Gessinger, Licks e Maltz

Ninguém = Ninguém
Até Quando Você Vai Ficar ?
Pampa no Walkman
Túnel do Tempo
Chuva de Containers
Pose (Anos 90)
No Inverno Fica Tarde + Cedo
Canibal Vegetariano Devora Planta Carnívora
Parabólica
A Conquista do Espelho
Problemas... Sempre Existiram
A Conquista do Espaço


NINGUÉM = NIGUÉM
De: Humberto Gessinger
Introdução: A


A
Há tantos quadros na parede
                                     D A  D E
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
          A
Há tanta gente pelas ruas
                                    D A  D A 
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
         D      E
(ninguém = ninguém)
      D
Me espanta que tanta gente sinta
                                A
(se é que sente) a mesma indiferença

Há tantos quadros na parede
                                     D A  D A
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro

Há palavras que nunca são ditas
                     D            F#m E F#m E
Há muitas vozes repetindo a mesma frase:
        F#m    E  
(ninguém = ninguém)
     D
Me espanta que tanta gente minta
                            A
(descaradamente) a mesma mentira

       F#m
Todos iguais
       A
Todos iguais
    D                      A
mas uns mais iguais que os outros

         A
Há pouca água e muita sede

Uma represa, um apartheid
                        D A  D A 
(a vida seca, os olhos úmidos)

Entre duas pessoas

Entre quatro paredes
     
Tudo fica claro
         D         F#m E F#m E
Ninguém fica indiferente
        F#m    E  
(ninguém = ninguém)
      D
Me assusta que justamente agora
                                     A
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora

       F#m
Todos iguais
       A
Todos iguais
    D                      A
mas uns mais iguais que os outros

           D
O que me encanta é que tanta gente

Sinta (se é que sente)

Ou

Minta (desesperadamente)
          A
Da mesma forma

       F#m
Todos iguais
       A
Todos iguais
    D                      A
mas uns mais iguais que os outros
        F#m
tão desiguais...
          A     D   A
tão desiguais...

ATÉ QUANDO VOCÊ VAI FICAR?
De: Humberto Gessinger
Introdução: A B G#m A F#m G# C#m


C#m
Tuas palavras
Como um espelho
(cristais de visão)
Me refletem
Se quebram
Cortam a respiração

Tuas palavras
Duras palavras
Como uma prisão
Me deixam de fora
Fora de circulação

A       B       G#m         A
Tuas palavras...   duras palavras
F#m   G#                  A
Um espelho...   uma explosão
A       B       G#m         A
Tuas palavras...   duras palavras
F#m       G#               C#m
Um prisioneiro...   uma prisão


C#m
Sou dado a sonhos
Como um dado em tuas mãos
Entregue a vícios e crenças
Às vezes rolo pelo chão

Me achas lento
Quando atravesso a escuridão
Por um momento eu me sinto
Como um dardo em tuas mãos

A       B       G#m         A
Tuas palavras...   duras palavras
F#m   G#        A
Das alturas ao chão
A       B       G#m         A
Tuas palavras...   duras palavras
F#m  G#                C#m
Um espelho...   uma prisão

       A                B     G#m                A
?Até quando você vai ficar fazendo o que quer comigo?
      F#m              G#         C#m
?Até quando você vai ficar sem saber o que quer de mim?

       A               B          
?Até quando você vai ficar...

   C#m
...Sem saber o que quer fazer?
...Sem saber o que quer??????
...Sem saber o que???????????
...Sem saber?????????????????
...???????????????????????????
...???????????????????????????

PAMPA NO WALKMAN
De: Humberto Gessinger
Introdução: (Em B)


                          B
se em uma fração nos parecessemos...
                         Em
se algum som nos fosse comum...
                       B
se a comunhão nos abrigasse
                      Em
da mesma noite, mesma chuva...
                       B
se me coubesses feito luva
                        E   E7
se eu procurasse a tua mão...
                     Am
eu ficaria aqui pra sempre
                  G
sempre seria diferente
            F#        B
cada dia à dia amanhecer



se uma razão nos parecesse
                 Em
a natureza inevitável
                     B
qual fronteiras separando
                     Em
estes estados nada estáveis
                            B
quando eu procurasse a tua mão
                     E    E7
encontraria a nossa gente
                   Am
e ficaria ali pra sempre
                  G
sempre seria diferente
            F#           B
cada cara à cara reconhecer



se meu passado fosse outro..
                    Em
se fosse outro o presente...
                     B
se o futuro nos trouxesse
                    Em
o que faltava antigamente
                   B
eu cantaria as canções
                   E    E7
que se fazia de repente
               Am
sacro sino compunha
                G
minha sina, tua unha
        F#       B
carne, sangue & pus


