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Letras
última atualização aconteceu no dia
09 de outubro de 1999 às 09:25, sábado.


A festança dos átomos

Nossos olhos pelados não conseguem enxergar
uma desconhecida população
é o grande mundo microscópico fervecendo
mostrando sua energia

A patota vive sempre muito agitada
representando uma nação
festança rola solta eliminando
uma tal de monotonia

Festinha dos átomos é diversão garantida
num ambiente esperto, na boite molecular
Núcleo mental a ponto de partida
todos vibrando com a banda à tocar

conversas atômicas , comunicação celular
novo paradigma, dinâmica sintonia
mentores ocupando todo nosso ar
comandando nossas ações sem provocar disritimia
Elo Pedroca & Rocha Perdido

Uma dúvida intrigante a se esclarecer
Sobre o surgimento de tal criatura
Tosco, empredrado e tão primitivo
Nascia o "troglô" rocha pedroca

Numa época distante, Idade da Pedra
Um elo perdido a se desvendar
A ciência relata sobre tal mistério
Evolução das espécies algo familiar

Transição descontínua de macacos à Homosapiens
Nem todos atingiram a espécie "atual"
Macaco modelado em corpo de Homosapiens
É o Rocha Pedroca que poderá te enganar

No intermédio ficaram, encravados no tempo
Despojando atitudes de um tiranossauro
Desejo pelo poder numa crise de existência
Pensando ser um homem por mostrar sua violência

Macacos viraram homosapiens?
Homosapiens são macacos?

Um dia no futuro que não seja distante
O despertar de pedroca para o mundo real
Olho no olho, fragilidade e medo adiante
Lágrimas descendo ao ver um fóssil na pedra
Skasca-grossa (os caxias contratacam)

Nascidos no meio da burrice humana
Não deram o braço a torcer
Botando a galera pra queimar a pestana
Não dando espaço pra correr.

Como buracos-negros não deixam nada escapar
O que é imbecil vão desintegrar,
garotos e garotas Frekazóides
Destruindo pensamentos molóides.

Subordinados à vontade de evoluir,
Com sonzinho dos infernos querem ir
Para além das meras aparências
Desenterrando inteligências

Chutando o pau da barraca dos manés
Que insistem em ficar empacados
Na topeirice lerda da cabeça aos pés
No estrume de fuchicos tapados

Além dos computadores eles nos une
O sonzinho dos infernos e o cérebro imune
Sabendo questionar velhas ideologias
Com ou sem óculos, protesto dos caxias

Zuando o barraco da imbecilização
Skascagrossa
Papo sério na diversão
Zuando o barraco das velharias
Skascagrossa
O contrataque dos caxias
Bigádu Mama Mídia

Minha mamãe sempre dizia
Que tomasse cuidado com a tal erva do capeta
Porque os maconheiros esguicham na gente
Dando coceiras em nossas rabetas
E em nome de Deus só poderia drogar-me
Com uma cerveja, uma cerva legal
Porque no rótulo tem duas freiras
Símbolo cristão, paixão nacional

É melhor trocar uma criança
Por um cachorrinho de madame
Porque são mais humanos
E os documentos eles nos lambem
Também que pelo ralinho do banheiro
Nóis num engravida ninguém
Porque descascar uma banana
O santíssimo Papa liberou, amém!

Esse papo de mostrar meu currículo por aí
Eu não sou chegado
Porque o homem veio do barro
E de sua costela uma delícia ensopada!
Que deixa em pé e exaltada
Até a mais humilde lumbriga
Certamente isso não é machismo
Pois está escrito na bíblia amiga!

Hoje sei o que é certo ou errado
Sou um adulto feliz
Politicamente correto
Que não tira meleca do nariz
Enclausurado em meu escritório
Aprendi o que é liberdade
Hoje sou a madre superiora
A dona da verdade

Mama mídia minhas opiniões devo a você
Verdades em supositórios (todas prontas) na TV

Império dos Sentidos

Desculpe imperador estou sartando fora
Estou dando adeus a este mundo agora
Estou esgotado de tantas viagens
Do seu mundo encantado da alegria e da felicidade

Eu sei que sou o último por essas bandas
E sozinho não consigo mais segurar as pontas
Velhos tempos quando aqui era povoado
Estou mandando por estar muito lesado

Pois é conseguiu realmente aos meus irmãos derreter
Adeus a seu mundo encantado imperador THC

Último neurônio pode em paz partir
Pode deixar este doidão aqui
O que me interessa não é o mundo real
Pois sou imperador da ordem transcendental

Eu só quero te levar para um mundo engraçado
Tem culpa eu te deixar um Leuris Chapado?

Se meus irmãos se mandarem, livres estamos
Pois no meu mundo encantado deles não precisamos
O que interessa é que sou natural
Expulsar neurônios tem algo de mal?
Papai Noel traga unzinho para mim

Uma bruxa me falou no ouvido
Que aquele serzinho não deveria ter comido
Mas como a diferença eu iria saber
Gnomo ou duende não consigo entender
Eu não preparo tudo que como
acho que a culpa é mesmo do mordomo
sei que a verdade está lá fora
mas estou com preguiça de sair agora
quero ficar curtindo a verdade que entendo
neste OVNI tão quentinho aqui dentro
se um guru em minha testa não tivesse cuspido
talvez meu problema não tinha sido resolvido

Hoje levantei mesmo como um ser iluminado
Pô mamãe apaga esta luz por que eu já tô acordado
Cabeça de minduim cansaram de me chamar
Mas massinha cinzenta não é mesmo pra modelar?

Pensar?! Não sei que chuleta é essa
Talvez pra mim esta coisa presta

Comentaram sobre um tal de terceiro olho
Percebo o problema quando evapora o repolho
Sou tão feliz por ser livre com autenticidade
Com a supertição guiando esta liberdade

Cérebro?! Ainda vou ter um sim
Vai papai Noel traga unzinho pra mim

Às vezes gostaria até de questionar
Mas é papo de maluco tal questão pensar
Se não tenho nada a lhes oferecer
Esperem até meus discípulos conhecer
Repressão de sentimentos

A fuga é o compromisso que acaba de fazer
Omitindo uma verdade de suma importância
Ataque traiçoeiro no ar sem compreender
Sujeira completa preenchendo uma instância

Mais que papo é esse, não fiz por querer
O intelecto nem sequer me avisou
A bomba estourou não tive como reter
O orifício ocular se manifestou

Insegurança a sua mostre a cara rapaz
Campanha de desarmamento acontecerá
Procure assumir o que soltas por trás
Não pense que essa arma esconderá

Sou um menino que gosta de repolho
Não me reprima não faça careta
Se é pra assumir assumo e não minto
Mando forte essa bomba para todo planeta

Como narrador não dou pitaco
Comento um caso imparcialmente
Sobre dois cidadãos inatos
Um ditadorzinho e puro rebelde
Rocha Pedrocka

Bronco, rude e peludão nas costas
Modelo ideal de que todas gostam
Budum suado chamando de danada
Não há mulher que resista tal cantada

Mulher cérebro não pode ter querem carinho maior deprê
Tem que ser gostosa e inteligente como um camarão
Sem papo de respeito ou delicadeza, só dar o comidão
Minha musa encontrei, com a cabecinha de vento me casei

Sendo sexo frágil talvez ela não agüente
Tudo preparado para caso lhe arrebente
Como Rocha Pedrocka sempre previnido
Remendo de pneu, bomba de ar comprimido

Pedrockinha como tinha mesmo de ser
Somente esta danada gostaria de você
Pedrockinha é ela que estava em sua mente
Boneca inflável, um love para sempre


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