Os Paralamas do Sucesso

Paralamas: história de Sucessos

Mais fortes do que nunca.

"Os Paralamas do Sucesso vão tocar na capital", já diziam os três rapazes no tempo de "Cinema Mudo". Hoje, quase treze anos depois de Vital e Sua Moto, ninguém pode negar que a profecia estava certa. Com 14 discos lançados (11 em português e três em espanhol), "Os Paralamas do Sucesso" são uma das melhores bandas na cena do BRock, o rock nacional. São um símbolo perfeito de consistência: ainda tem aquela mesma formação do verão de 84, e mantiveram sempre um alto nível de qualidade, tanto no estúdio quanto no palco.

Herbert Vianna (voz e guitarra), Bi Ribero (baixo), e João Barone (bateria) nunca foram de grandes pretensões. Eles tinham sua bandinha enquanto estudavam na faculdade, e achavam que ter uma fitinha tocando na Fluminense-FM e um show no Circo Voador era simplesmente o máximo. Foi assim que tudo começou, com "Cinema Mudo". O disco vendeu 80 mil cópias, um número respeitável para a época. Seguiram com "O Passo de Lui", um disco repleto de hits como Óculos, Meu Erro e Me Liga entre outras. Foi também nesta época que Os Paralamas estouraram. O empresário da banda, José Fortes, batalhou firme e conseguiu que a banda fizesse dois show no Rock In Rio, um festival enorme realizado em Jacarépagua.

Os meninos fizeram bonito, e saíram de lá consagrados como a melhor banda nacional. Ao mesmo tempo "Selvagem", o terceiro disco da banda, chegava as lojas. Nesse disco Os Paralamas escancaravam com tudo, desde o Rock básico de protesto da faixa título até os ritmos Afro-Caribenhos presentes em A Novidade e Alagados. O disco vendeu mais de 700.000 cópias, o maior êxito comercial da banda ate "Vamo Batê Lata". Depois de "Selvagem" veio "D", um disco ao vivo gravado no festival de Montreaux na Suíça. Também foi lançado simultaneamente "V", um registro em vídeo do mesmo show.

O quinto disco da banda foi "Bora-Bora". "Bora-Bora" foi um disco curioso, com um lado A super-alegre e um lado B que era pura dor-de-cotovelo (Herbert acabara de se separar de Paula Toller). Também foi neste disco que os Paralamas incorporaram pela trio de metais permanente, embora já tivessem feito uso de saxes, trompetes e trombones em outros discos.

Depois veio "Big Bang", em 1989. Uma das faixas de destaque do disco é "Lanterna dos Afogados", uma bonita balada com ótimos solos de Herbert, muito popular até hoje. Em seguida, Os Paralamas lançaram uma ótima coletânea, "Arquivo". Arquivo continha 14 dos maiores sucessos do grupo, e mais uma "versão 80" para Vital e Sua Moto. Esse disco também incluía a inédita Caleidoscópio, uma composição de Herbert previamente gravada por Dulce Quental. Ao mesmo tempo Os Paralamas atacaram pela primeira vez o mundo latino, lançando"Paralamas", uma espécie de "Arquivo" comprimido e em espanhol, e com a adição de "Trac-Trac", do argentino Fito Paez.

Depois do lançamento de "Arquivo" e "Paralamas", os rapazes decidiram dar um tempo. Neste ponto, a banda já estava consolidada como uma das melhores do Brasil e da América do Sul. Bi e João já estavam reconhecidos como uma das melhores "cozinhas" da cena brasileira, e Herbert ganhava elogios e mais elogios pelos solos limpos e composições criativas.

Herbert aproveitou o break para se casar com a inglesa Lucy Needham, lá na Inglaterra. O pessoal descansava, e parecia até que a banda tinha virado segundo plano. Mas não. Esse tempo todo foi passado no estúdio, refinando "Os Grãos" o oitavo disco dos Paralamas. "Os Grãos" foi lançado em 1992, com altas expectativas de Herbert, Bi, Barone & Cia. No entanto, o público não correspondeu. "Os Grãos" era um disco sério, e apesar de ser muito bonito, não despertava aquela alegria nas massas como os outros trabalhos. Em 1994 saiu "Severino", um disco mais sério ainda. Em "Severino", Os Paralamas experimentavam com ritmos nordestinos, gravando com músicos como Tom Zé. As rádios deixaram "Severino" passar em branco, pois nenhuma das faixas possuía um potencial real de tocar em rádio. O disco não era nada mal, porém, com grandes composições como O Rio Severino e Todo Amor Dorme. No mercado latino foi lançado "Dos Margaritas", com um resultado muito diferente, um grande sucesso puxado pela música Coche Viejo, versão em espanhol para Carro Velho, de "Os Grãos".

A essa altura, os fãs brasileiros já estavam irrequietos: o que teria acontencido com Os Paralamas dos velhos tempos?Os reis do iô-iô-iô pareciam ter se desencontrado do grande público que havia sempre antes lhe seguido. Mas todas as dúvidas foram esclarecidas em 1995.O décimo disco da banda, "Vamo Batê Lata", saiu em 1995, como CD duplo vendido a preço de CD normal. Em um CD, um showzão dos Paralamas no Olympia de São Paulo. No outro, quatro músicas inéditas. Das novas, destaque para Uma Brasileira, composta pelos Paralamas em parceria com Carlinhos Brown, e Luis Inácio e os 300 Picaretas, um rap que denunciava a corrupção no congresso e que chegou a ser censurada. Esse foi o ano do reencontro dos Paralamas com o grande público, vendendo 850.00 cópias.

Esse ano também foi cheio de prêmios, como o do O Jornal do Brasil e o prêmio de melhor clipe do ano escolhido pela audiência da MTV para Uma Brasileira.

Tempos bons para os três rapazes. Em julho de 1996 saíram com "Nove Luas", o décimo primeiro e mais recente trabalho. Já são hits a animada Lourinha Bombril e a balada La Bella Luna. O show de "Nove Luas" segue. Já passou pela Europa (com Chico Science) e pelos Estados Unidos. Agora ele segue pelo Brasil, com um bonito cenário de Grindo Cardia. O Jornal do Brasil acertou em cheio em dizer que "o show dos Paralamas é um sério concorrente para melhor show de 1996."

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