              B
sinto muito blues
              Em
sinto muito blues
              B
sinto muito blues


           B
eu já fui cego
          Em
já vi de tudo
                        B
já vi de tudo e fiquei mudo
                         Em
já fui tão pouco e fui demais
           B
eu estive longe
                   Em
longas tardes à procura
                  B
a loucura esteve perto
                Em
eu estive longe dela
            B
longe da cidade
                  E    E7
cidades por toda parte
                   Am
sempre estive por perto
                  G
por pouco Porto Alegre
                  F#
por certo estive louco
           B
de satisfação


                      B
ouvindo pampa no walkman
                      Em
ouvindo pampa no walkman
                      B
ouvindo pampa no walkman


                    Am
eu ficaria ali pra sempre
                  G
sempre seria diferente
            F#       B
cada dia à dia renascer

TÚNEL DO TEMPO
De: Humberto Gessinger
Introdução: 2x (E G#m A) - A B E


E  G#m       A
te vejo infinita
E  G#m        A
invejo quem grita
                B                     E
o fim do silêncio: canção que não acabou
E G#m           A
interna luz em fuga
E  G#m             A
lanterna sangra e suga
                 B                 E
pra ouvir melhor, melhor apagar a luz


F#m                  E
deve ser o que chamam CANTO DO CISNE
F#m       E
44 minutos do segundo tempo
F#m                  A
pra frente é que se anda
                     B
para a praça, ver a banda passar
F#m
se você for, eu vou
A                     B
se você vier, eu estou no mesmo lugar
F#m                  A
pra frente é que se anda
              B
na rua a banda continua a tocar
F#m                A
sem você, eu fico longe
                B
com você, tudo volta ao lugar


(introdução)


E  G#m      A
há vida na terra
E  G#m        A
há chances de erro
                    B           E
não há nada que possa nos proteger
E   G#m               A
acontece a qualquer hora
E   G#m              A
acontece a qualquer um
                    B        E
não há nada de errado com a gente


F#m                  E
deve ser o que chamam TELHADO DE VIDRO
F#m              E
chuva de granizo, vitrines & vitrais
F#m         A                   B
atire a primeira pedra quem nunca atirou
F#m          A                       B
espere pelo sangue que o bumerangue despertou
F#m        A                       B
atire a segunda pedra, a terceira, o milhar
F#m           A                    B
na idade das pedras que não criam limo
    C#m             B        A
os Flinstones continuam a rolar


F#m                  E
deve ser o que chamam TÚNEL DO TEMPO
F#m                E
ano 2000 era futuro há pouco tempo atrás
F#m                   A
há uma luz no fim do túnel 
                    B
e não é um trem na contramão (eterna luz em fuga)
F#m                     A
há um tempo certo para tudo
            B
para tudo uma razão (ou não)
F#m                   A
há uma luz no fim do túnel
                    B
uma chama que nos chama, nos atrai (lanterna sangra e suga)
F#m         A               B
é a luz do fim do túnel do tempo
     C#m     B        A G#m F# F#m E   (F# F#m E)
fogo fátuo, falta de ar

CHUVA DE CONTAINERS
De: Humberto Gessinger

Introdução: (E D A G)


(E D A G)
Falta pão
(o pão nosso de cada dia)
Sobra pão
(o pão que o diabo amassou)


 F#m
Triste vocação
          A
A nossa elite burra
         B                     (D E)
Se empanturra de biscoito fino
       F#m
Somos todos nordestinos
      A
Passageiros clandestinos
        B             (D E)
Dos destinos da nação
 F#m
Triste destino
     A
Engolir sem mastigar
  B                 (D E)
Chuva de containers
               (F#m A B D E) 57 55 54 55 54 67 65 64 F#m
Entertainers no ar
 (F#m A B D E)
Noir


