Aprenda sobre anarquia

O anarquismo foi um movimento revolucionário que surgiu no séc XIX. O principal pensador anarquista foi o russo Mikhail Bakunin (1814-1876), um incansável panfletário e combatente nas barricadas. Outros pensadores anarquistas destacados foram o príncipe russo Kropotkin e o italiano Malatesta.

Anarquismo não quer dizer bagunça,mas sim ausência de governo. Na verdade, anarquistas e marxistas concordam num ponto importante: o capitalismo é desumano e deve dar lugar a uma sociedade comunista. O que seria o comunismo? Uma sociedade na qual a propriedade é coletiva, tudo é de todos: todos trabalham e repartem igualitariamente o que foi produzido. Mais importante ainda: no comunismo não existe Estado. Isso mesmo que você leu: tanto para Bakunin como para Marx e Engels, o comunismo só seria alcançado quando não existisse mais o Estado, prisões ou qualquer tipo de repressão.

Nenhum homem teria o poder de dar a menor ordem a outro homem. Todos seriam livres e iguais. Mas, senão existisse Estado nem repressão, a sociedade não seria uma bagunça? Não, diziam eles, porque em vez de existir um Estado acima dos homens, a sociedade se autogovernaria. Seria a autogestão. Repare, portanto, que nunca existiu um país comunista. O fato é que marxistas e anarquistas acreditam que não seja verdade que o homem só possa viver quando submetido ao chicote e ao berro. Como disse o filósofo alemão Hegel, "todas as qualidades do espírito só se manifestam através da liberdade".
(retirado do livro: Nova História Crítica Moderna e Contemporânea, de Mario Schimidt, editora nova geração).


Ideologia

Doutrina baseada numa apreciação otimista da natureza humana, e segundo o qual se considera o governo ou dominação como um mal.....

Sistema político e social segundo o qual o indivíduo deve ser emancipado de qualquer tutela governamental. Estado de um povo que, virtual ou real, não tem mais governo..........

 

 

Teoria dos anarquistas:

O anarquismo, cujos os princípios foram definidos por Proudhon e Bakunin, apoiando-se no federalismo , que salvaguarda a autonomia do indivíduo. Bem cedo ainda, passou a preconizar junto às massas uma propaganda PACÍFICA, através de fatos concretos (comunidades, cooperativas, etc.). A repressão de que os anarquistas foram alvo em certos países, particularmente a Espanha e a Rússia, levou-os contudo às vezes a ações terroristas (Vailannt, Ravachol, Caserio, etc.), sem que por isso perdesse sua importância a ação educativa, antimilitarista e sindical (anarco-sindicalismo). A vida libertária foi objetivo de experiências concretas em diferentes parte: Ucrânia, na Baviera, após a primeira guerra mundial, na Espanha de 1936.

Ao lado de Bakunin, Kropotkin destaca-se entre os pioneiros do anarquismo. A eles sucedem, na França, Élisée Reclus, Louise Michel, Emile Henry, Jean Grave, Sébastien, Faure; na Itália, Errico Malesta, Pietro Gori, Camillo Berneri, Carlo Cafiero, na Espanha, Francisco Ferrer Guardia, e Buenaventura Durruti; no México, Ricardo Flores, Magon; no Peru, Manuel González Prada.

No Brasil, o grande teóricoe propagandista do anarquismo foi o filósofo José Oiticica (1882-1957) catedrático do colégio Pedro II e da extinta Universidade do Distrito Federal, que escreveu sobre o tema livros como "Princípios e fins do programa comunista-anarquista" e "A doutrina anarquista ao alcance de todos" O movimento chegou ao Brasil através de imigrantes espanhóis, italianos e portugueses, a partir do fim do sec. XIX, conquistado simpatizantes, sobretudo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Grupo modesto, mas ativo, os anarquistas já tiveram seus periódicos e participaram de grandes movimentos, como a greve geral paulista de 1917.