu acho que com a sua idade
Já dá pra brincar de fazer neném
Como a vista é linda da roda gigante
É tão grande
Acho qeu ela viajou que eu era um picolé
Me lambe
No parque de diversões foi que ela virou mulher
Das forte
Menina pega a boneca e bota ela de pé
Sinto, amigo, lhe dizer, mas ela é "de menor"
Isso é crime
Seu guarda, se não fosse eu podia ser pior
Imagine
O homem de cassetete disse, quando me algemou
Que ela só tinha dezessete e o pai dela era doutor
E que se fosse eu ainda faria igual
Se fosse no ano que vem ia ser normal
POMPEM
LETRA e MÚSICA: Rodolfo e Digão
Menininha da cidade foi pro mato e adorou
Tanta variedade de cobra, que apaixonou
Agora ela é viciada, sorriso de orelha a orelha
Atrás da bicharada, vive trepando nas telhas
Menininha da cidade foi pro mato e se soltou
Levou tanta picada, ficou cheia de calor
A noite ela abre a janela que é pra mosquitada entrar
A gente morde nela e ela coça devagar
Mais alto - eu vou subirm vamos lá!
Mais alto - eu sou baixinho! Que é que há?
Mais alto - Ela gritava mais alto e raca-raca
Ia relando no asfalto
Mais baixo - ia gemendo mais baixo
Mais baixo - o buraquinho é mais embaixo
Mais baixo - ia botando para baixo. Eu digo:
Eita diacho! Ela é feia mas eu sou macho
Entra na peia. Ajoelhou, vai ter que rezar
Deita na teia, aranha malvada, que vai me devorar
Menininha da cidade foi pro mato e se mudou
Casou com um borrachudo que desde o nome ela gostou
Caiçara da mais doida, dos cabelo cheio de nó
Trocou a vida moderna e não larga mais do cipó
Se eu fosse um mosquitinho ia te chupar todo dia
Ia te morder com carinho e nadar na molhadinha
E na noite em que você, dormisse, só de calcinha
Ia pegar na dobrinha onde a carne é bem mais macia
DEIXA EU FALAR ...
LETRA: Alexandre Carlo - Rodolfo - Black Alien
/ MÚSICA: Digão - Rodolfo - Fred
Foi mal aí véi,
Se eu falei um monte de coisa que você não gosta
Com o microfone, eu tenho a faca e o queijo
Olho o jornal, eu ouço rádio, eu só ouço bosta
E na TB eu não gosto de nada que eu vejo
Uma camisa de força tamanho mirirm
Vai ter que me explicar tim-tim por tim-tim
Por que a lei só se aplica a mim
Perico pra sociedade é o que me dizem
E penso comigo mesmo: porque não eu
Pra cuspir o pensar e taxarem de crime?
"É inverno no inferno e nevam brasas
Por favor, escondam-se todos em suas casa
Pois o anjo caído voa com novas asas
Raimundos, Nativos, Black Alien
Quebrando a espinha de filhos da puta
Como num mergulho de águas rasas"
Liberdade de Expressão
Deixa eu falar, filha da puta!
Expressão
A livre expressão é o que constrói uma nação
Independentemente da moeda ou sua cotação
Deixa eu falar filha da puta
Expressão
Presta atenção no que eu vou dizer
Consciência e rebeldia é o que eu preciso ter
Pois minha mente pede num HxCx ou Reggae
A mensagem vem das ruas, não dá pra esconder
Eu tenho um segredo, já não tenho medo
Viver não vale nada se eu não me expressar
Seja certo ou errado, de cara ou chapado
Quem é calango do cerrado nunca vai mudar
De junho a junho eu nasço,
Eu morro de março a março
Presencio cenas impossíveis de traduzir para o cinema
Não perco atuações e atos
Nem quando abaixo para amarrar os cadasços
Espaço, espaço, preciso de espaço
Para mostrar para esses covardes
Seu crepúsculo de aço
Imperial, como Carlos, eu passo
Conexão nordestina até Niterói
Vida e morte Severina
Passando por Brasília, reis...
AQUELA
LETRA e MÚSICA: Gabriel Tomás
Quem você pensa que eu sou
Ela falou
Bem que eu tentei acalmar
Mas não adiantou. Oh! Não!
Libere seus instintos girl, vai ser legal
Menininha, eu nunca quis te fazer mal
Eu sei que respeito e consideração
Nunca tiveram nada a ver com tesão
Mas um dia ela pensou
E aceitou
Agora quem quer sou eu
Ela falou
LÍNGUA PRESA
LETRA e MÚSICA: Martin Lutero - Rodolfo e
Digão
Se pisar na minha área
Vai sair com o pé ferido
Vocês, boysm, não sabem nada
Onde mora o perigo
Rolam altas paradas
Em Araraquara, Em Caraguatatuba
Eu como as empregadas
Porque nessa galera me chamam de "língua presa"
Mas ninguém tem coragem de falar na minha cara
Vivo prisioneiro, aumentando a paranóia
Minha privacidade é uma porcaria
Rolam altas paradas
Em Piracicaba, em Pindamonhangaba
Eu vou comer sua raba
Porque nessa galera me chamam de "língua presa"
Mas ninguém tem coragem de falar na minha cara
Uh! Tererê!
Ri na minha cara
Se pisar na minha área
Você tá fudido
Porque os cara que comanda lá é tudo meus amigo
Vai tomar porrada e já tá na hora
De você dar o fora, vão comer seu toba
FICHA TÉCNICA
* Letras de acordo com o encarte do Cd
Produzido por Tom Capone, Carlos Eduardo
Miranda e Mauro Manzoli / exeto "Boca de Lata"
produzida por Dzcuts
Direção Artística: Tom Capone
Gravado e Mixado em fevereiro - março de 1999 nos estúdios: Ar
e Mega - Rio de Janeiro -RJ
Gravado por Fabiano França
Mixado por Tom Capone e Fabiano França / exceto
"Pompem" mixada por Miranda e Fabiano e "Boca de
Lata" mixada por David "O Marroquino"
Assistentes Ar Studios: Luciano "Tarta", Duda Mello,
Leo, Daniel, Isiel
Assistentes Estúdios Mega: Max P.A., Marcito, Eduardo Pop
Engenheiros de Pro Tools: Mauro Manzoli e Guilherme Bonolo
Assistentes de Produção: Luciano "Tarta"
Produção executiva: Guilherme Bonolo e Wagner Vianna
Roadie: Roberto da Paixão
Masterizado por Ricardo Garcia no Magic Master, Rio de Janeiro -
RJ
Capa: Luiz Stein
Concepção: Raimundos e Luiz Stein
Fotos: Adriana Pittigliani
Fotos show (encarte): Roberto Paixão, Patrick Grossner e Marcelo
Rossi
Figurino: Lily Clark
Produção: Andrea Franco
Manipulação de Imagens: Victor Hugo Cecatto
Assistente de Fotografia: Karol Loureiro e Silvano Martins
Maquiagem: Celeste Randall
Camareira: Soninha
Modelos agência Stillo: Bruna Pietronave e Eliane Monteiro
Coordenação Gráfica: Cristina Portela e Silvia Panella
Pré-Produzido em São Paulo no Djuda Sound Studios e Estúdio
Nota por Nota
Endorsements: Fred: Premier, Sabian/ Digão: Jackson, Epihone,
Zoom/ Canisso: Fender, Bass Colection/ Rodolfo: Gibson, Epiphone,
Zoom/ Raimundos usam microfones AKG e processadores Aphex e
Alesis