FEREAL zine # 0, c/o Marcos
Cientista, Rua Himalaia 484, B. Marcos Roberto, Campo
Grande / MS, 79080-490
Ano'98
1.
Como se deu o início da banda?
PAULLUS: A idéia de manifestar nosso
culto sob o nome Morcrof foi arranjado de Caecus Magice
"ex-guitar" e idealizado por mim Paullus Moura
baixo e vocal, para a seqüência de ensaios e shows à
cena nacional entre dezembro de 92 e fevereiro de 93, até
nossos atuais dias.
2. Como é o som da MORCROF, e quais
são as temáticas abordadas por ela?
PAULLUS: A MORCROF é uma banda
orquestrada de câmara filarmônica, enraizada nas bases
do culto e da musicalidade do som extremo do Metal,
nossas temáticas tratam do existencialismo humano em
todos aspectos materiais e incorpóreos.
3. Qual sua opinião sobre a cena
Black Metal e Doom Metal nacional e europeu?
PAULLUS: Quase tudo está péssimo para
o cenário nacional, que é brutalmente hipócrita salvo
por pouquíssimas pessoas, bandas e zines. Quanto a cena
européia não me arrisco a comentar nada pois eis que não
convivo com as pessoas que constituem seu cenário, meu
contato com eles se limitam por cartas, e por isso é difícil
questionar algo mais do que a minha admiração e
respeito ou desprezo total à alguns de seus zines,
bandas ou pessoas.
4. Quais são as influências
musicais e dos integrantes da banda?
PAULLUS: Nossas influências seguem
no linear orquestral à musicalidade do Metal.
5. Há algum plano para o futuro da
banda? Existe alguma proposta para a gravação de um CD?
PAULLUS: Sim, temos muitos planos e
algumas propostas, porém tudo tem seu tempo. Se tivermos
a oportunidade de gravarmos algum CD, eu acharia legal,
porém nunca toquei almejando isso. O importante é
compor para exprimir nossos sentimentos, e palavras
inexistentes à supremacia de nossas indagações
traduzidas em notas musicais universalmente entendidas.
6. Já tem algum material novo em
vista e quando deve sair?
PAULLUS: Caso as propostas que temos não
se concretizarem gravaremos uma Segunda DT no início de
98.
7. Qual sua opinião sobre o
radicalismo, e sobre aqueles que estão começando agora?
PAULLUS: Sou a favor do radicalismo
consciente e ideológico, e nada contra quem está começando
agora, uma coisa não tem nada a ver com a outra quando
se trata do caráter e princípio do indivíduo, mas o
que me indigna é ver moleques de três ou quatro anos de
cena underground se acharem melhores que os outros só
porque são de outra região do país, ou não pertencem
a mesma "panelinha" que a sua, isso é ridículo.
Você só percebe realmente se uma pessoa gosta do cenário
quando nos damos conta que os anos passam e os anos vem e
a mesma pessoa "outrora iniciante" continua
indo à shows, proliferando contatos e outras coisas mais
que ajuda o cenário a não degenerar ninguém.
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