(E D A G)
Falta pão
                    (47 45 44 57)
(o pão nosso de cada dia)
(E D A G)
Sobra pão
                    (47 45 44 57)
(o pão que o diabo amassou)


F#m            
triste vocação 
          A
a nossa elite burra
         B                     (D E)
se empanturra de biscoito fino
 F#m
triste sina
  A
América Latina
 B                  (D E)
não escaparemos do vexame
F#m      A          B        (D E)
não caberemos todos em Miami
   F#m  A      B
Ame-o ou deixe-o

 A                               G
OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS
      D              C
OS TROVÕES DA CHUVA ÁCIDA
      A     G            D         C
A ACIDEZ OCEÂNICA DE UMA LARANJA MECÂNICA

(A G D C)
Falta pão
(o pão nosso de cada dia)
Sobra pão
(o pão que o diabo amassou)
Falta circo
(no mundo que nos cerca)
Sobra circo
(é só pular a cerca)

(65 67 55 56)
Sobra circo...  falta pão
Falta circo...  sobra pão

POSE (ANOS 90)
De: Humberto Gessinger
Introdução: (Em F C D)


 G         F     C
Vamos passear depois do tiroteio
 G        F           C
Vamos dançar num cemitério de automóveis
    G       F            C
Colher as flores que nascerem no asfalto
 D               C                          G
Vamos todo mundo... tudo que se possa imaginar
 G         F            C
Vamos duvidar de tudo que é certo
 G         F            C
Vamos namorar à luz do pólo petroquímico
    G       F          C
Voltar pra casa num navio fantasma
 D               C                   G
Vamos todo mundo... ninguém pode faltar
 G     F     C
Se faltar calor, a gente esquenta
 G    F      C
Se ficar pequeno, a gente aumenta
 G             F    C
Se não for possível, a gente tenta
 D                      C
Vamos ficar acima, velejar no mar de lama
 Em                           D
Se faltar o vento, a gente inventa
                      C
Vamos esquecer o dia da semana
 Em                      D
Tem que ser agora: anos 90


solo: 3x (G F C) 


 D                       C
Vamos remar contra a corrente
       Em                 D
Desafinar do coro dos contentes
                       C
Se for impossível, se não for importante
 Em                  D    D#°
Mesmo assim a gente tenta


(Em F C D)


Em
Não é pose
    F
Não é positivismo
C              D
Quanto pior, pior
Em
Não é pose
F
No pasarán
C                  D
Não passaremos por isso


     G       F           C
'tô fora voodoo, ranço, baixo astral
     G              F            C
Não vou perder meu tempo brincando de ser mau
     G             F             C
Não vou viver pra sempre nem morrer a toda hora
D          C              Em                    D
Como rasgos pré fabricados num novo-velho blue-jeans
 G          F       C
Morte anunciada, direitos autorais
 G         F          C
Pela tv a cabo uma baleia acaba de nascer
    G        F          C
Nascer pode ser uma passagem violenta
D              C  Em                   D
O futuro se impõe, o passado não se aguenta


(D C Em D)


   D                         C
Meninos de engenho, santa ingenuidade
    Em                       D                    (D C Em D)
Santíssima trindade: sexo, drogas & rock n' roll


(Em F C D D#°)


   Em
É pura pose...pois é...
F                  C               D     D#°
Pós qualquer coisa...o pior não é isso...
   Em
É pura pose...é dose...
F           C                 D     D#°
Posteridade...e o pior não é isso...


 G         F     C
Vamos passear depois do tiroteio
 G        F           C
Vamos dançar num cemitério de automóveis
 G         F            C
Vamos duvidar de tudo que é certo
 G         F            C
Vamos namorar à luz do pólo petroquímico


 A       G   D
Vamos remar contra a corrente
 A     G      D
Desafinar do coro dos contentes
 A            G         D
Vamos ficar acima, velejar no mar de lama
 A          G         D
Vamos esquecer o dia da semana

NO INVERNO FICA TARDE + CEDO
De: Humberto Gessinger
Introdução: 3x(C G#) - G


   C       G#
escuridão

noite liquefeita
 C              G#
tudo toma forma

do corpo que se deita
 C           G# G
na escuridão


   C      G#
escuridão

nenhum olhar aceita
 C                  G#
tudo se transforma

numa cama desfeita
 C           G# G
na escuridão


   C      G#
escuridão

hora da colheita
  C                   G#
pra quem semeou vento

numa cama desfeita
 C           G#
na escuridão
                      A#
um corpo que se deita
                       B°
um corpo em tempestade
            D#   G#
agora já é tarde


