PAGANUS PERGAMINE zine #1, c/o
Lorde Azgoth, Rua João Paulo I, 508, casa 02 (fundos),
B. Presidente Vargas, Erechim / RS, 99700-000
Agosto'99
01.Quando
o Morcrof foi formado e qual é a sua atual formação?
Paullus: Morcrof foi formado em dezembro
de 92 como forma de expressão musical e ideológica
quanto reflexões existenciais humanas, objetivado e
idealizado por um grupo de cultuadores do Metal
underground da capital paulista. Após algumas mudanças,
hoje o Morcrof apresenta Ludwick Schölzel - vocal,
R'Bressan - guitar solo, Pétros Nilo - guitar solo,
Chironomous Bontus - teclados, Paullus Moura - baixo /
voices e Anders - baterista.
02.No começo deste ano vocês
gravaram a sua segunda demo-tape chamada "Peragere
Humum Et Semem Terrai Abditae"... Fale-nos sobre
isto.
Paullus: "Peragere Humum..."
foi trabalhado durante quatro meses e apresenta sete sons
dos nove que gravamos; não somente em formato de DT como
também em CD-R demo. Traz boa qualidade gráfica e
sonora comparando-se ao primeiro trabalho; mas, por outro
lado tivemos que improvisar algumas partes devido a falta
de integrante (baterista). As músicas gravadas foram
compostas entre 95 e 98, e, para quem conhece e gosta de
nossa primeira demo, poderá sentir uma atmosfera similar
desse atual release. Todo atual material apresenta a DT
(ou CD-R), biografia'92/98 e capa color contendo demais
informes do Morcrof tais como informativo'99, foto, logo
e 3 letras.
03.Eu acho que a sua primeira DT
"Scientia Ab Mortuus" foi bem aceita e vendida
aqui no Brasil; mas, falando de seu novo trabalho, estão
satisfeitos com o resultado final (som, qualidade,
artwork, etc.)?
Paullus: "Scientia Ab Mortuus"
nos proporcionou um soberbo retorno e reconhecimento, no
entanto, a qualidade apresentado em "Peragere
Humum..." é muito melhor em todos os aspectos
quando se comparada com primeira, inclusive na qualidade
sonora e gráfica... Satisfação total.
04.Descreva-nos seu estilo musical.
Sobre que assuntos suas letras falam e de onde vocês
adquirem as inspirações?
Paullus: Somos uma horda de Dark
Orquestral Metal e inspiramos nossas letras sobretudo no
existencialismo humano, buscando conjecturas respostas
dentro de nós mesmo juntamente com demais literaturas
apropriadas à razão de viver e de morrer.
05.Eu tenho lido que a banda sofreu
uma mudança em seu line up, e você teve que tocar
bateria na gravação desse seu novo trabalho. Vocês já
recrutaram um baterista?
Paullus: Sim, desde março'99 contamos
com a presença de Anders; meu suporte na bateria foi
devidamente improvisado.
06.Alguns dos membros já passaram
por outras bandas antes ou atualmente tem algum projeto
paralelo?
Paullus: Eu sempre fui do Morcrof,
porém já participei de alguns projetos juntamente com
membros de outras bandas irmãs daqui de São Paulo mas
que nunca chegaram a vingar porque sempre os projetos
acabavam atrapalhando o trabalho realizado nas bandas
principais; já C'Bontus tem seu próprio projeto solo
desde 96 chamado "Waheistag", onde suas
composições são apresentadas apenas por teclados e
percussões. Pétros Nilo, de fato é quem mais
participou de bandas paralelas e projetos, sendo algumas
delas o extinto "Necronoiser:", "Living
Hades" e mais recentemente o "Belica Mors"
(que esta lançando sua debute DT'99), atualmente ele
não participa de nenhum projeto.
07.Tem vocês recebido alguma
proposta de alguma gravadora? Como está sendo a
divulgação / distribuição desse segundo trabalho no
Brasil e exterior?
Paullus: De concreto recebemos proposta
de uma gravadora nacional na qual deveremos ser lançados
em futuro próximo. Quanto a divulgação/distribuição,
estamos em júbilo com a grande quantidade de demos que
já divulgamos em pouco mais de 5 meses de lançamento,
tanto no Brasil quanto no exterior, onde algumas
Distribuidoras nos tem solicitado boas quantidades de
nosso material atual.
08. Como você vê a cena Black
Metal nacional? Poderia destacar alguma banda?
Paullus: Em minha opinião, a cena Black
Metal nacional mostra-se um pouco confusa quanto a
postura de que se deva seguir, há muitas tentativas,
erros e acertos por parte de muitos... hordas como
Malkuth, Hecate, Tenebrário, Belica Mors, Scarlet Peace
e Awake the Mighty Dragon são algumas últimas bandas na
qual tenho ouvido e apreciado ultimamente.
09.Quais são os melhores zines que
você tem lido a nível mundial? E qual é a sua opinião
sobre os zines brasileiros?
Paullus: Morpheus Zine (Grécia) foi o
último zine que tive a oportunidade de ler e que me
chamou atenção por apresentar grande qualidade
informativa e gráfica... quanto aos zines brasileiros,
sempre me agradaram num modo geral. Hoje em dia os textos
nacionais estão mais bem aperfeiçoados, mais fáceis à
compreensão.
10.Nós temos ouvido sobre algumas
bandas na qual tomam uma posição nazista. Qual é a sua
opinião sobre bandas Black Metal políticos?
Paullus: Não tenho nada contra posturas
políticas de outrem, mas também não compactuo e nem
apoio idéias que são contra meus princípios; é
impossível obrigar uma pessoa a ter um mesmo ponto de
vista da outra; portanto a individualidade deve ser
respeitada. É importante também saber (falando em nazi)
que, comprando um Cd de bandas neonazistas, você poderá
estar fortalecendo diretamente à Organizações
extremistas para compra de armas e demais arquétipos que
colocam na prática o exercício de suas ideologias;
assim, o Metal acaba sendo somente vitrine, usado como
fonte de lucros para facções nazistas... quem não
compactuar com esses princípios não deve comprar ou
apoiar esses tipos de bandas ou ordens - Varg do Burzum
tem união com a Ku Klux Klã por exemplo.
11. Obrigado pela entrevista
Paullus!! Futuros planos? Acrescente alguma coisa que
você quiser.
Paullus: Para o futuro, apenas buscamos
nos aperfeiçoar em nossa nova formação para voltarmos
aos palcos o mais rápido possível, fora isso, desejamos
distribuir bem nosso novo trabalho para reais cultuadores
da música extrema e arte negra Devo agradecer-lhe
também por esse seu espaço, no qual me deu a
oportunidade de apresentar um pouco mais de nossas
idéias. Ave!
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