Jose de Alencar






        José Martiniano de Alencar nasceu no dia 1º de Maio de 1829, na cidade de Mecejana, Ceará. Era filho de um ex-padre que se tornou presidente da Província do Ceará e senador do Império. Em 1833 quando Alencar tinha nove anos mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1844 quando tinha 15 matrilou-se nos cursos preparatórios para a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. Foi na faculdade que conheceu a obra de Victor Hugo, Balzac e Chateaubriand e também o recém-lançado romance, A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, obra que o influenciaria na decisão de tornar-se escritor.
       No ano de 1848 tranferiu-se para a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, onde na velha biblioteca do Mosteiro de São Bento, encontrou a literatura de Gabriel Soares de Sousa e Pedro Magalhães Gandavo, antigos cronistas coloniais. Tais obras, mais tarde, o inspirariam a escever os celebres romances "O Guarani" e "Iracema".
          José de Alencar formou-se em Direito no final de 1850 e após contrair tuberculose voltou para São Paulo. No ano seguinte veio ao Rio onde começou a trabalhar como advogado. Em 1854 começou a escrever para o jornal "Correio Mercantil", na qual comentava assuntos variados do cotidiano do Rio de Janeiro e do Brasil. Esses textos leves e com temáticas do dia-a-dia da sociedade, podem ser considerados o precursores da crônica moderna, em que destacariam-se, no século XX, escritores como Rubem Braga, Fernando Sabino e Carlos Drummond de Andrade.
           Em 1856 publicou seu primeiro romance, "Cinco Minutos". No ano seguinte começou a escrever "A Viuvinha", seu segundo romance, que foi interrompida quando um companheiro seu publicou, por engano, o final da história na "Revista de Domingo". No mesmo ano começou a escrever "O Guarani", seu romance mais famoso. Uma obra prima da Literatura Brasileira.
              Entre 1857 e 1870, além de publicar diversos romances, entre eles "Lucíola"(1862) e "Iracema"(1865), José de Alencar elegeu-se várias vezes deputado, tendo sido ainda ministro da Justiça entre 1868 e 1870. Nesse ano abandonou a política e intensificou sua produação novelística. Em 1875 publicou "Senhora" um de seus romances mais complexos.
            Ao morrer em 1877 era considerado o maior escritor brasileiro principlamente por Machado de Assis, seu amigo e mais fiel admirador, que logo ocuparia seu lugar. Para Machado, "nenhum outro escritor teve em mais alto grau a alma brasileira".
           Sua produção literária inclui romances, peças para teatro e textos não ficcionais. Sua obra retrata tanto o mundo selvagem e a miscigenação do índio com o branco, como a sociedade burguesa de sua época.

Romance:
Cinco Minutos (1856);
A Viuvinha; O Guarani (1857);
Lucíola (1862);
Diva (1864);
Iracema; As Minas de Prata 1º vol. (1865);
As Minas de Prata 2º vol. (1866);
O Gaúcho; A Pata da Gazela (1870);
Guerra dos Mascates 1º vol.; O Tronco do Ipê (1871);
Sonhos D'Ouro; Til (1872);
Alfarrábios; Guerra dos Mascates 2º vol. (1873);
Ubirajara (1874);
Senhora; O Sertanejo (1875);
Encarnação (1893)

Teatro:
O Crédito; Verso e Reverso; Demônio Familiar (1857);
As Asas de um Anjo (1858);
Mãe (1860);
A Expiação (1867);
O Jesuíta (1875).
 
 

Página Principal|Romancistas|Livros|Perfil|e-mail