 C      G#
solidão

hora da colheita
  C                     G#
pra quem semeou o vento

num corpo que se deita
 C         G#
na solidão
                     A#
de uma cama desfeita
                       B°
um corpo em tempestade
            D#    G#
agora já é tarde


A#         G#           D#
no inverno fica tarde + cedo
A#              G#                           D#
só depois de perder você descobre que era um jogo
   A#                 G#                     D#
um jogo que não acaba nunca, nunca acaba empatado
    A#                   G#                  D#
se foi um jogo, você ganhou: eu perdi a direção
    A#                     G#          D#
se foi um sonho, se foi o céu, eu não sei
A#                 G#               A#
eu que não sei perder, perdi o sono 
          G#            D#
na escuridão, na escuridão


A#              G#                           D#
só depois de perder você descobre que era um jogo
   A#                 G#                     D#
um jogo que não acaba nunca, nunca acaba empatado
    A#                   G#                  D#
se foi um jogo, você ganhou: eu perdi a direção
    A#                     G#          D#
se foi um sonho, se foi o céu, eu não sei
A#                 G#               A#
eu que não sei perder, perdi o medo
          G#             C  G# (C)
da escuridão, da escuridão

CANIBAL VEGETARIANO DEVORA PLANTA CARNÍVORA
De: Humberto Gessinger e Augusto Licks
Introdução: G


(G)                             baixo (G F# E C D) (G F# E A C D)
eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
do alto de uma torre
eu vi a terra
em transe profundo
todo mundo era poeta
todo mundo era atleta
todo mundo era tudo
"DO IT YOURSELF", diziam
"O CÉU É' O LIMITE", acredite
Em        A
é um pesadelo
 C          D        (G D)      baixo (45 47 34 47 45 44 45 47 34 47) 2x
não consigo acordar


(G)                             baixo (G F# E C D) (G F# E A C D)
eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
eram várias variáveis
um vírus voraz no computador
sem rumo:
na contramão do fim da stória
em resumo:
o sonho é OVER (OVERNIGHT)
Em        A
é um pesadelo
 C          D    G
não consigo acordar

3x(C B D) C B G
2x(C B D) C B Am C B G

O SUPRASUMO DA CONTRADIÇÃO

    C  B  D
clichês inéditos
      C    B   D
déja vu nunca visto
         Am
esquerda light
        C    G
diet indigestão
   C     B  D
jagunço hi-tech
   C   B      D
perua low profile
                   Am
cabelo vermelho Ferrari
      C                G
jóia rara para a multidão


(G)                             baixo (G F# E C D) (G F# E A C D)
eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
tudo andava tão caído...
eu andava por aí
sem rumo:
sem rima nem refrão
em resumo:
não tive culpa nem perdão
Em              A
eu tive um pesadelo
      C          D    G
tive medo quando acordei


(G)                             baixo (G F# E C D) (G F# E A C D)
tudo faz sentido
agora que tudo acabou
o céu andava meio caído
antes mesmo de desabar
turistas vorazes
(voyeur)
levavam pra casa
desertos e oásis num vídeo k7
Em              A
anjos em queda livre
        C          D      G
o céu abaixo do nível do mar


(SOLO)


(G D C D)
foi só um pesadelo
um peso pesado caído na lona
! o castelo de areia desmorona !
(paz na terra em transe profundo)
G   D/F#   F  Em
foi só um pesadelo
Am
paz
    C
na terra
     D
em transe
3x(C B D) C B G
profundo

3x(C B D) C B G
2x(C B D) C B Am C B G

(CONTRA A TRADIÇÃO: A CONTRADIÇÃO)

     C      B  D
overdose homeopática
C        B     D
ode ao que se fode
     Am
humildade
            C            G
(com "H" maiúsculo e dourado)
           C     B   D
enfant terrible veterano
      C   B  D
calendário eterno
             Am
fuso anti-horário
 C
luz difusa
                G
confusa explicação
 C    B  D
tara relax
 C  B  D
safe sex
             Am
disneylândia dândi
     C      G
(a grande guerra)
      C   B   D
pantanal new age
     C     B  D
bacanal cristão
              Am
fanatismo indeciso
   C
fanática indecisão

em resumo:
             (G)    
ET COETERA e tal...

