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SOTURNUS zine #1, c/o Allan, Av. Paulo Leite Oliveira, 632, Itapeva V, Itapeva / SP,
18400-000, Brasil
Ano'97


É aqui mais uma banda de nosso obscuro cenário. Esta vem da cidade de São Paulo mostrando um som mais do que oculto, um melódico e orquestrado Progressive Black Metal. Em '96 lançaram sua Debut Demo entitulada "Scientia Ab Mortuus". Confira aqui as palavras de seus integrantes Paullus, Beahriman e Bressan.

1. O trabalho musical de vocês parece ser bastante influenciado pelo Progressivo. De onde vem esta influencia?

PAULLUS: Sim, muita influencia. No entanto as composições saem de forma natural e não como uma obrigatoriedade nas elaborações das músicas.

BRESSAN: Creio que a maior influencia seja minha pelo fato de minha criação musical ter sido baseada no Progressivo. Ocasionalmente discutimos sobre a direção que a banda segue, o caminho chamado evolução é seguido da forma mais natural possível. O progressivo é só uma das várias influências que estão fatiadas em nossas criações.

BEAHRIMAN: Concordo na forma como você vê Allan, no entanto, eu escutei muito pouco progressivo na minha formação. Talvez por ser o mais velho da banda ocorra que eu chame as partes que muitos denominam de Progressivo como Orquestrada. O psicodelismo na banda para mim não é o ponto mais óbvio.

2. O uso de três vocais na Demo foi ocasional ou vocês já primavam por essa diversidade? Isso pode ser visto como o resultado de um diferente gosto musical entre vocês?

PAULLUS: Privamos explorar os vocais a maneira de nossas vontades. Na Demo e nos shows são apresentados os mesmos três vocais, porém, nada é uma regra. Em uma outra gravação poderemos optar por um, dois, três ou quatro vocais, isso vai de acordo com a composição de idéias da música. O que evidencia sim, é que entre nós há certos gostos musicais deferentes dentro da música extrema. A faixa-etária entre nós é de 17 a 28 anos, portanto é natural as influencias e gostos adquiridos das principais bandas dos anos '70, '80 e '90. Consequentemente a isso, são usados elementos nas composições intuitivamente dentre o que ouvimos.

BEAHRIMAN: Nos reservamos no direito de poder explorar nossos limites, se houver um. Isto é o mínimo a ser feito num trabalho direcionado a apreciadores de música sincera. Além de que se percebe que nem só os vocais variam como também a parte instrumental passa por épocas distintas, o que prova a nossa honestidade no que fazemos.

3. A morte parecer ser um conceito bastante difundido e abordado nas letras da banda assim como no seu próprio nome. Vocês procuram transmitir algo de caráter pessoal sobre seus próprios conceitos de morte? Vocês acreditam em reencarnação?

PAULLUS: A realidade de morte acaba exatamente na morte, depois disso são apenas conjurações. Tudo relacionado na realidade pós-morte são de caráter pessoal, baseado em fatos e coincidências incertas. As pessoas procuram crer em algo confortante para espantar o medo que sentem de um dia simplesmente acabar no limite da carne. Todos temem o desconhecido e, para afrontar a isso promovem crenças e ritos buscando explicações para o inexplicável. No entanto, particularmente me perturbo oscilando entre acreditar ou não em reencarnação ou ainda, no próprio espírito dito como eterno.

BRESSAN: Existe um "pano de fundo" no nome da banda que fala de vida eterna, na verdade queríamos um contraste... Tudo se conceitua por um início, meio e fim. O nome da banda representa os extremos "início e fim" e falamos sobre o conteúdo de tudo, o qual é o "meio". Eu não acredito na reencarnação e creio que tudo acaba na morte.

BEAHRIMAN: Eu não acho certo abrir mão de uma vida prazerosa na Terra em prol de uma vida espiritual pós-morte. Um poeta já esquecido uma vez anunciou: "Viver é só a arte de adiar a morte"... Nada mais certo do que essas palavras. Para mim não adianta lutar para salvar o espírito, se também oscilo na crença do mesmo. Quanto a reencarnação, é um mistério que prefiro não desvendar por hora.

4. Voltando um pouco a realidade atual, quais são os planos da Morcrof quanto a materiais lançados? Já houve alguma proposta por parte de Selos ou até mesmo, em incentivá-los a trabalharem junto?

PAULLUS: Houve contatos de algumas gravadoras, porém, nada definido. Enquanto procuram contato com uma ou outra, pensamos em gravar um novo material em '98. Provavelmente tenha a possibilidade em sair num MCD ou num Split-CD. Porém, isso não sendo confirmado, então o material será divulgado como nossa Segunda Demo-Tape.

BRESSAN: Somos incentivados por nossa criatividade e não por propostas. "Ela" nos traz propostas e o trabalho deve Ter o mesmo nível ou até maior, com ou sem propostas, demonstrações ou apresentações.

BEAHRIMAN: Só consigo crer em imortalizar a Morcrof, pois nunca sabemos o que esta por vir. Por isso tento fazer tudo hoje para no amanhã poder contemplá-lo de forma a saber que sua mensagem fora ouvida Talvez por isso ainda só ouvimos propostas no mínimo infundadas que nos leva a crer que o trabalho destas não tem sido verdadeiro para o público. As Salaam Alaikum

 

 

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