«Tendo
efectuado a sua estreia naquele que é um marco historico, para o
bem e para o mal, da historia do hip-hop em portugal, a colectânea
"Rapública", Boss AC marcou logo aí a sua diferença.
Ao invés de outros projectos da mesma área surgidos por aquela
altura (General D, Da Weasel, Black Company), que desde aí mantêm
uma carreira regular, Boss AC tem-se mantido parcimonioso na sua entrega,
estando a sua estreia apenas prevista para este ano. Apesar do seu afastamento
relativamente a edições discograficas em nome proprio, isto
é, acompanhado de Q Pid, não se pode dizer que Boss AC se
tenha mantido na sombra desde que o hip-hop deu os primeiros passos. Espalhou
os seus créditos como convidado especial em álbuns de varios
artistas não directamente ligados ao rap (Fernando Cunha, Gimba),
participou em inúmeros concertos, na festa de aniversàrio
da Cool Train Crew com um ragga que fez explodir o Industria e até
em debates sobre hip-hop em Portugal, como aquele que (...) teve lugar
na Sala Abel Pereira da Fonseca.
Construiui uma aura
à sua volta que faz crer tratar-se de um dos segredos mais bem guardados
da nova música portuguesa. O seu primeiro album, gravado em Nova
Iorque, aí estará para o comprovar.»