PARABÓLICA
De: Humberto Gessinger e Augusto Licks
Introdução: 3x (G D/F#)


G
ela pára
  D/F#  Em   Bm
e fica ali parada
     C        Am 
olha-se para nada
     D/F#
(paraná)
G       D/F#
fica parecida
Em    Bm
(paraguaia)
      C11      Am
pára-raios em dia de sol
      D/F#
para mim
G      D/F#      Em  Bm
prenda minha parabólica
C     G/B       Am D/F#
princesinha parabólica
B7               C
o pecado mora ao lado
A     G D/F# C          G  D/F# Em Bm C Am D/F# 
o paraíso...   paira no ar
B7 C        A      G D/F# C Am D/F#
... pecados no paraíso ...
     Em          Bm
se a TV estiver fora do ar
         Em 
quando passarem
               Bm
os melhores momentos da sua vida
Am             E/G#
pela janela alguém estará
Am7            D
de olho em você
        Em
(paranóica)
Bm               Em 
prenda minha parabólica
Bm               Am/G Am/G# Am/G Am/G#
princesinha parabólica
    Am            Bm 
paralelas que se cruzam
C     D        G
em Belém do Pará
              D/F#            Em  Bm 
longe, longe, longe (aqui do lado)
     C G/B Am         D/F#
(paradoxo: nada nos separa)
    G
eu paro
  D/F#   Em    Bm
e fico aqui parado
     C11      C 
olho-me para longe
      Am           D/F#    G
a distância não separabólica

A CONQUISTA DO ESPELHO
De: Humberto Gessinger
Introdução: Am


Am               C
Eu roubei esses versos
                Em
Como quem rouba pão
  Am         C
Com a mão urgente
      Em
Com urgência no coração
       G
Eu contei stórias
            Am     Am G F
Inventei vitórias
 F                G
Como quem tem preguiça
 F               G
Como quem faz justiça
  F      G       Am  G Am
Com as próprias mãos

Am                C
Eu roubei quase tudo que eu tenho
          Em
Só pra chamar a atenção
 Am                    C
E, quando cheguei em casa
        Em
Vi que lá morava um ladrão
 G                         Am  G F
Eu perdi quase tudo que eu tinha
F  
A paz

          G
A paciência
F          G  F     G          Am
A urgência que me levava pela mão

 Am               C
Uma noite interminável
            Em
Numa cela escura
     Am
!!! sentido !!!
       C
... senhores...
                Em
Censores sem poder de censura
  G
O ruído dos motores
                 Am   Am G F
Numa sala de torturas
       F              G
.... senhoras & senhores...
 F               G F  G     Am
Censores sem talento sensorial


Am           C
Nunca mais saiu da minha boca
        Em
O gosto amargo da palavra traição
 Am         C
Nunca mais saiu da minha boca
    Em
Nenhum elogio a nenhuma paixão

  G
Uma noite mal dormida
            Am          Am G F
Um país em maus lençóis
 F
Sem sono
 G
Sem censura
 F         G   F G
100% de nada não é nada:
            Am
É muito pouco

 F
Sem sono 
 G
Sem censura
 F           G F G
100% de nada não é nada:
             Am
É muito pouco

PROBLEMAS... SEMPRE EXISTIRAM
De: Humberto Gessinger
Introdução: Am


         C
não fui eu
    G/B   Am
não foi você
          C          G/B   Am
nem foi a máquina de escrever
Bm              Am
que matou a poesia
              C
não foram os Deuses
    G/B             Am
nem foi a morte de Deus
             C     G/B  Am
não foi o jabá da academia
Bm              Am 
que matou a poesia
Bm              C#m D C#m D E E7
que matou a poesia


Am          C
o fim de semana
  G/B       Am
o fim do planeta
               C       G/B      Am
a palavra "sarjeta" no fim do poema
Bm                      Am
problemas... sempre existiram
                   C
esteróides anabolizantes
          G/B
(samplers)
               Am
dicionários de rima
           C        G/B        Am
o medo do fim no final das contas
Bm                      Am
problemas... sempre existiram
Bm                      C#m
problemas... sempre existiram
              D
sempre existirão
              C#m 
sempre existirão
              D   E E7
sempre existirão


