FULLMOON RITE zine #1, a/c César
Sabathan, Av. Josefa Taveira, 2410, João Pessoa / PB,
58055-000, Brasil
Ano'97
1. Quando e como surgiu a Morcrof?
PAULLUS: A primórdia formação é
datada no m6es de Dez '92, surgido através do profundo
anseio da expressão musical de três perturbadas almas.
2. Qual é o real propósito da
Morcrof?
PAULLUS: Expressar através da linguagem
musical nossas mais profundas e ocultas reflexões a
respeito do existencialismo mundano e incorpóreo.
3. Fale-nos um pouco sobre a
repercussão da demo "Scientia Ab Mortuus".
Vocês estão satisfeitos com o resultado final desta
obra?
PAULLUS: Scientia Ab Mortuus não
alcançou a perfeição que almejávamos; tem defeitos
neste trabalho em que criticamos. No entanto temos
recebido bons comentários dos impuros que nos conheceram
através desse nosso obscuro trabalho musical... a demo
tem proliferado uma boa repercussão entre os
cultivadores do real Metal.
4. Para quem ainda não ouviu a demo
"Scientia Ab Mortuus", como você
caracterizaria esse trabalho?
PAULLUS: Nosso trabalho se caracteriza
dentro dos limites musicais exigidos pelas raízes do
oculto Metal.
5. Possuem algum novo material? Há
previsão para um novo trabalho?
PAULLUS: Estamos trabalhando nas
finalizações de três músicas para a próxima DT.
Penso que entraremos novamente no estúdio ao início de
1998. Nosso processo de composição é extremamente
longo, lento e desgastante mediante as contínuas
dificuldades que se manifestam dentro e fora da Morcrof.
Estamos mais concentrados na divulgação do material;
relacionados com a DT'96 "Scientia Ab Mortuus".
6. Sobre o que falam as letras da
Morcrof? De onde vem a inspiração?
PAULLUS: Nossa principal inspiração é
a morte. Estado em que todos nós criaturas viventes um
dia virá a encontrar e sentir. A morte em seu presente
momento é o apse do que foi e do que virá...
Desenrola-se aí crenças e estudos herméticos em que
particularmente questionamos e refletimos em letras.
7. O que alguém poderia esperar de
um show da Morcrof? Como o público tem respondido a suas
apresentações?
PAULLUS: Já fizemos shows bons e ruins,
cada festival tem uma situação em particular; porém o
público que já nos conhece sabe que a Morcrof procura
uma postura de respeito e seriedade nas apresentações
musicais. O verdadeiro público exige dedicação das
bandas para com o culto do Metal e não a palhaçadas.
8. Qual a sua visão sobre a atual
cena de um modo geral?
PAULLUS: Confusa e desunida.
9. Agora nos deixe saber quais são
suas bandas, livros e zines favoritos em geral no
momento.
PAULLUS: Apreciamos bandas, livros e
zines que se expressem mais pela América-Latina e alguma
coisa relacionada entre Oriente e Europa. Apreciamos a
leitura literária, mítica, mística, histórica,
mitológica entre civilizações e entre outros temas
dessa linha. Os zines que tenho lido ultimamente são
muito bons, feito por pessoas sérias e competentes do
cenário brasileiro.
10. Daria para você expor seu ponto
de vista com relação ao Satanismo e todo seu conceito
usado atrás do Black Metal de hoje?
PAULLUS: Satanismo é o culto a Satã,
senhor das forças do opostas ao bem. Hoje as bandas
consideradas "Black Metal" procuram a mescla
dos cultos e ritos pagãos, místicos, neonazistas entre
outras tradições arcaicas de civilizações extintas.
Talvez um resgate espiritual nos ancestrais que continham
segredos milenares e através desses conhecimentos a
buscar resposta de nossa existência insignificante
diante do microcosmo e macrocosmo.
11. Obrigado; deixe suas últimas
palavras.
PAULLUS: Reais são aqueles que não
percebem o tempo, pois sempre está presente no culto do
Metal, trabalham para o underground apenas almejando um
cenário forte e digno só pelo prazer que isso p
proporciona, pois o Metal é o reflexo de quem
verdadeiramente o cultiva. Agradeço o espaço cedido por
você Sabathan e que a lealdade e seriedade unam todos
impuros admiradores do oculto conhecimento hermético.
Hail.
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