Ao contrário do que muitos pensam, o Faith
No More já trilha nas estradas do rock desde 1981, a formação
era um tanto diferente da atual, um dos motivos do reconhecimento tardio,
mas avassalador, deste quinteto de San Francisco. Na época era um
quarteto, que contava com Mike Bordin, Billy Gould, Mike Morris e Wade
Worthington, eles formaram uma banda chamada Faith No Man.
Wade Worthington deixou a banda em seu lugar entraria
Roddy Bottum; depois foi a vez de Mike "The Man" Morris sair, como dá
pra notar o nome Faith No Man derivou de Mike "The Man" Morris, como já
haviam gravado demo, Billy resolveu deixar o nome quase igual: então
que surge FAITH NO MORE (no more seria um trocadilho "nunca mais" se referindo
a Mike Morris).
Após mudar vários vocalistas, inclusive
Courtney Love, sim ela passou pelo FNM, Chuck Mosley se junta a banda em
1983, no mesmo ano Jim convida Mark Bowen pra entrar na banda, eles gravam
uma demo com quatro músicas que viria a se torna o We Care A lot,
gravado pela mordan Records em 1985.
O We Care A Lot, embora ele seja muito bom, foi
um fracasso comercial dos idos de 1985, e que contava ainda com Chuck Mosley
nos vocais, na época a formação era: Chuck Mosley
(vocal), Jim Martin (guitarra), Roddy Bottum (teclado), Bill Gould (baixo)
e Mike Bordin (bateria).
O FNM já mostrava que seria uma das bandas
mais geniais de todos os tempos, devido suas origens: Jim tocava no Vicious
Hatred e numa banda chamada Pigs of Death, Roddy, apesar de nunca ter estado
em outra banda, toca piano desde os 3 anos de idade; Bordin e Jim também
haviam tocado juntos numa banda chamada Easy Street, enquanto Gould esteve
no The Animated, que era uma mistura de Fishbone com Buzzcocks. Depois
viria Patton do magnífico Mr. Bungle.
Em 1987 eles assinam com a Slash Records e gravam
o Introduce Yourself, trazendo uma versão para We Care A Lot, que
ajudou a promover bastante este álbum visto que era um hit inevitável
para eles. Também foi neste ano que Chuck foi expulso. Naquela época
o FNM ainda tentava cicatrizar as marcas de um difícil início
de carreira. Muitas decepções e raiva marcaram aquela fase.
"Infelizmente tensão é um subproduto
da química de nossa banda" - Bill Gould
Mas o FNM não era só baixo astral
naquela época, a prova disto foram as subsequentes tours que possibilitaram
à banda dar um passo em direção ao estrelato: abriram
para Metallica, co-estrelaram performances as lado de Red Hot Chili Peppers,
sem contar uma mini-tour com Robert Plant.
Chuck seria afastado da banda por motivos de drogas,
álcool e falta de capacidade, Jim que tinha ouvido uma demo do Mr.
Bungle (detalhe, nessa demo que ele ouviu, o Mr. Bungle fazia Death Metal)
convidou Mike Patton pra se juntar ao FNM, logo eles começaram a
trabalhar no que viria a ser The Real Thing.
Em 1989 apareceu a cartada decisiva chamada The
Real Thing, trazendo Mike Patton nos vocais. O disco passou um tempo desapercebido,
mas após a explosão do clip EPIC o álbum estourou
e virou um sucesso mundial de vendas. O clip de Falling to Pieces veio
em seguidae ajudou a tornar este disco no primeiro grande sucesso do FNM.
No Brasil as vendas foram alimentadas pela vinda da banda ao Rock in Rio;
tudo o que levava o nome de FAITH NO MORE vendia escandalosamente, por
isso, nada mais natural do que lançar um álbum ao vivo gravado
em 1990 no auge do sucesso de The Real Thing. Foi assim que saiu o Live
at the Brixton Academy que inclusive tem um home-video do mesmo nome.
Em 1992 saiu o quarto álbum da banda: Angel
Dust. Embora não tenha alcançado as vendas do The Real Thing,
foi um sucesso de vendas e de crítica, tendo visto que o FNM já
não era mais uma banda desconhecida, todos já esperavam pelo
álbum, no Brasil houve um estouro de vendas após sair a versão
dele com a Easy. Nessa época saiu o segundo home-video da banda
chamado Video Croissant, que diferente do Brixton esse HV só conta
com clipes, bastidores e entrevistas, exceção da versão
de Caffeine ao vivo para a Mtv. Assim como todos os álbuns do FNM,
Angel Dust já não se assemelhava com o anterior, o que levou
Jim Martin (pelo menos é o que dizem até hoje, verdade? quem
sabe?) a deixar o FNM após a tour em novembro de 1993.
Em 1995 o FNM lança o King For A Day,
Fool For A Lifetime, ainda sem guitarrista fixo (quem gravou as guitarras
deste álbum foi Trey Spruance, guitarrista do Mr. Bungle) ele tocou
nos primeiros shows da tour e saiu, enfim que entra Dean Menta para fazer
a tour, não durou muito, no próximo álbum ele já
não estaria mais, mas pudemos ver a performance dele no Monstrers
Of Rock (que diga-se de passagem FNM foi único naquela noite chuvosa,
Ozzy e Alice?¿?¿ isso é Monsters Of Rock ou ....deixa
pra lá... só tenho um comentário para fazer, o Ozzy
deveria ter deixado o FNM tocar War Pigs); bom, voltemos ao que interessa,
com uma vendagem modesta no começo foi só o FNM pegar a estrada
que lá estavam eles na parada da Billboard, disco de ouro, t.v.,
rádio, etc..., mais do que normal, FNM nunca foi e nunca será
(espero) uma banda comercial, eles são o que são por competência.
E finalmente saiu em 1997 o Album Of The Year, contando
agora com Jon Hudson nas guitarras. Musicalmente perfeito, Album Of The
Year, logo que saiu já implacou nas paradas, uma grande vendagem
de discos, clipes e músicas como Last Cup Of Sorrow e Ashes to Ashes
tocando direto. Com shows lotados por onde eles passaram.