C#m         B                A              D
a última palavra é a mãe de todo o silêncio
C#m        B                  A              D
façamos silêncio para ouvir o último suspiro
C#m          B            A          D      (E E7)
descanse em paz a mãe de todas as batalhas
C#m         B                A              D
a última palavra é a mãe de todo o silêncio
C#m          B        A              D
descanse em paz, dê o último suspiro
C#m        B                  A        D    (E E7)
façamos silêncio para ouvir o último poema


A
por que você não soa quando toca
G
por que você não sua quando ama
A
ninguém derrama sangue quando perde 
G
guerras de fliperama
E
por que você não sua quando toca
D
por que você não sua quando ama
E
por que você não soa quando toca
E7
por que você não sua quando ama


C#m            B         A     D
as mentiras da arte são tantas...
C#m      B             A   D
...são plantas artificiais
C#m          B
artifícios que usamos
      A              D
para sermos (ou parecermos)
      (E E7)
mais reais
C#m   B          A   D
um pedaço do paraíso
C#m      B        A    D
uma estação no inferno
C#m  B     A      D            (E E7)
uma soma muito maior do que as partes:
 (E E7)
as mentiras da arte


            Am  
(o último poema)

A CONQUISTA DO ESPAÇO
De: Humberto Gessinger
Introdução: A


 (A)
Costas quentes (sempre em frente)
Frente fria (sempre me frente)
Sangue quente (sempre em frente)
Demente sangria (sempre, sempre)

  A  
Passo à passo à eternidade
                     F#        E
Um passo em falso: a cara no chão
 A
Um grande passo pra humanidade
                      F#         E
Um pequeno veneno pra cada um de nós

  D     E             A    G# F#
- Lá do alto deve ser bonito!
  D        E             (A)
- Aqui de cima é muito legal...
  D       E             A    G#   F#
- No asfalto meus tênis derretem!
   D      E                (A)
- Aqui em cima nem frio nem calor...

  (A)
Bola nas costas (sempre em frente)
                    G#     F#
Atrás vem gente (sempre em frente)
 (A)
Sempre alerta (sangue frio)
                  G#      F#      (A)
Sempre em frente (sempre, sempre)

 A
Passo à passo-pégasus
                G#      F#
Pegadas pelo espaço a conquistar
 A
Bola de neve morro àbaixo
                      G#       F#
sempre em frente, pra cima, pro alto

   D       E          A     G#  F#
- Lá do alto deve ser esquisito...
   D         E             (A)
- Aqui de cima até que é normal
    D         E              A    G#      F#
... minha cabeça pesa quase dois séculos...
   D           E             (A)
- Meu corpo flutua, peso nenhum!

(A)
cara à cara (a conquista do espelho)
passo à passo (a conquista do espelho)


  D       E             A    G#  F#
- Lá do alto deve ser bonito!
  D        E             (A)
- Aqui de cima até que é normal...
   D       E                 A    G#   F#
...Minha cabeça presa entre dois mundos...
  D        E                     (A E)
-Meu corpo flutua: Mundo nenhum!

 A                   F
A MÍDIA... A MEDIOCRACIA
 A            F
MUITO ZORRO E NENHUM SARGENTO GARCIA
   A        F
...FRANCAMENTE...
         G
HÁ MUITO JÁ NÃO SOMOS COMO JÁ FOMOS:
   G
TODOS IGUAIS
IGUAIS AOS POUCOS QUE AINDA ANDAM
  A                        C
IGUAIS A TANTOS QUE ANDAM LOUCOS
  A                        C
IGUAIS A LOUCOS QUE AINDA ANDAM
  A                        C
IGUAIS A SANTOS QUE ANDAM LOUCOS
DE SATISFAÇÃO
  B                  C B A                                  G
OUVINDO PAMPA NO WALKMAN (descubro um passado que não me pertence)
 B                   C B A                         G
OUVINDO PAMPA NO WALKMAN (3rd world music, mito e nonsense)
 B                   C B A                       G
OUVINDO PAMPA NO WALKMAN (pertenço a um país que não me pertence)
 B                   C B A                          G
OUVINDO PAMPA NO WALKMAN (não sou gaúcho: sou portoalegrense)
FRANCAMENTE