Banda que melhor representa o progressivo italiano. É o país que mais originou bandas progressivas, depois da Inglaterra, é claro. Os italianos sempre foram admiradores de músicas clássicas e orquestradas e bastante exigentes com a qualidade da música. Com a ascenção do progressivo surgindo no final dos anos 60, a Itália teve vários fãs de bandas como Genesis, King Crimson, Gentle Giant e Pink Floyd, começando a se influenciar pelo estilo deles. A Premiata é um exemplo.
No panorâma musical do fim dos anos 60 na Itália, surgia a banda "I Quelli", formado por Flavio Premoli no órgão, Franco Mussida na guitarra, Giorgio Piazza no baixo e Franz di Cioccio na bateria. Enquanto a maioria tocava músicas populares e de fácil audição, eles se encarregaram de compor temas complexos e bem arranjados. A formação ficou completa quando os integrantes do "I Quelli" encontraram Mauro Pagani, que tocava flauta e violino. Após fecharem contrato em 70, eles decidiram escolher um novo nome pra banda. O nome escolhido foi o de uma padaria na província de Brescia: "Forneria Marconi". Depois, adicionaram a palavra "Premiata" na frente. Era o início da história da banda.
A PFM ficou conhecida após gravarem um album em inglês, em 73, pelo selo Manticore (do ELP), entitulado "Photos of Ghosts". Ninguém menos que Peter Sinfield escreveu as letras em inglês da banda, exceto pela faixa "Il bancheto", cantado em italiano. As músicas eram, na verdade, uma adaptação de outras em italiano de seus albuns anteriores Per Un Amico e Storia de Un Minuto. O album seguinte, chamado The world became the world (lançado na Itália como L'Isola di Niente), apresentava o baixista Patrick Djivas no lugar de Giorgio Piazza e em 75, Bernardo Lanzetti assume os vocais principais da banda, gravando Chocolate Kings, um grande sucesso da banda. Entretanto, no disco seguinte, Jet Lag, Pagani foi substuído por um outro violinista chamado Gregory Bloch, enfraquecendo o som do grupo.
Depois da frustação de Jet Lag, eles passaram a gravar somente em italiano, substituíndo Gregory Bloch por Lucio Fabri no teclado e violino, e Franz di Cioccio passou a ser o novo vocalista. Infelizmente, a partir daí, eles estavam deixando seu lado progressivo (presente no excelente Photos of Ghosts) e passaram a contar cada vez mais com o uso de sintetizadores.
Após um longo período sem gravarem, retornaram a ativa em 96. Mesmo com seu declínio, continua uma banda de grande prestígio.
Photos of Ghosts
Ótimo trabalho da banda, caracterizado pelo som progressivo e bem arranjado. Começa com a excelente
River of Life, uma música bem complexa, iniciado com um belo instrumental sinfônico durando dois minutos,
interrompido por uma seqüencia bem agressiva. O vocal acalma novamente a música. Segue-se Celebration,
outra boa música, com um arranjo mais leve. A faixa título e Mr.9 till 5 também são bem complexos, e
Il Bancheto vêm na integra com os vocais em italiano. Um excelente album da banda, que mais tarde,
iria deixar o caminho progressivo e sinfônico pra se aventurar com os sintetizadores e as constantes
modificações da banda (tanto em membros, quanto na musicalidade).