Um dos grupos de rock progressivo mais conhecidos, formado por Jon Anderson (vocais), Chris Squire (baixo), Peter Banks (guitarra), Tony Kaye (teclados) e Bill Bruford (baterista), gravaram dois discos que continham regravações de canções dos Beatles e de outros grupos, além de material próprio. Em 1970, Steve Howe substitui Peter Banks e gravam o 'Yes Album', considerado por muitos como o primeiro disco da banda.
Em 1971, com a entrada do lendário Rick Wakeman no lugar de Tony Kaye, surge a maior formação do Yes. Gravam o album 'Fragile' e 'Close to the Edge'. Mais tarde, Bill Bruford (que vai para o King Crimson) é substituido por Alan White.
Após o duplo Tales of a Topographic Ocean, Wakeman acaba saíndo também. Em seu lugar, entra Patrick Moraz, muito fraco em relação a Wakeman, e por isso, seu próximo trabalho, Relayer, não faz tanto sucesso. Depois, gravam mais um album chamado Tormato, com Wakeman voltando aos teclados. O som aéreo de Wakeman contribui bastante, mas as faixas estavam rumando ao pop rock, e por isso, não se saiu tão bem quanto os outros albuns. Devido a problemas de integração, a banda se separa.
Em 1980, Howe, White e Squire se juntam à dupla Buggles (Trevor Horn e Geoff Downes) e gravam o interessante Drama (Buggles ia muito para a área tecnopop, o que causou uma certa apreensão no público com a união incomum).
Em 1981, a banda se separa novamente. Howe se junta à banda Asia (contando também com John Wetton e Carl Palmer) e Squire e White chamam Jon Anderson para voltar ao Yes. Acabam desenterrando Tony Kaye, o antigo tecladista da banda. Para completar, o guitarrista Trevor Rabin (que colaborou com as letras do Yes, junto com Jon, letrista titular).
Depois de Big Generator, o Yes se dividiu em dois: Anderson, querendo se juntar a Bruford, Wakeman e Howe, e a outra que detia o nome oficial do Yes, Squire, Rabin, White e Kaye. Em 1991, inesperadamente as duas facções se juntam e gravam Union. Após tantas brigas, a banda consegue se equilibrar e ainda gravam Talk em 1994, e o novíssimo The Ladder (com o guitarrista Billy Sherwood).
Discografia:
Yes (l969)
Time And A Word (l970)
The Yes Album (l97l)
Fragile (l971)
Close To The Edge (l972)
Yessongs (l973)
Tales From Topographic Oceans (l973)
Relayer (l974)
Yesterdays (l974)
Going For The One (l977)
Tormato (l978)
Classic Yes (l979)
Drama (l980)
Yesshows(l981)
90125 (l983)
9012Live (1985)
Big Generator (1987)
Union (1991)
Yesyears (1991 - coletânea)
Yesstory (1992)
Highlights: The Very Best of Yes (1993)
Talk (1994)
The Ladder (1999)
Fragile
O album Fragile, lançado em 1971, possui a famosa 'Round About', uma música bem leve e bem progressiva, 'South Side of Sky', outra música bem progressiva, mas, infelizmente, não muito valorizada, e 'Heart of Sunrise', que contém excelentes seqüências instrumentais, bastante comum da banda. As outras faixas são basicamente músicas curtas e instrumentais de cada integrante da banda (destaque para 'Fish' de Squire e 'Mood for a Day', de Howe)
Highlights
O Highlights é o melhor pra conhecer seus maiores hits, embora eu não ache melhor que os outros albuns, pois a maior parte não é progressiva (senão, iam caber relativamente poucas músicas). Inclui: Roundabout, Going for the One, Starship Troopers, Soon, Rhytm of Love e a música mais conhecida da banda: Owner of Lonely Heart.
Close to the Edge
Close to the Edge possui três longas faixas, a faixa título contendo 18 minutos de música, onde Rick Wakeman realmente mostra seu potencial, incluindo excelentes momentos instrumentais antes do climáx da música. "And you and I", contando com guitarras acústicas e mellotrons (instrumento muito usado em bandas progressivas) e a minha favorita, Siberian Khatru, uma faixa no estilo de Roundabout. Esse album está entre as obras-primas do rock progressivo!
Relayer
Outro album com apenas três faixas (como em Close...). Conta com Pat Moraz no lugar de Wakeman, mas ainda assim, é um bom trabalho. A longa 'The Gates of Delirium', com 21 minutos de música, leva o ouvinte a passear por todas as guerras mundias. Um confronto entre a guitarra de Howe e os sintetizadores de Wakeman, essa faixa é delirante. A parte final fica calma, com a parte 'Soon', que foi lançado posteriormente como um single. 'Sound Chaser' possui uma longa seqüência instrumental, focando Howe na guitarra (e ele mostra que não está lá por acaso). Finaliza com a balada 'To be Over', com os belos vocais de Anderson. Muito bom trabalho, mas só ouça depois de Close to the Edge.
Going for the One
Com a volta de Wakeman, Yes produziu outro clássico. Nada daqui fica abaixo do nível Yes. Começa com a faixa título, onde Anderson começa cantando meio que rock'n roll (chega a lembrar Robert Plant bem no início). A faixa 'Turn of the Century' chega a ficar depressiva, mais um exercício das letras muito bem elaboradas de Anderson. 'Wonderous Stories' se tornou outro hit do Yes e prepara o ouvinte à viagem que vem à seguir: 'Awaken', considerado por muitos como a melhor faixa do Yes. Começa bem energético, com solos de Howe e o baixo de Squire. Mais tarde, Anderson aparece tocando harpa e parte para a melhor parte, com seus vocais e o órgão de Wakeman como pano de fundo. Mais um trabalho essencial.
Tormato
Última participação de Wakeman com o Yes. Apesar de roubar a cena, é um trabalho que, só após ouvir bastante, é médio. Estava mostrando o caminho que a banda rumava em direção à Owner of a Lonely Heart, ou seja, canções bem pop, mas sempre naquele estilo "alegre", marca registrada do Yes. Não há muitos momentos de Howe, nem Squire. Mesmo assim, destaque para a faixa 'Arriving UFO', 'Don't kill the Whale' e a excelente 'Onward'.